Bob Esponja Como Você Nunca Viu (Nem Deveria Ter Visto)

Estranhas tirinhas que demonstram um lado obscuro e pornográfico do Bob Esponja onde a forma como foi desenhado e a coloração contribuem muito com isso. Vejam abaixo: [...]

Normal Porn For Normal People: A Verdade Vem À Tona!

Se tem um site que intrigou/intriga muita gente, é aquele "Normal Porn For Normal People", que ficou muito conhecido após sua creepypasta (de mesmo nome que o site) ser solta por aí... Descrições de vídeos bizarros, envolvendo gore, sexo e coisas grotescamente bizarras faziam parte da história do site. Normal Porn For Normal People logo se tornou uma creepy clássica e não demorou muito para que se descobrisse que o site definitivamente existia, para a surpresa de muitos. [...]

Globsters - As Mais Bizarras Coisas do Mar!!!

Acerca desse assunto a pergunta mais difícil de se responder não é nem se é real ou não, mas sim: o que é um Globster? De monstros marinhos até animais pré-históricos sobreviventes, essas criaturas ainda não tem um conceito muito fixo. Entretanto, definem-se por Globsters (ou Blobsters, ou Blobs) carcaças irreconhecíveis à vista, encontradas próximas de ambientes aquosos (a maioria delas em costas de praias, mas também podem ser avistadas em rios, lagos etc). [...]

Five Nights at Freddy's

Se imagine na pele de um vigia noturno que deve vigiar uma pizzaria por câmeras de segurança. Imaginou? Certo. Agora imagine que durante seu trabalho você nota que os mascotes animatrônicos (animatronics) que na verdade deveriam cantar e alegrar a pizzaria durante o dia começam a mudar de lugar conforme você vai vigiando o local. Os animatronics passam a vagar pela pizzaria e você então percebe que há algo de errado. [...]

WebDriver Torso: O Que Há Por Trás Desse Misterioso Canal?

WebDriver Torso: um canal do youtube com mais de 80 mil vídeos, todos curtos (em média, 11 segundos) com um padrão bizarro, onde retângulos azuis e retângulos vermelhos movimentam-se em diferentes posições ao som de um bipe. O canal foi fundado em 7 de março de 2013 - ou seja, tem mais de 1 ano de vida - e é uma espécie de máquina de funcionamento infinito e contínuo, afinal envia vídeos quase toda hora! Só para dar uma breve noção a vocês: no Natal, o canal enviou 400 vídeos! [...]

Yami Shibai - Histórias de Terror Japonesas

Yami Chibai é uma série de televisão de origem japonesa produzida por ILCA e dirigida por Tomoya Takashima, juntamente com o roteiro escrito por Hiromu Kumamoto e narrado por Kanji Tsuda. A série estreou em 14 de julho de 2013 na TV Tokyo. O show é organizado em uma série de curtas em que cada episódio tem duração com menos de 5 minutos. Cada episódio mostra um conto diferente, baseados em lendas urbanas e mitos de origem japonesa. [...]

domingo, 30 de junho de 2013

O Mais Best da Semana #13


BOTE SUA PAMPERS E VEJA O QUE TEVE DE MELHOR DA SEMANA!

Excepcionalmente essa semana, o nosso 'best' está sendo realizado no domingo por causa de problemas pessoais que me impediram de postar no sábado. E vamos a mais uma semana INSAAAANAAAA!!!

Mais uma imagem louca abrindo nosso 'best'. E então, ces manjam dos paranauê?
A semana foi BOA no Predomíno! Destaques para a primeira creepy com avaliação, a creepy "DNA Binário", para a bela creepy do Jack Risonho (uma nova criaturinha creepypástica?), a creepy "Psicose" e para o post sobre fobia. Links abaixo, ENJOY:

Quem Abriu A Porta?- Creepypasta

DNA Binário

Jack Risonho

Psicose

O Que é Fobia?

Indo para para os parceiros...



Agora foi a vez do Pedro Ribeiro - ADM do Fear e também do nosso blog - se colocar sobre o assunto dos protestos que ainda ocorrem no Brasil. Vale a pena ver e deixar sua opinião!


O Noite Sinistra ganha espaço aqui no 'best' mais uma vez! E hoje com dois posts: um falando sobre a Terra Oca, uma teoria muito interessante que futuramente eu postarei aqui no blog; e um post com links e prints bizarros (ou não) da Deep Web!



O blog Lua Pálida também ganha espaço no 'best' com mais de uma postagem! Uma creepy bem confusa envolvendo viagens no tempo e outra envolvendo um ciclo de assassinatos O.o.



O Crepepasta Brasil fez um miniguia de bolso para que você, leitor, possa sobreviver as maldita Crepepastas... É melhor você ler, se não Slender Man, Barney, Hypno e os outros pedófilos vão te pegar...
E você não vai gostar nada...


No Scary Universe, um post do Pablo mostrou que o irmão de Jeff, na verdade não morreu... Você quer descobrir o que aconteceu com ele? Confira a creepy!



O blog Horror em Dobro mandou um post com uma lista enorme de 101 filmes de terror para se ver! Eu nem li tudo ainda, mas se você adora esse gênero de filmes e não sabe o que ver, recomendo dar uma conferida na lista.



O "Tá Duvidando" aparece aqui pela primeira vez com um post muito foda. Nele, podemos encontrar um conteúdo que com certeza intrigará a todos... Encontraram uma medusa que pode se regenerar, "reviver"... Entenda melhor entrando no link abaixo!

Links abaixo, ENJOY:

Fear of Slender: #OGiganteAcordou


Lua Pálida: Paradoxo Temporal e JSK

Crepepasta Brasil: Guia de Sobrevivência 

Scary Universe: Liu Não Morreu

Horror em Dobro: 101 filmes para você assistir antes de morrer

Tá Duvidando: Segredo da imortalidade prestes a ser revelado


E foi isso que teve de melhor na semana. Curtiu? Então sai espalhando pelo mundo!!!


ATÉ SEMANA QUE VEM PESSOAL!

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA TARDE

O Que É Fobia?


BOTE SUA PAMPERS E FUJA DO MEDO!

Estarei voltando em breve com a "Série dos Malditos" (quem sabe até será amanhã) e na volta, farei um post com fobias bizarras, já que essa série explora o medo. Já que vou falar de fobias, decidi dar uma introdução ao assunto fazendo um post, explicando o que é uma fobia!



Todos nós temos medo, certo? se você não tiver, saia desse mundo seu demônio A fobia é esse medo, só que mais exagerado... Mal explicado para burro né?

Quando se procura o significado de fobia ou por tipos de fobias, deduz-se logo, pelos resultados, que a fobia é um medo exagerado, irracional, uma grande aversão. A fobia é algo absurdo, um medo que a pessoa sente, no entanto essa mesma não consegue controlá-lo. Tem mais coisa em fobia, mas é tudo envolvendo psicanálise, blá, blá, blá, coisa muito complexa!

Os tipos mais comuns de fobias são as agorafobias, que são relacionados a andar em lugares aberto; as fobias específicas, essas referentes a um determinado objeto, animal ou situação; e temos também as fobias socias, as referentes à situações em que há contato com pessoas.

Os principais sintomas de pessoas que sofrem dessa fobias são: alteração da percepção comum que uma pessoa tem de seu próprio corpo, metabolismo, sensações, podendo ser ou não um indício de doença. Outros sintomas só podem ser sentidos pelo próprio indíviduo. Alguns sintomas se destacam; quando a pessoa está "vivendo" sua fobia ela pode ter sudorese, perca do controle dos músculos e da frequência cardíaca e também ansiedade.

A pessoa que notar uma fobia deve procurar ajuda. Existe tratamento para isso, mas o sucesso do mesmo dependerá do grau da fobia. Um dos tratamentos é um que consiste no paciente tentando relaxar, enquanto ele imagina sua fobia. Nisso, o paciente ficará imaginando componentes de sua fobia do menos ao mais repugnante. Há também o tratamento em que a pessoa deve encarar a sua fobia em uma situação na vida real. Além do tratamento, a pessoa deve usar alguns medicamentos antidepressivos e antiansidade para poder controlar a fobia.

Exercícios regulares, sono adequado e refeições regulares podem contribuir na diminuição dos ataques. Evitar consumo de cafeína e de alguns remédios para gripe que são vendidos sem receita, são contribuentes também.

Para concluir, saiba que muitas fobias podem atrapalhar a vida social da pessoa. Afetá-la em seu trabalho, vida familiar, vida íntima, tudo! Existem fobias que impedem as pessoas de saírem de casa, de fazer coisas simples, como se deitar ou de praticar ações como rir.

Algumas fobias bem conhecidas:

Coulrofobia: Medo de palhaços

Claustrofobia: Temor ao estar em algum lugar fechado. Exemplo: elevador.

Automatonofobia: Pavor de bonecos (as) ou de coisas que se pareçam com os mesmos.

Imagens marotas para vocês... se você sofre de algumas dessas fobias citadas acima e ainda não sabe, descobrirá agora:


PS: Não para descobrir se tem claustrofobia por meio de uma imagem...


E agora vamos a uma fobia que talvez eu tenha, mas em nível leve:

ARACNOFOBIA... 
Imagens abaixo 
(foi duro procurar sobre, o Pedro teve que procurar para mim):




Não se excite...


E ENTÃO, VOCÊ TEM ALGUMA FOBIA?

