sábado, 28 de fevereiro de 2015

The Taking of Deborah Logan - A Velha do Capeta Vai Te Pegar!


BOTE SUA PAMPERS E ASSISTA!

Vagando pelos cantos da internet, deparei-me com um título interessante: The Taking of Deborah Logan. Li que rolavam umas paradas maneiras no filme, então me atrevi a assistir. É... foi uma experiência interessante e ambígua.


Sinopse: Mia Medina (Michelle Ang) finalmente encontrou o tema perfeito para o filme de sua tese de doutorado sobre a Doença de Alzheimer. Nos próximos meses, as câmeras irão gravar o cotidiano de uma mãe, Deborah Logan (Jill Larson), e sua filha, Sarah (Anne Ramsay). Mas conforme os dias progridem, coisas estranhas começam a acontecer em torno de Deborah que não são compatíveis com quaisquer conclusões sobre a doença de Alzheimer.

O filme é mais um found footage da vida, mas como eu até tenho um gostinho por esse gênero (um puta gostinho excêntrico) isso não foi de todo ruim. Somando isso à proposta do filme de transfigurar a doença da protagonista (a velha Logan) numa coisa mais sobre humana, à primeira vista, temos uma obra interessante pela frente.

Deborah Logan sem o capeta no corpo.

O começo e o desenrolar vão se dando muito bem, mostrando aos poucos que Deborah Logan não sofre somente de Alzheimer, e também... que o Alzheimer não é só simplesmente se esquecer das coisas. Talvez esse tenha sido um dos elementos mais bacanas do longa; explorar o quão sofrível é, não só ter a doença, como também ter de lidar com alguém que a tem salvou moderadamente a história. O desespero da filha de Deborah consome quem o assiste, e as amostras das coisas terríveis pelas quais o portador da doença passa grita na nossa cara durante as cenas horripilantes (que, ademais, vão gradualmente revelando uma verdade oculta na moribunda).

Deborah Logan quando entrou pro "Bonde dos Brabo".

Aliás, estas também são um ponto forte.

Como é found footage, já se espera levar uns sustos, e naquele estilo bem grito na tua cara! Mas é que quando se usa um idoso, de corpo magérrimo e feição abatida - sem querer foder a imagem de idosos - é o cúmulo do estereótipo de assustador. As cenas ficaram macabras demais, e embora eu ressalte as de susto, a que mais gostei foi uma cena vamos pular para a próxima parte, onde Deborah está ao piano e aos poucos a imagem vai escurecendo, destacando sua face débil e sadicamente sorridente. Tudo vai sendo consumido pelas trevas e apenas seu rosto macabro fica à mostra no meio da escuridão. De arrepiar os cabelos do cu...

Retratação do jantar de Deborah Logan. A senhorinha segue uma dieta muito peculiar...

O problema é que fora isso, o filme é um saco. Depois de cenas boas de susto, fica tudo cliché, repetitivo, enjoativo... e o caminho para o final é como uma subida árdua em um penhasco. E a proposta do filme que soou boa lá no início, e o começo excelente são esmigalhados pelo decorrer. É aí que a ambiguidade do filme exibi-se para nós num espetáculo decepcionante.

Claro, há algo além da doença da velha, e a história por trás instiga um tanto o espectador. Contudo, a condução de tais fatos não são boas, e "The Taking of Deborah Logan" acaba sendo só mais um found footage razoável.

Confira o trailer:


No fim, não é lá aquele filme; assusta, encanta inicialmente, e vai se destruindo no decorrer, mas dar uma chance... pode até valer a pena.

VAI ENCARAR?

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

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