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE



sábado, 29 de junho de 2013

Psicose

Domingo

Não tenho certeza do porque estou escrevendo isso em papel e não no meu computador. Eu acho que é só porque eu tenho percebido algumas coisas estranhas. Não que eu não confie em meu computador, é só que... eu só preciso organizar meus pensamentos, preciso juntar os detalhes em algo sólido, que não possa ser deletado ou mudado... não que isso tenha acontecido. É só que... tudo se turva junto em minha cabeça quando não me concentro, e a memória esfumaçada cria uma estranha sensação às coisas.

Começo a me sentir limitado nesse pequeno apartamento. Talvez esse seja o problema. Eu só precisava escolher o apartamento mais barato e encontrei esse no porão. A falta de janelas aqui em baixo faz com que dia e noite mudem sem que eu perceba. Não tenho saído de casa faz dias por estar trabalhando nesse projeto de programação tão intensamente. Suponho que eu só queira terminar logo. Horas e horas sentado e olhando para o monitor pode fazer qualquer um se sentir estranho, eu  sei, mas  eu acho que não é isso.

Não tenho certeza de quando comecei a achar que havia algo de errado. Não consigo sequer definir o que é, ou talvez eu só não tenha falado com alguém em um bom tempo. Essa foi a primeira coisa que me alertou. Todos com quem eu costumava conversar online parecem muito ociosos de sua vida virtual, ou simplesmente não logavam mais. Minhas mensagens instantâneas não tinham resposta e o último e-mail que eu consegui de alguém era de um amigo dizendo que falaria comigo assim que voltasse da loja, e isso foi ontem. Eu ligaria pra ele do meu celular, mas o sinal aqui em baixo é horrível. Sim, é isso. Só preciso ligar para alguém. Eu vou lá fora.

-

Bem, não deu muito certo também. Ao que o mais fino fio de medo se desfaz, me sinto um  pouco ridículo por estar assustado. Olhei no espelho antes de sair, mas não fiz a barba de dois dias que deixei crescer. Só iria sair pra uma rápida ligação. Troquei de camisa, pelo menos, porque era hora do almoço, e imaginei que encontraria alguém que eu conhecesse. Isso também não aconteceu. Queria que houvesse.

Quando saí, abri a porta de metal que dá para meu apartamento lentamente. Uma pequena sensação de apreensão tinha de algum jeito entrado em mim, por alguma razão indefinida. Eu considerei-a devido ao fato de não ter tido uma conversa com ninguém além de mim mesmo a um ou dois dias. Olhei pelo corredor cinza e sujo, ainda mais sujo por ser um corredor de porão. Em uma das extremidades, havia uma porta de metal que levava até a fornalha do prédio. Estava trancada, naturalmente. Duas séquidas máquinas de refrigerante estavam ao lado. No dia em que vim morar aqui, comprei uma soda de uma delas, mas senhoria era preguiçosa demais para mandar recarregá-las e eu só consegui perder uma moeda. Sequer sei se alguém sabe da existência dessas máquinas aqui em baixo.

Fechei minha porta suavemente e fui para o lado oposto, tomando cuidado para não fazer barulho algum. Não sei porque decidi fazer isso, mas era divertido me deixar levar pelo impulso de não quebrar o ritmo do zumbido das máquinas de refrigerante, pelo menos naquele momento. Cheguei até a escadaria e subi até a porta de frente do prédio. Eu olhei através da pequena janela da pesada porta, e fiquei chocado ao perceber que não era hora do almoço. Aquele brilho de cidade flutuava pela rua escurecida lá fora, e as luzes do tráfego na curva lá longe brilhavam amarelas e vermelhas. Nuvens sujas, roxas e pretas do brilho da cidade se penduravam acima. Nada se mexia, salvo algumas árvores na calçada que se sacudiam com o vento. Eu ouvia-o vagamente pela espessa porta de aço, e sabia que era aquele tipo único de vento noturno, aquele tipo constante, frio, quieto, fora do ritmo constante que ele fazia ao passar pelas incontáveis folhas das árvores.

Decidi não sair.

Em vez disso, peguei meu celular e chequei o sinal. As barras estavam todas cheias, e eu sorri. Hora de ouvir a voz de alguém, lembro-me de ter pensado aliviado. Era algo tão estranho, sentir medo de nada. Balancei minha cabeça, rindo para mim mesmo silenciosamente. Segurei a tecla de atalho para ligar para minha melhor amiga Amy, e mantive o celular contra meu ouvido. Chamou uma vez... então parou. Nada aconteceu. Ouvi silêncio por uns bons vinte segundos, até que a chamada foi encerrada. Franzi o cenho e olhei para a barra de sinal de novo e... ainda estava cheia. Ia ligar de novo quando o celular tocou na minha mão, me assustando. Levei-o ao ouvido.

"Alô," disse claramente uma voz masculina, obviamente jovem, como eu. "Quem é?"

"John," Eu respondi, confuso.

"Oh, me desculpe, número errado,", ele respondeu, e desligou.

Abaixei o telefone e lentamente me encostei na dura parede de tijolos da escadaria. Aquilo tinha sido estranho. Eu olhei nas chamadas recebidas e percebi que era um número desconhecido. Antes que pudesse pensar melhor nisso, o celular tocou de novo, me dando um baita susto outra vez. Dessa vez, olhei o número antes de atender e era outro número desconhecido. Dessa vez, segurei o celular no meu ouvido e não falei nada. Ouvi tão somente o barulho de fundo comum que os celulares fazem. Então, uma voz familiar quebrou minha tensão.

"John?" foi a única palavra, na voz de Amy.

Suspirei em alívio.

"Ei, é você," respondi.

"Quem mais seria?" ela respondeu. "Ah, o número. Estou em uma festa na Sétima Rua, e meu celular morreu quando você me ligou. Esse é o celular de outra pessoa, obviamente."

"Ah, ok," eu disse.

"Onde você está?" ela perguntou.

Meus olhos passaram por cima dos monótonos blocos cilíndricos e brancos e da porta de metal com sua pequena janela.

"No meu prédio," suspirei. "Só me sentindo meio engaiolado. Nem sabia que era tão tarde."

"Você deveria vir aqui," disse ela, rindo.

"Não... não me sinto disposto a procurar sozinho por um lugar desconhecido no meio da noite," Eu disse, olhando pela janela para a silenciosa rua que secretamente me assustou só um pouquinho. "Acho que só vou continuar trabalhando ou vou pra cama."

"Inaceitável!" ela replicou. "Eu posso ir te buscar! Você mora perto da Sétima Rua, certo?"

"Você tá tão bêbada assim?" disse eu despreocupado. "Você sabe onde eu moro."

"Ah, é claro," ela disse abruptamente. "Acho que posso chegar ai andando né?"

"Claro que pode se quiser gastar uma meia hora," disse a ela.

"Beleza," ela disse. "Ok, tenho que ir, boa sorte com seu trabalho!"

Abaixei o celular outra vez, olhando o monitor clarear conforme a chamada era encerrada. Então o silêncio inquestionável voltou aos meus ouvidos. Os dois números desconhecidos e a exótica rua lá fora deram vazão à minha solidão nessa vazia escadaria. Talvez por ter visto muitos filmes de terror, de repente tive a inexplicável ideia de que algo poderia olhar pela janela e me ver, algum tipo de entidade terrível que flutuava na extremidade da solidão, só esperando o momento de assustar inesperadamente pessoas que se mantivessem muito tempo fora de contato com outros humanos. Eu sabia que o medo era irracional, mas ninguém mais estava por ali, então... corri escadas a baixo e corredor a dentro até fechar a porta do meu porão atrás de mim, tudo no mais suave silêncio que pude manter. Como eu disse, me sinto ridículo por estar assustado com nada, e o medo já se foi. Escrever isso aqui ajuda bastante, faz com que eu perceba que nada está errado. Filtra pensamentos meio-formados e medos e deixa somente frios e realísticos fatos. É tarde, recebi uma ligação de um número desconhecido, o celular da Amy morreu então ela me ligou de outro número. Nada de estranho está acontecendo.

Ainda, há algo de errado com aquela conversa. Sei que pode só ter sido o álcool que ela ingeriu mas, ou será que ela só pareceu estranha para mim? Ou será... sim, é, é isso! Eu não tinha percebido isso até escrever aqui, escrever realmente está ajudando. Sabia que escrever ajudaria. Ela disse que estava em uma festa, mas eu não pude ouvir nenhum barulho de fundo! Claro, isso  não quer dizer nada em particular. Ela podia ter ido para fora para falar comigo. Não... também não podia ter sido isso... eu teria escutado o vento soprar. Preciso ver se o vento ainda sopra lá fora!

Segunda-Feira

Esqueci de terminar de escrever ontem a noite. Não tenho certeza do que esperava ver quando corri até lá em cima da escadaria e olhei pela janela da porta de aço. Me sinto ridículo. O medo da noite passada me parece nebuloso e sem sentido para mim agora. Mal posso esperar para sair ao sol de novo. Vou checar meu e-mail, me barbear, tomar um banho, e finalmente sair! Espera... Acho que ouvi algo.

-

Foi um raio. Toda aquela coisa de luz do sol e vento fresco não aconteceu. Subi a escadaria e só  encontrei desapontamento. A pequena janela da porta de aço só mostrou água corrente, ao que a chuva torrencial batia contra ela. Apenas uma luz muito fraca e suja era filtrada através da chuva, mas ao menos eu sabia que era dia, mesmo que cinza, doentio e encharcado. Tentei olhar pela janela esperando um raio para poder ver a rua, mas a chuva estava tão pesada que eu não conseguia ver nada além de vagas formas se movendo em ângulos estranhos nas ondas que lavavam a janela. Desapontado, me voltei para as escadas, mas não queria voltar para meu quarto. Ao invés disso, subi as escadarias passando o primeiro e o segundo andar. As escadas acabavam no terceiro andar, o mais alto do prédio. Olhei através do vidro que estava em uma das paredes mas não era uma janela, era aquele tipo de vidro grosso, fosco, que só permite que a luz passe,  não se conseguia ver nada além de cores. Nesse caso, cinza.

Abri a porta da escadaria e entrei no corredor do terceiro andar. As mais ou menos dez portas de madeira dura, pintadas algum dia do passado de azul, estavam todas fechadas. Escutei, conforme andava, mas estava no meio do dia, então não me surpreendi em não ouvir nada além da chuva lá  fora. Ao que me postei lá parado no corredor sujo, ouvindo a chuva, tive a estranha sensação de que as portas estavam ali como silenciosos monólitos de granito erguidos por alguma antiga e esquecida civilização por algum insondável motivo de proteção. Um relâmpago clareou os céus, e, por um momento, pude jurar que a velha e apodrecida madeira pareceu muito pedra rude. Ri de minhas suposições e de ter deixado minha imaginação tirar o melhor de mim, mas então me ocorreu que o brilho sujo e os trovões deveriam significar que havia uma janela em algum lugar no corredor. Uma vaga memória emergiu, e eu de repente me lembrei que o terceiro andar tinha  uma alcova e que havia uma janela embutida na metade do corredor do andar.

Animado em olhar para a chuva e possivelmente ver outro ser humano, rapidamente andei até a alcova, achando uma enorme janela de vidro. A chuva lavava ela, assim como a janela da porta da frente, mas eu poderia abrir essa. Coloquei minha mão do lado e deslizei ela para que abrisse, mas hesitei. Tive a péssima sensação de que se abrisse aquela janela, veria algo horrível do outro lado, e que me arrependeria profundamente. Tudo tem estado tão estranho ultimamente... então criei um plano, e voltei com o que eu precisava. Eu realmente não acho que vá resultar em algo, mas eu estou entediado, está chovendo e eu não vou surtar até enlouquecer quieto. Voltei pra pegar minha webcam. O fio não é tão grande assim a ponto de chegar para chegar ao terceiro andar,obviamente, mas ainda assim consegui colocar ela entre as duas máquinas de refrigerante do meu andar, coloquei o fio pela parede e passei fita preta por cima para camuflar. Sei que isso é estúpido, mas eu não tenho nada mais para fazer.

Bem, nada aconteceu. Me apoiei na porta da escadaria, mantive-me quieto, empurrei a pesada porta de metal e corri como nunca de volta ao meu quarto e tranquei a porta. Olhei a câmera em meu computador intensamente, vendo o corredor lá fora e boa parte da escadaria. Estou olhando agora mesmo. E não vejo nada interessante. Só gostaria que a posição da câmera fosse diferente, para poder ver a porta da frente. Ei! Alguém online!

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Consegui uma webcam mais velha e que não funciona muito bem, para falar com meu amigo online. Eu realmente não pude explicar a ele porque eu queria conversar com vídeo, mas eu me senti muito bem em ver o rosto de outra pessoa. Ele não pode falar por muito tempo, e também não falou nada com muito sentido, mas eu me senti muito melhor. Meu medo estranho quase passou. Eu me sentiria completamente melhor, mas havia algo de errado sobre essa conversa também. Eu sei que eu já disse que quase tudo pareceu bem estranho, mas, ele me pareceu muito vago nas respostas. Eu não consigo me lembrar uma coisa específica que ele disse... nem um nome, nem um lugar, ou evento... mas ele me pediu meu e-mail para manter contato. Espera, chegou um email.

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Vou sair agora, acabei de receber um email da Amy me chamando para comer no mesmo lugar de sempre. Eu amo pizza, e estou comendo comida aleatória da geladeira a dias, então mal posso esperar. De novo, me sinto ridículo por esses dias estranhos que tenho tido. Vou destruir esse diário assim que eu voltar. Ah, outro e-mail.

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Ah meu Deus, eu quase deixei o e-mail e abri a porta, eu quase abri a porta. Eu quase abri a porta, mas eu li o e-mail primeiro! Era de um amigo de que não ouvia falar a muito tempo, e tinha sido mandado a um enorme número de pessoas, que devem corresponder a todas as pessoas que ele tem salvo no e-mail dele. Não tinha assunto, e dizia, simplesmente:

"visto com os seus próprios olhos não confie neles eles"

Mas que diabos aquilo queria dizer? As palavras me assustaram, e eu me mantive lendo e relendo elas. É um e-mail desesperado enviado justamente quando... algo aconteceu? As palavras obviamente foram cortadas sem serem concluídas! Outro dia qualquer eu teria apagado considerando spam de vírus de computador ou algo assim mas, mas, as palavras... visto com seus próprios olhos! Não consigo para de ler e reler esse diário e olhar os últimos dias e perceber que eu não vejo outra pessoa com meus próprios olhos ou que tenha falado com outra pessoa cara a cara. A conversa na webcam com meu amigo foi tão estranha, tão vaga, tão... esquisita, agora que eu paro pra pensar nela. Foi esquisita? Ou é só o medo nublando minha memória? Minha mente brinca com a progressão dos eventos que tenho escrito aqui, apontando que eu não tenha vivido um fato sequer que não possa ser classificado como suspeito. O número errado que perguntou meu nome e a estranha ligação subsequente da Amy, o amigo que pediu meu email... Eu o chamei quando vi ele online! E então recebi um email em poucos minutos após a conversa! Meu deus! Aquela ligação com a Amy! Eu disse no telefone, eu disse que ela levaria meia hora para chegar aqui andando da Sétima Rua! Eles sabem que eu estou por perto! E se estiverem tentando me achar? Onde está todo mundo? Porque não vi nem ouvi ninguém mais nesses dias?

Não,  não, isso é loucura. Isso é com certeza loucura. Preciso me acalmar. Essa loucura precisa terminar.

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Não sei o que pensar. Corri pelo meu apartamento furioso, segurando meu celular para cima em cada canto, procurando sinal através das pesadas paredes. Finalmente, no pequeno banheiro, perto de um dos cantos do teto, tenho uma única barra. Segurando meu celular ali, mandei uma mensagem a todos os números na minha lista. Não esperando atrair nada além dos meus medos infundados, eu simplesmente mandei:

Você tem visto outro alguém cara a cara ultimamente?

Nesse ponto, eu simplesmente queria uma resposta. Não me importava o que quer que fosse a resposta, ou se eu me envergonhasse. Eu tentei ligar para alguém algumas vezes, mas eu não conseguia levantar minha cabeça tão alto até o ponto de sinal. E se eu abaixasse meu celular um centímetro sequer o sinal  acabava. Então me lembrei do computador. E me joguei nele, instantaneamente mandando mensagens para todos online. A maioria estavam inativos ou ausentes. Ninguém respondia. Minhas mensagens ficavam mais e mais frenéticas, e eu comecei a dizer as pessoas onde eu estava e pedir que elas viessem pessoalmente para uma conversa sem razões transitáveis. Não me importava com mais nada naquele momento, só precisava ver outra pessoa!

Eu também arrebentei meu apartamento procurando por algo que eu poderia ter me esquecido; algum meio de contatar outro ser humano sem abrir a porta. Sei que é louco, sei que é sem fundamento,mas e se? E SE? Só preciso ter certeza! Colei o celular no teto com fita, só por garantia.

Terça-Feira

O celular tocou! Exausto da minha noite de fúria, devo ter pego no sono. Acordei com o celular tocando, e corri para o  banheiro,  subi no vaso e abri o telefone fitado no teto. Era Amy, e eu me senti tão melhor. Ela realmente estava preocupada comigo, e aparentemente ela esteve tentando me contratar desde a última vez que nos falamos. Ela está vindo aqui, e, sim, ela sabe onde eu moro sem ter que me perguntar. Me sinto tão envergonhado... Definitivamente vou jogar esse diário fora antes que qualquer um veja ele. Eu sequer contei a alguém que estou escrevendo ele. Talvez só por ser a única comunicação que tenho tido desde... Deus sabe quando. Eu estou horrível, também. Me olhei no espelho antes de voltar aqui. Meus olhos estão fundos, minha barba está mais espessa, e eu simplesmente não pareço saudável.

Meu apartamento está um lixo, mas eu não vou limpá-lo. Preciso que mais alguém veja pelo o que eu tenho passado. Esses últimos dias NÃO tem sido normais. Eu não sou do tipo que imagino coisas. Eu sei que eu estou sendo vítima de extremas possibilidades. Provavelmente perdi a chance de ver outra pessoa uma dúzia de vezes. Só aconteceu deu sair no meio da noite e no meio do dia, quando todos tinham saído. Tudo está perfeitamente bem. Além do mais, encontrei algo no closet ontem a noite que tem me ajudado tremendamente: Uma televisão! Eu ajeitei ela antes de escrever isso, e ela está nos fundos. Televisões sempre foram uma escapatória para mim, e me lembram que ainda existe um mundo atrás dessas sujas paredes de tijolos.

Estou aliviado que Amy é a única que me respondeu depois da tentativa frenética de contratar todo mundo ontem a noite. Ela a anos é minha melhor amiga. Ela não sabe, mas, eu posso lembrar do dia em que nos conhecemos como um dos raros e únicos momentos de alegria verdadeira da minha vida. Eu me lembro do dia quente de sol. Parece uma outra realidade comparada a esse lugar escuro, sujo, sozinho e chuvoso. Sinto como se tivesse passado dias sentado naquele parquinho, velho demais pra brincar, só falando com ela e andando fazendo nada mesmo. Eu ainda sinto como se pudesse voltar até aquele momento as vezes, e isso me lembra que esse lugar maldito não é tudo que existe... finalmente, uma batida na porta!

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Achei estranho não conseguir ver ela pela câmera que eu escondi entre as máquinas de refrigerante. Eu percebi que ela estava mal posicionada, como quando eu não podia ver a porta da frente. Eu deveria saber. Eu deveria saber! Depois da batida, eu gritei através da porta brincando que eu tinha escondido uma câmera entre as máquinas de refrigerante, porque estava envergonhado comigo mesmo de ter levado minha paranoia tão longe assim. Depois que fiz isso, eu vi a imagem dela andar pela câmera e olhar para ela. Ela sorriu e acenou.

"Ei!" ela disse para a câmera brilhantemente, dando uma olhada torta.

"É estranho, eu sei," eu disse no microfone acoplado no meu computador. "Eu tive uns dias bem estranhos."

"Deve ter tido," ela replicou. "Abre a porta, John."

"Ei, espera um minuto," eu disse a ela no microfone. "Me diga algo sobre nós, só pra provar que você é você mesmo."

Ela olhou estranho para a câmera.

"Ah, tudo bem," ela disse devagar, pensando. "Nós nos conhecemos aleatoriamente quando éramos grandes demais para estarmos no parquinho, certo?"

Suspirei fundo conforme a realidade voltava e o medo sumia. Deus, eu tenho sido ridículo. É claro que é a Amy! Aquele dia não estava em nem um outro lugar a não ser na minha memória. Eu nunca mencionei a ninguém, não por vergonha, mas pela sensação estranha da nostalgia secreta  e a esperança que esses dias voltassem. Se houvesse alguma força desconhecida tentando me enganar, como eu temia, não havia como ela saber sobre aquele dia.

"Haha, tudo bem, vou te explicar tudo," Eu disse a ela. "Espere ai."

Corri ao meu pequeno banheiro e concertei meu cabelo da melhor maneira que pude. Estava horrível, mas ela entenderia. Me esgueirando pela bagunça que eu mesmo inacreditavelmente fiz nesse lugar, andei até a porta. Coloquei minha mão na maçaneta e dei uma última olhada para a bagunça. Tão ridículo, eu pensei. Meus olhos passaram pela comida deixada pela metade no chão, a lata de lixo transbordando, e a cama que estava fora do lugar, que eu movi procurando por algo... Deus sabe o que. Eu quase me virei para a porta a abri ela, mas meus olhos caíram em uma última coisa: a velha webcam, a que eu usei para aquela esquisita e vaga conversa com meu amigo.

Sua silenciosa esfera negra perigosamente se moveu para o lado, e sua lente apontou para a mesa onde esse diário se encontrava. Um terror sem tamanho tomou conta de mim  quando percebi que algo poderia estar olhando através daquela câmera, e poderia ver o que eu escrevi sobre esses dias. Eu perguntei a ela sobre uma coisa sobre nós, e ela escolheu a única coisa no mundo todo que eu pensei que ele ou eles não saberiam... mas SABIAM! ELES SABIAM! PODIA ESTAR ME VIGIANDO O TEMPO TODO!

Não abri a porta. Gritei. Gritei no medo descontrolado. Derrubei a velha webcam no chão.A porta sacudiu, e a maçaneta girou. Mas eu não ouvia a voz de Amy do outro lado da porta. Era a porta do porão, feita para conter pancadas, muito resistente? Ou não era Amy do outro lado? O que poderia estar tentando entrar, se não fosse ela? Quem diabos estava lá fora? Eu vi em meu computador a imagem da webcam lá fora, e ouvir ela nos alto-falantes através do microfone lá de fora, mas era real? Como posso saber? Ela se foi agora - eu gritei e gritei por ajuda! Empilhei tudo do apartamento bloqueando a porta da frente.
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Sexta-feira

Ao menos eu acho que é Sexta. Eu quebrei tudo de eletrônico. Quebrei meu computador, fiz em pedacinhos. Cada coisa que poderia ser acessada por rede, ou pior, alterada, eu sou um programador, eu sei. Todo pedacinho de informação que eu dei desde que isso começou, meu nome, meu email, minha localização - nenhum desses teria saído se eu não tivesse dado eles. Tenho lido e relido tudo que escrevi. Tenho variado de frente para trás, alternando entre terror destrutivo e descrença onipotente. As vezes acredito absolutamente que alguma entidade fantasmagórica está totalmente dedicada a me fazer sair. Desde o início, com a ligação da Amy, ela tem efetivamente me chamado para abrir a porta e sair.

Continuo correndo por isso na minha cabeça. Um ponto de vista diz que eu tenho agido como um louco, e que tudo isso tem sido uma extrema convergência de probabilidades - nunca sair nas horas certas por pura sorte, nunca ver outra pessoa por pura chance, recebendo emails aleatórios e sem sentido de algum vírus na hora certa. E o outro ponto de vista diz que essa extrema convergência de probabilidades é a razão pela qual alguém ou alguma coisa lá fora não tenha me pego ainda. Sigo pensando: Nunca abri a janela no terceiro andar. Eu nunca abri a porta da frente. Até aquela incrivelmente estúpida manobra com a câmera escondida na qual eu corri direto para meu quarto me tranquei. Eu não tenho aberto-a desde que abri a porta de aço da frente e corri para cá. Seja lá o que for que esteja lá fora - se há algo lá fora - nunca fez uma aparição no prédio antes deu abrir a porta da frente. Talvez a razão para não estar no prédio é que ela estava lá fora pegando todo o resto das pessoas... E então esteve esperando, até eu trair minha existência ligando para Amy... uma ligação que não funcionou, até que me ligou e perguntou meu nome...

O terror literalmente tem tomado minha mente toda a vez que eu tento juntar os cacos desse pesadelo. O e-mail -curto, cortado - era de alguém tentando colocar algo para fora? Alguma voz amigável desesperadamente tentando avisar antes que ele viesse? Visto com seus próprios olhos, não acredite neles eles - exatamente o que eu tenho suspeitado. Pode ser um controle mestre sobre tudo que é eletrônico, praticando sua insinuosa enganação para me induzir a sair. Porque não pode entrar? Bateu na porta - deve ter alguma presença sólida... a porta... a imagem das portas no corredor lá em cima como monólitos guardiões volta a minha mente toda vez que tento traçar esse rastro de pensamentos. Se houvesse uma entidade fantasmagórica tentando fazer com que eu saísse, talvez não consiga atravessar portas. Sigo pensando em todos os filmes que eu vi e livros que eu li, tentando gerar alguma explicação para isso. Portas sempre foram um intenso material para a imaginação humana, sempre vistas como passagens ou portais de importância especial. Ou talvez a porta é simplesmente muito resistente? Eu sei que eu poderia arrombar qualquer uma das portas desse prédio, excetuando as pesadas do porão. Fora isso, a verdadeira pergunta é, quem é que pode me querer? Se quisesse só me matar, poderia fazer isso de muitas maneiras, incluindo me manter aqui até que eu morresse de fome. E se não quiser me matar? E se quiser fazer algo muito pior a mim? Deus, porque eu não posso fugir desse pesadelo?!

Uma batida na porta...

-

Eu falei para as pessoas do outro lado da porta que eu preciso de um minuto pra pensar e sair. Eu realmente só estou escrevendo isso aqui para poder pensar no que fazer. Ao menos dessa vez eu ouvi suas vozes. Minha paranoia - e sim, eu reconheço que tenho sido paranoico - tem feito eu pensar de todos os modos possíveis que suas vozes são falsas, feitas eletronicamente. Podiam haver nada além de alto-falantes lá fora, simulando vozes humanas. Realmente levou três dias até eles virem falar comigo? Amy está lá fora com dois policiais e um psicanalista? Talvez tenha levado três dias para pensarem no que falar para mim - o psicanalista pode ser bem convincente, se eu decidisse pensar que isso tudo foi só um louco mal entendido, e não uma entidade fantasmagórica tentando me fazer abrir a porta.

O psicanalista tem uma voz mais velha, autoritária mais ainda assim preocupada. Eu gostei dela.  Estou desesperado para ver alguém com meus próprios olhos. Ele disse algo sobre cyber-psicose, e eu sou só mais um de uma epidemia nacional de milhares de pessoas tendo ataques de pânico engatilhados por alguma mensagem sugestiva, um email que receberam de algum jeito. Eu juro que ele disse: "recebeu de algum jeito". Eu acho que ele quer dizer espalhado pelo país inexplicavelmente, mas eu estou suspeitando fortemente que a entidade revelou algo, disse que eu sou parte de uma onda de comportamento, que um bom número de pessoas estão tendo o mesmo problema com os mesmos medos, mesmo  que nunca tenhamos nos  comunicado.

Isso claramente explica o estranho email sobre olhos que eu recebi.  Eu não peguei o e-mail gatilho original. Eu peguei um descendentes dele - meu amigo pode ter caído também, e tentou avisar a todos sobre o que ele sabia sobre seus medos paranoicos. Foi assim que o problema se espalhou, o psicanalista afirma. Eu posso ter espalhado também, com minhas mensagens. Uma dessas pessoas pode estar derretendo agora mesmo, após ser engatilhada pro algo que eu lhes enviei, que eles podem interpretar da maneira que quiserem, como quiserem, algo como "você tem visto alguém cara a cara ultimamente?" O psicanalista me disse que ele não queria "perder outro", e que pessoas como eu eram inteligentes, e isso é o que nos matava.Nós criávamos conexões tão bem que o fazíamos até onde elas não deveriam existir. Ele disse que é fácil cair em paranoia no nosso mundo acelerado, um lugar de constante mudança onde mais e mais nossa interação é simulada...

Tenho que dar algum crédito a ele. É uma bela explicação. Claramente explica tudo. Explica perfeitamente tudo, de fato. Tenho todas as razões para me esquecer desse medo de pesadelo sobre algo ou alguma consciência que vem tentado fazer com que eu abra a porta para que possa me capturar para algo horrível e ainda pior que a morte. Eu seria muito estúpido em me manter aqui até morrer de fome, depois dessa explicação, para despistar a entidade que pegou todos os outros. Seria estupidez acreditar nisso, após essa explicação, que eu seria um dos últimos ainda vivos num mundo vazio, me escondendo no vazio do meu quarto de porão, despistando alguma impensável entidade enganadora só por me negar a ser capturado. É uma explicação perfeita para toda e qualquer coisa estranha que eu tenha visto ou escutado, e eu tenho todos os motivos do mundo para deixar meus medos se esvaírem e abrir a porta.

É exatamente isso que eu não vou fazer.

Como posso ter certeza? Como posso saber o que é real e o que é enganação? Todas essas malditas coisas com seus fios e sinais que vem de fonte desconhecida! Não são reais, não posso ter certeza! Sinais através da câmera, vídeo falso, chamadas enganadoras no telefone, emails enganadores! Até a televisão, quebrada no chão - Como posso saber que ela é real? São só sinais, ondas, luzes...a porta! Estão arrombando a porta! Está tentando entrar! Que tipo insano de mecanismo eles poderiam estar usando para simular o som de homens atacando uma porta dura de madeira tão bem? Ao menos, eu finalmente vi com meus próprios olhos... não há nada mais com que eles possam me enganar, destruí todo o resto! Não podem enganar meus olhos, ou podem? Visto com seus próprios olhos não acredite neles eles... espera... aquela mensagem desesperada mandava eu confiar em meus olhos, ou me avisava para me preocupar com meus  olhos também? Ah meu Deus, qual a diferença entre a câmera e meus olhos? Ambos geram luz com sinais de eletricidade - são a mesma coisa! Não posso ser enganado! Tenho que ter certeza! Tenho que ter certeza!

Data desconhecida

Calmamente pedi por papel e caneta, dia após dia, até que finalmente me deram. Não que isso importe. O que vou fazer? Arrancar meus olhos fora? As amarras se parecem parte de mim agora; A dor se foi. Percebi que essa é uma das minhas últimas chances de escrever legivelmente, uma vez que, sem minha visão para corrigir erros, minhas mãos vão lentamente escrever os movimentos envolvidos na escrita. É um tipo de autoindulgência, essa escrita... é um relíquia  de outro tempo, pois certamente todos lá fora estão mortos... ou algo bem pior.

Sento contra a parede acolchoada dia após dia. A entidade me trás comida e água. Se mascara como enfermeiras bondosas, como um doutor sem carisma. Acho que sabe que minha audição melhorou bastante, agora que vivo na escuridão. Finge conversas nos corredores, com a chance  de que eu escute. Uma das enfermeiras fala sobre engravidar logo. Um dos médicos perdeu sua esposa em um acidente de carro. Nada disso importa. Nada disso é real. Nada me convence. Exceto ela.

Essa é a pior parte, a parte que eu mal posso aguentar. A coisa vem até mim, mascarada como Amy. A recriação é perfeita. Soa perfeitamente como Amy, tem o mesmo cheiro que Amy, e até produz uma considerável reprodução do som único do seu sorriso com risadinha entre as lágrimas nas bochechas cheias de vida. Quando primeiro veio a mim, me disse tudo que eu queria ouvir. Disse que me amava, que sempre me amou, que ia entender o porque eu fiz tudo isso, que ainda poderíamos ter uma vida juntos, se eu simplesmente parasse de insistir que havia algo me enganando. Ela gostaria que eu acreditasse... não, ela precisava que acreditasse que ela era real.

Quase caí nessa. Realmente, quase caí. Duvidei de mim mesmo por um bom tempo. No fim, de qualquer jeito, era tudo muito perfeito, tudo muito impecável, muito real. A Amy falsa vinha todo dia, então toda semana, até parar de vir finalmente... mas não acho que a entidade vá desistir. Acho que ela só está esperando com mais truques na manga. Vou resistir até o fim da minha vida,  se preciso. Não sei o que aconteceu com o resto do mundo, mas eu sei que essa coisa precisa que eu caia em suas enganações. Precisa disso, então talvez, só talvez, eu seja um empecilho em sua empreitada. Talvez Amy ainda esteja viva por ai em algum lugar, viva ainda só por minha determinação em resistir ao enganador. Me mantenho preso a essa esperança, me balançando para frente e para trás na minha cela para passar o tempo. Nunca vou desistir. Nunca vou me quebrar.  Eu... eu sou um herói!

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O doutor leu o papel no qual o paciente havia rabiscado. Era quase ilegível, escrito em uma escrita torta a desigual de alguém que não podia enxergar. Ele gostaria de sorrir para o homem, um lembrete da vontade humana de sobreviver, mas ele sabia que o paciente estava completamente desiludido.

Além do mais, um homem são teria caído a enganação a muito tempo atrás.

O doutor gostaria de sorrir. Gostaria de sussurrar palavras de encorajamento ao homem desiludido. Ele gostaria de gritar, mas os filamentos de nervo enrolados em sua cabeça e em seus olhos fizeram ele fazer o oposto. Seu corpo andou até a cela como um boneco, e ele disse ao paciente, outra vez, que ele estava errado, e que não havia ninguém tentando enganá-lo.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Jack Risonho

Era um belo dia de verão, meu filho de 5 anos de idade, James estava jogando, no quintal da nossa casa suburbana. James sempre foi um menino quieto, ele joga principalmente sozinho, ele nunca teve muitos amigos, mas ele sempre teve uma imaginação fértil. Eu estava na cozinha, alimentando o nosso cão Fido, quando eu ouvi o que soou como James falando com alguém no quintal. Eu não tinha certeza se havia sido ele que poderia estar falando, ele poderia ter finalmente um amigo? Ser uma mãe solteira é difícil para mim, sempre manter um olho sobre o meu filho, então eu decidi ir para fora e ver como ele estava.
Quando eu fui para o quintal eu fiquei um pouco confusa, porque James era a única pessoa lá atrás. Estaria ele falando sozinho? Eu poderia jurar que ouvi outra voz.

- James! É hora de entrar. -Eu chamei ele.

Ele entrou e sentou-se na mesa da cozinha, era hora do almoço, então eu decidi fazer-lhe um sanduíche de peru...

- James. Com quem você estava falando lá fora? - Perguntei.
- Eu estava brincando com o meu novo amigo - disse ele sorrindo. Coloquei-lhe um pouco de leite e continuou a erguer, como qualquer boa mãe faria.
- Será que o seu amigo tem um nome? Por que ele não vem almoçar com a gente? - Perguntei. James olhou para mim por um momento antes de responder.
- Eu chamo ele de Jack Risonho.
- Ah? É um nome estranho. Como que seu amigo é?
- Ele é um palhaço. Ele tem cabelos longos e um nariz grande em forma de um cone listrado. Ele tem braços longos e calças largas, com meias listradas, e ele sempre sorri - Eu percebi que meu filho estava falando de um amigo imaginário. Acho que é normal para crianças de sua idade ter amigos imaginários, especialmente quando ele não tem verdadeiras crianças para brincar. Provavelmente é só uma fase.

O resto do dia passou como de costume, e estava começando a ficar tarde, então eu coloquei James em sua cama. Dei um beijo nele e fiz questão de ligar sua luz noturna antes de fechar a porta. Eu estava muito cansada, então eu decidi ir para a cama não muito tempo depois.

Eu tive um pesadelo terrível ...

Estava escuro. Eu estava em uma espécie de parque de diversões decadente. Eu estava com medo, correndo através de um campo infinito de barracas vazias, brinquedos destruídos, e barracas de jogo abandonadas. Todo o lugar tinha uma aparência horrível. Tudo era preto e branco, os prêmios de pelúcia estavam todos pendurados nas barracas de jogos, todos com sorrisos doentes costurados em seus rostos. Parecia que todo o parque estava olhando para mim, mesmo que não houvesse outro ser vivo à vista. Então, de repente, comecei a ouvir música tocar. Os sons do Pop Goes the Weasel sendo tocado em uma sanfona ecoou pelo parque, ele foi hipnotizando. Segui sua melodia para a tenda de circo quase em transe, incapaz de parar as minhas pernas de avançar. Estava escuro, a única luz vinha de um único projetor que brilhava no centro da grande tenda. Enquanto eu caminhava em direção à luz a música abrandou, encontrei-me cantando incapaz de parar, como aqueles macacos de brinquedos que batem dois pratos de bateria sem parar.

"Todos ao redor da amoreira
O macaco perseguiu a doninha
O pensamento macaco era tudo brincadeira ..."

A música parou bem antes do seu clímax, e de repente as luzes dispararam. A intensidade das luzes era praticamente cega, tudo que eu podia ver era um pequeno escuro embaralhar uma silhueta para mim. Em seguida, uma outra apareceu, e outra, e outra. Havia dezenas deles, todos vindo em minha direção. Eu não podia me mover, minhas pernas estavam congeladas, tudo o que eu podia fazer era ver como os números assombrosos se aproximavam. À medida que se aproximava eu podia ver ... eles eram crianças! Quando olhei para cada um eu percebi que eles estavam terrivelmente desfigurados e mutilados. Alguns tiveram cortes em todo o corpo, outros foram severamente queimados, e os outros estavam faltando membros, até mesmo os olhos! As crianças me envolveram, arranhando a minha pele, me arrastando para o chão, e rasgando meu interior. À medida que as crianças me rasgavam em pedaços iam desaparecendo, tudo que eu podia ouvir eram seus risos, horrível, horrível, horrível, risos.

Eu acordei na manhã seguinte, em um suor frio. Depois de respirar profundamente olhei e vi que algumas das figurinhas de ação de James foram posicionados de frente para mim em cima da minha mesa de cabeceira. Eu suspirei, James provavelmente tinha acordado cedo e colocou-as aqui. Juntei os brinquedos e fiz meu caminho para o quarto de James, no entanto, quando eu abri a porta James estava dormindo. Eu apenas coloquei os brinquedos de volta em sua caixa de brinquedos e fui pra sala. Um pouco mais tarde James acordou e eu fiz-lhe o pequeno-almoço. Ele ficou quieto e parecia um pouco tonto, talvez ele não dormiu bem também. Eu decidi perguntar a ele sobre os brinquedos.

- James, você colocou os brinquedos no quarto da mamãe, esta manhã? - Seus olhos dispararam para mim por um momento, então rapidamente olhou para baixo em seu cereal.
- Jack Risonho fez isso. - Revirei os olhos e respondi.
- Bem, diga ao "Jack Risonho" para manter os brinquedos em seu quarto. - James terminou seu café da manhã, em seguida, decidiu ir jogar no quintal.

Fui relaxar na sala de estar e eu devo ter cochilado, porque eu acordei um par de horas mais tarde.

- Merda! Eu preciso verificar o James. - Eu estava um pouco preocupada, tinha sido mais de 2 horas e eu não verifiquei ele. Saí para o quintal, mas James não estava mais lá. Eu estava ficando nervosa, então eu gritei por ele.

- JAMES! JAMES Onde você está?! - Só então eu ouvi uma risada vinda do quintal da frente. Corri até o portão para a frente da casa. James estava sentado na calçada. Eudei um suspiro de alívio e caminhei até ele.
- James quantas vezes eu já lhe disse para não sair do quintal? James, o que você está comendo? - James olhou para mim, então enfiou a mão no bolso e tirou uma mão cheio de balas em todas as cores. Isso me deixou muito nervosa - James, quem lhe deu esse doce? - Ele apenas olhou para mim mas sem dizer nada. - JAMES! Por favor, diga a mamãe, onde você tem que doces. - James abaixou a cabeça e disse:
- Jack Risonho me deu. - Meu coração afundou, ajoelhei-me para olhá-lo nos olhos - James eu já ouvi o bastante sobre este maldito Jack Risonho, ele não é REAL! Agora, esta é uma situação muito grave e eu preciso saber quem lhe deu o doce! - Eu podia ver os olhos do meu filho se encher de lagrimas.
- Mas mamãe, Jack Sorrisonho me deu o doce. -Eu fechei os olhos e respirei fundo.

James nunca mentiu para mim, mas o que ele está me dizendo é impossível. Eu fiz ele cuspir o doce e joguei o resto fora, James parecia estar bem. Talvez eu esteja exagerando, afinal ele poderia ter descoberto esse nome por Tom e Linda da casa ao lado, ou Mr. Walker da rua. De qualquer forma eu vou ter que ficar de olho em James. Naquela noite, eu coloquei James na cama como de costume, e decidi ir para a cama mais cedo mesmo.
De repente, fui acordada por um estrondo vindo da cozinha. Eu saltei para fora da cama e corri pelas escadas. Quando cheguei à cozinha fiquei horrorizado. Todos os talheres tinham sido jogados no chão, e nosso cão Fido pendurado morto da luminária. Seu estômago foi aberto e recheado com doce, do mesmo tipo que James estava comendo mais cedo naquele dia. Meu choque foi rapidamente quebrado por um grito agudo vindo do quarto de James seguido por fortes quedas. Eu rapidamente peguei uma faca na gaveta e subi as escadas com a velocidade que só uma mãe cujo filho está em perigo poderia ter. Tudo no quarto foi derrubado e jogado no chão, meu pobre filho em sua cama chorando e tremendo de medo, uma poça de urina de coloração das folhas. Peguei meu filho e corri para fora da casa e fui a casa ao lado, casa de Tom e Linda. Felizmente eles ainda estavam acordados. Eles me deixaram usar o telefone e liguei para a polícia. Não demorou muito tempo para chegar, e eu expliquei o que tinha acontecido, eles me olharam como se eu fosse louca. Eles vasculharam a casa, mas tudo o que encontraram foi um cão morto e dois quartos bagunçados. O oficial me disse que alguém tinha provavelmente conseguiu entrar na casa e fez isso direito antes de fazer uma fuga rápida quando me ouviu subindo as escadas. Eu sabia que não era verdade. Todas as portas estavam fechadas e nenhuma das janelas estavam abertas, o que estava na minha casa não vem de fora.

No dia seguinte, James permaneceu dentro, eu não queria que ele saísse de minha vista. Eu fui até a garagem e encontrei seu velho monitor de bebê e configurei em seu quarto, se alguma coisa entrasse em seu quarto à noite, eu seria capaz de ouvi-lo. Eu fui até a cozinha e peguei a maior faca da gaveta e coloquei no meu criado-mudo. Amigo imaginário ou não, eu não vou deixar nada de machucar o meu menino.
Logo a noite veio. Coloquei James na cama, ele estava com medo, mas eu prometi a ele que eu não ia deixar nada acontecer com ele. Coloquei-o na cama, dei-lhe um beijo, e acendi a luz noturna. Antes de fechar a porta, eu sussurrei-lhe: "Boa noite, James, eu te amo."

Eu tentei ficar acordada enquanto pude, mas depois de algumas horas eu me senti caindo. Meu bebê estava seguro para passar a noite e eu precisava dormir. Assim como eu coloco minha cabeça no travesseiro eu ouvi um barulho suave que veio formar o monitor do bebê que eu tinha colocado no meu criado-mudo. No início parecia que era interferência, como o tipo rádio faria. Em seguida, ele se transformou em um gemido. Foi James dormindo? Então ouvi, a risada do meu pesadelo, aquela risada horrível. Eu levantei da cama e peguei a faca debaixo do meu travesseiro. Corri para o quarto de James e a porta aberta rangeu. Eu tentei ligar o interruptor de luz, mas não acendia. Eu dei um passo e eu podia sentir o líquido espesso quente em meus pés. De repente vi James eu podia ver o horror absoluto estabelecidos na frente de mim.
Corpo de um garoto foi pregado na parede, as unhas perfurando através de suas mãos e pés. Seu peito foi cortado, aberto e seus órgãos caiam para o chão. Seus olhos e língua tinha sido removido junto com a maioria de seus dentes. Eu fiquei com nojo, eu mal podia acreditar que aquilo era um menino. Então ouvi novamente, o desesperado gemido. JAMES ainda estava vivo! Meu bebê, minha pobre criança, com tanta dor mal apegado à vida. Eu corri através do quarto e vomitei no chão, mas a minha dor foi interrompida por uma gargalhada horrível vindo atrás de mim. Virei-me enquanto ainda enxugava o vomito da minha boca, em seguida, para fora das sombras surgiu o demônio responsável por todo esse horror, Jack Risonho. Sua pele branca como a de um fantasma e cabelos negros emaranhados caíam até os ombros. Ele tinha penetrantes olhos brancos cercadas por anéis pretos escuros. Seu sorriso torto revelou uma fileira de dentes afiados, e sua pele não se parecia com a pele, ele quase parecia de borracha ou plástico. Ele usava uma roupa desigual preta e branca de palhaço com listras, mangas e meias. Seu próprio corpo era grotesco, seus longos braços pendurados para baixo após sua cintura e do jeito que ele estava prestes fez parecer quase sem ossos, como uma boneca de pano. Ele soltou uma risada doentia, como se fosse me avisar que estava satisfeito com a minha reação ao seu "trabalho". Ele, então, virou-se lentamente na frente de James e começou a rir ainda mais com a visão horrível que ele colocou para fora. Isso foi suficiente para afastar-me o meu terror, eu respondi:
- Saia de perto dele seu bastardo! - Corri para o monstro levantando a faca em cima da minha cabeça e esfaqueado ele, mas assim que a faca tocou ele desapareceu em uma nuvem de fumaça negra. A faca passou para a direita e perfurou o calor ainda batendo James, espirrando o sangue quente em meu rosto ....

Não ... o que eu fiz? Meu bebê, eu matei o meu bebê! Eu imediatamente cai de joelhos, e eu podia ouvir as sirenes na distância cada vez mais alto ... O meu menino, meu menino doce ... Mamãe prometeu que iria protegê-lo ... Mas eu não ... Me desculpe James ... Eu sinto muito ...

A polícia logo chegou a me encontrar na frente do meu filho, ainda empunhando a faca coberta de sangue do meu bebê. O julgamento foi curto, insanidade. Eu fui colocada na cadeia para criminosos insanos, onde estive nos últimos 2 meses. Não é tão ruim aqui, a única razão pela qual eu estou acordado agora, é porque alguém está batendo dois pratos daqueles de bateria musical, do lado de fora de minha cela, mas ninguém alem de mim consegue ouvi-los.




Texto Adaptado de: Jack Risonho (Facebook)

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Existência- Uma Creepy Clássica Muito Bem Feita!!!


BOTE SUA PAMPERS E CONFIRA!

Bem, o que relatarei agora aconteceu com uma ex-professora minha da faculdade, aliás, a pessoa que tinha uma visão muito abrangente e clara dos fenômenos que abrangem a pluralidade das existências. Esta minha professora sempre teve muita dificuldade em engravidar, chegando a fazer uma série de tratamentos, no entanto em vão. Isso, até certo dia...

No início dos anos 90 guaraná e rolha, ela descobriu-se grávida, fato confirmado em exame de sangue, logo nas 8 primeiras semanas gestacionais... A gestação trouxe muita alegria a ela e ao marido, mas trouxe junto um receio, um medo do tesouro tão esperado ser perdido devido às complicações naturais da gestação de maior risco.

Devido a este medo, apenas seu esposo e sua mãe ficaram sabendo da gravidez, e se comprometeram a guardar segredo até que estivesse difícil esconder a situação, devido ao crescimento uterino; porém, às vezes a vida prega peças e te trolla bonito!. Duas semanas após, ocorreu o tão terrível abortamento, que foi um duro golpe para sua família...

Após 18 meses, eles foram agraciados com uma nova gestação, que graças a Deus foi a termo, e originou uma menina linda, chamada Ana Júlia.

Um belo dia, no momento com 6 anos de idade, Ana chegou para minha professora, e disse:

"Mamãe, você teria tido outro filho antes de mim, né?"

A minha professora ficou bastante surpresa, afinal combinara com todos para que o assunto fosse enterrado, tamanha fora sua dor e decepção, e não queria que sua pequena soubesse desse tipo de coisa tão cedo, e assim, tentando descobrir quem era o (a) linguarudo (a), pergunta:

"Quem te disse isso capetinha Aninha?"

E a pequena responde:

"Ninguém, mamãe... é que eu manjo dos paranauê Não vim naquele momento porque não estava pronta."




Texto Adaptado de: Doce Psicose


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Hora da análise... É essa é uma das creepys clássicas, uma bem antiga, mas é de qualidade! Todo o texto te prende, apesar de ser um conto simples e curto. Aliás, ser curto, o torna mais fácil e agradável, até porque sabemos que te muita gente preguiçosa sem tempo lendo blogs. Gostei muito, esse fim então, foi ÉPICO. Uma das melhores que já li! E outra, ela nem tenta assustar, mas mesmo assim lhe agrada...

Avaliação final: A creepy em tudo é ótima, muito bem escrita, com belas palavras... 10!!!

O QUE ACHARAM DA CREEPY?

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

terça-feira, 25 de junho de 2013

DNA Binário

Dizem que quando você tira a foto de alguém, você captura a alma da pessoa na câmera.

Também dizem que se você imprimí-la, você pode controlar a pessoa cuja foto você tirou, porque a alma está na imagem.

Eu não sei por onde começar. Você sabe o que é a Sopa Primordial? Um oceano de elementos, todos flutuando aleatoriamente. E através de milhões de anos, eventualmente o grupo certo de organismos passaram, e os elementos se conectaram, formando a primeira célula de um organismo.
Agora, essa é uma versão “mastigada” disso, mas tenho certeza de que você vai entender. Acelere estes bilhões de anos até os anos 90; quando o uso da internet começou a crescer. Toda casa tinha um computador, e novas conexões entre computadores abriram novas portas.

Trilhões de bytes de dados começaram a serem transferidos ao redor do mundo na velocidade da luz; música, texto, som, e o mais importante: imagens. Quando você tira a foto de uma pessoa e captura sua alma, o que acontece quando essa foto é convertida e colocada em um drive? A alma vai junto? 15 anos mais tarde nós acreditamos nisso. Acreditamos que quando você tira a foto de alguém e coloca no seu computador, junto da imagem uma “planta” da própria alma da pessoa é implantada no arquivo.

Olhe na sua pasta de imagens. Quantas almas vivem apenas nesta pasta?

E isso é só o começo. Cada “planta” dessas almas possui peças de um quebra-cabeça, bem como partes da própria alma.


Recentemente, um grupo de hackers, que se denominavam como os Cardinals, se interessaram por essa teoria e começaram a fazer experimentos. Eles encontraram anomalias juntamente com os números binários das imagens baseadas em detalhes específicos da pessoa que eles tiravam uma foto. Um DNA binário, se me permite.

Estes hackers conseguiram obter três arquivos de extrema importância. Um .avi, um .jpeg, e um .mp3, cada um possuindo uma qualidade estranha e inexplicável.

O primeiro, cradle.avi, apresenta o que parece ser um grupo de adolescentes com uma câmera de baixa qualidade explorando o porão de uma casa. A qualidade do vídeo é extremamente distorcida, além da nossa compreensão, e o áudio também é em baixa qualidade. Durante quase todo o tempo do vídeo, a câmera é passada de mão em mão pelo grupo várias vezes, deixando difícil entender o que se passa.

Mas perto do final a câmera se vira em um ângulo estranho, e você pode distinguir uma garota parada em um canto, encarando a parede. Seu cabelo é longo e preto e ela parece estar usando um tipo de vestido branco. Você só pode vê-la por um segundo, mas muitas pessoas que viram o vídeo alegam que alguma coisa parece estar errada com ela. Uma deformidade, mas que ninguém consegue explicar qual.

Mas o mais curioso nesse vídeo é o que acontece com o computador de quem o assiste até o final. No último segundo do vídeo, se ainda não aconteceu, o vídeo forçará a tela cheia a abrir. Juntamente aparecerá um clipe de um segundo repetindo várias vezes a cena de uma janela em uma parede. Ele repete 15 vezes, e então a garota aparece novamente, parada do outro lado da janela, com as costas viradas para o espectador, movendo lentamente seu corpo para frente e para trás. Após alguns momentos nesta cena, o vídeo termina e o computador de quem estava assistindo se desliga permanentemente.

Uma inspeção revelou que todo o registro do computador se corrompeu, sendo necessário que o usuário formatasse e reinstalasse o sistema.

O segundo arquivo é conhecido como needles.mp3. Este arquivo tem 3 minutos de duração e é extremamente distorcido. Às vezes parece que dá para ouvir o som de uma voz falando, mas a maioria do áudio se baseia em grunhidos e estalos.

Aqueles que ouviram este arquivo relataram terem sentido muita náusea e perda de equilíbrio por um curto período de tempo.

O último arquivo é conhecido como burningman.jpg

O nome do arquivo não tem nada a ver com a imagem que ele traz. Só mostra uma imagem confusa de fotos misturadas de bonecas e um corredor. Também parece que há a imagem de um homem parado com sua cabeça abaixada ao fundo, mas a imagem é distorcida demais para se confirmar alguma coisa, mais do que os outros arquivos.

A imagem, quando baixada e aberta em um computador, permanecerá aberta sobre qualquer outro programa que for usado. Não apenas isso, o programa fica inutilizável. Nada mais acontece, a imagem fica na área de trabalho permanentemente, não é mais clicável, não dá para minimizar, e tudo o que resta é ficar observando a imagem, sendo encarado pelo homem oculto ali.

Pelo que o grupo de hackers foi capaz de descobrir, este arquivo parece possuir junto de seus dados alguma coisa com o nome de Cmdow; um programa complexo e intrigante (funciona em todos os sistemas operacionais) que ninguém sabe quem é o criador. Na verdade, poucas pessoas já ouviram falar dele, já que é um arquivo que não dá para copiar ou enviar.

Isso é apenas um detalhe do mistério, já que geralmente algumas pessoas dizem terem recebido o tal arquivo aleatóriamente em emails anônimos, ou postado em fórums. Adiantando a questão, como alguém foi capaz de enviá-lo?

Se você ver algum desses arquivos, evite de baixar QUALQUER UM deles.

Todos tem efeitos variáveis no seu computador, que vão desde apagar todos os seus arquivos, corromper o sistema, congelar seu mouse até danificar seu computador inteiro.

Agora, continuemos:

Esse grupo de hackers, os Cardinals, analisaram estes três arquivos e compararam suas singularidades. Eles já tinham ouvido falar de outros arquivos misteriosos, imagens, dados, etc. mas nunca conseguiram pôr as mãos em algum deles. Até onde conseguimos saber, há rumores de que eles conseguiram localizar e coletar arquivos conhecidos como o original smile.jpg , barbie.avi , e até mesmo o suicidemouse.avi . Nem mesmo o Grifter foi capaz de escapar deles, os rumores dizem. Mas boatos também alegam que o vídeo do grifter sequer existe, mas isso é outra história.

Todavia, com todos esses arquivos nas mãos, o grupo começou a organizar os arquivos e a trabalhar meticulosamente através dos números binários, um 0/1 por vez, checando se alguma série combinava entre si.

E eles conseguiram fazer isso com sucesso, pelo menos é o que dizem. O resultado foram 7 arquivos executáveis que não faziam nada. Simplesmente um monte de 0s e 1s. Eles mexeram nos arquivos várias vezes, cada um sendo executado de um modo diferente. Decidiram nomear os arquivos de Lust, Gluttony, Greed, Envy, Sloth, Wrath e Pride (N/T: Luxúria, Gula, Avareza, Inveja, Preguiça, Ira e Orgulho (os sete pecados capitais).

Finalmente eles conseguiram organizar os arquivos para que funcionarem. E quando conseguiram, algo estranho aconteceu. As cópias dos arquivos foram unidas em um único arquivo executável, já nomeado.

“BarelyBreathing.exe”

E o que tinha nesse arquivo? Bom, pouco se sabe a partir deste ponto. Eles eram espertos demais para apenas abrí-lo. Analisaram o arquivo de todas as formas possíveis; Hex, número binário, conversões, qualquer coisa que revelasse o que esse arquivo fazia.

E mesmo depois deste arquivo ter sido criado, era apenas um amontoado maior de 1s e 0s e não fazia mais sentido do que os arquivos separados.

Eles colocaram o arquivo em um flash drive e o fizeram funcionar. Esse foi o último comando encontrado em seus computadores destruídos uma semana depois. Seus corpos estavam desfigurados além do reconhecível. Descrição dos cadáveres descreveram que parecia que eles tinham sido brutalmente cortados em seus rostos e braços. Cada centímetro da pele que foi retirada estava mutilada. Como se tivessem colocado em um microondas e depois picado repetidamente com uma lâmina de barbear.

O governo imediatamente tentou silenciar o ocorrido, mas houve um vazamento de informações, e como os Cardinals mantinham um blog entre eles e alguns amigos próximos (Está fechado e deletado agora então nem tente encontrá-lo), a informação do que eles estavam tentando fazer logo se espalhou.

E o flash drive? Um amigo, que sabia da existência, verificou a casa do grupo e não encontrou nada. De acordo com alguns relatos, o drive foi encontrado no bolso de um dos hackers e foi levado sob custódia pela polícia, e nunca mais foi visto.

A trilha continua, cada vez mais distante. O arquivo ressurge às vezes pelo mundo. Os governos tentam encobrir, mas algo sempre acaba vazando, claro. Procure nas notícias sobre pessoas mutiladas em suas casas por um “assassino”, seus computadores roubados, etc.

E se você receber um email criptografado com um anexo chamado BarelyBreathing.exe, pelo amor de Deus...

NÃO ABRA!

Suposta imagem do "barelybreathing.exe"

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sally.exe

Como muitos, sou um grande fã da série Sonic. Eu assisto as versões antigas do cartoon, porque eu acho que nas atuais a SEGA fez uma bela duma pronha loca porcaria. Cada um com sua opinião...

Outro dia eu estava dando uma olhada no E-bay. Eu estava vendo se encontrava algo sobre minha personagem favorita da série, Sally Acorn. Naturalmente, o que encontrei foi uma pelúcia manufaturada na SEGA WORLD de Sydney, que fechou devido ao pouco movimento em 2006. Estas pelúcias da Sally são realmente raras, porém, eu não dispunha do dinheiro necessário para comprá-la e meus pais iriam me incomodar por causa disso. Dei uma examinada na descrição que acompanhava as fotos. Esta Sally ainda tinha sua jaqueta. Nela, havia escrito uma marca permanente "GOD*". Eu realmente não faço ideia do que isso significa. Talvez seja as iniciais da criança que a possuía antes de tentar vende-la.

Eu cliquei no botão de voltar, para retornar a pesquisa "Sonic Sally", imaginando que não cobriria aquela oferta, de qualquer modo, apareceu um novo resultado. "TODOS OS EPISÓDIOS DO DESENHO SATÂNICO SONIC" com o preço de $1,00 na compra instantânea. Os DVDs SatAM nunca foram lançados de onde eu vim. Bem, feliz como estava, e querendo rever o show, dei uma olhada no artigo. Não havia nenhuma descrição e nenhum endereço de onde isso vem. Alemanha, Canada, etc... Faltava o preço do transporte e foi indicado como sendo grátis. Dei uma olhada na foto do artigo. Era um CD branco. Decidi comprá-lo, de qualquer modo. Não apenas pela nostalgia, mas sim porque o roteiro era ótimo e eu amei a participação do Robotnik nessa série.

Bem... Tudo começou quando o correio chegou. Ele veio na manhã seguinte da compra... Estranhamente, foi num domingo. Eu estava feliz por ter recebido os episódios e de imediato coloquei o CD branco no meu laptop, iniciando o DVD. Infelizmente, o DVD não iniciou, porém me permitiu ver os arquivos, então eu abri a pasta e vi o programa sally.exe. Eu estava confuso por ele ser em EXE, porém iniciei-o mesmo assim. De fato, ele estava tocando o episódio SatAM. O episódio "Viciado em Sonic*" começou. O episódio iniciou normalmente, durante a introdução. Nenhum sangue ou nada... Mas o triste é que a tela do meu computador ficou azul na cena do beijo entre Sonic e Sally. (Quando Sally anda até Sonic e beija sua bochecha, ele diz que o beijo dela não foi tão bom e é melhor receber outro... e isso é muito fofo também). O computador reiniciou e eu retirei o CD, imaginando que seria um mau funcionamento. Eu poderia pedir ao vendedor que devolvesse meu dinheiro, mas ele pode ficar com o $1,00 dolar que eu paguei. Eu penso, é apenas um dólar.

Continuei a navegar normalmente na internet, falando com amigos no Skype e essas coisas. Nada estava errado até quando eu estava assistindo alguns vídeos aleatórios no Youtube, meu cursor começou a ter um ataque. Desconectei meu mouse, porém o cursor continuou a tremer em volta da tela. Eu mesmo desativei o touchpad. De repente, ele parou e eu continuei ignorando o que aconteceu. Pouco tempo depois me vi baixando uma ROM do jogo Sonic. Jogo divertido. Logo o download estava pronto, comecei a jogar no emulador, e ele iniciou no modo janela, mas, estranhamente, o resto da tela ficou preta. Eu não liguei e esperei o jogo começar.

O familiar "SEGA!!" não tocou. Bem, tocou, porém foi tão lento que soou de modo demoníaco e me deu medo. O fundo continuou preto e o Sonic não correu através do logo. Ela mudou para o escuro e somente texto apareceu. Eu primeiro achei que havia sido escrita numa fonte vermelha, porém olhei melhor e pareceu que tinha sido respingada na tela do meu notebook. "Pronto para um round ou dois?" Eu pisquei e a imagem encolheu na tela seguinte. O céu estava num cinza escuro e as nuvens pareceram pretas, como após uma tempestade elétrica. As montanhas estavam deterioradas assim como a logo. O mesmo parecia parcialmente enferrujado. Eu estava maravilhado com o nível de detalhe dos pixeis , mesmo assim também me assustei. O “SEGA 1991” foi trocado pelo “SEGA 666” e a água estava vermelha como sangue. A música familiar não tocou. Tocaram apenas sons 16-bits, adicionados ao “SEGA!” demoníaco. Ao invés do Sonic aparecer, dois personagens apareceram próximos ao logo – Tails e o Knuckles. O olhar deles parecia ameaçador. Os olhos de Tails estavam pretos e estavam sangrando... Seu pelo estava meio cinza meio preto e com uma expressão angustiante. Knuckles parecia ainda pior. Seu pelo vermelho estava escurecido, num tom acinzentado, seus dreadlocks estavam pingando de sangue e seus olhos eram escuros e sangrentos como os de Tails. Sua expressão era de tristeza.

Então, vi um outro personagem saindo do meio do logo. Era rosa, se parecia com um ouriço. De início, ela estava sorrindo, porém ela franziu a testa para o que a rodeava. Parecia estar nervosa e confusa, como se não soubesse o que se passava. “Amy Rose?” eu pensei. “O que é tudo isso?” Curiosamente esta mensagem apareceu e pude pressionar enter. Um curto, porém forte, ruído de estática tocou e a tela desapareceu. Eu desejei não ter apertado. “Kyle não quer brincar comigo” após esta, outra mensagem apareceu. “Que vergonha... mas eu posso brincar com você...” “...certo?”

O “SEGA!!” demoníaco tocou novamente e, num piscar de olhos, uma imagem piscou. Ela desapareceu tão rápido que não pude ver com clareza o que era, entretanto posso afirmar que vi um Sonic preto e um vermelho, com olhos vermelhos e pretos, respectivamente. Eu quase senti eles me perfurarem e nesse momento dei um salto. Ele não começou na Green Hill Zone Act 1, embora, desejei que o tivesse. Em vez disso, o título era “Ato 1 imperfeito”. O jogo começou. O chão parecia normal como o da Green Hill Zone, entretanto este estava escuro. Amy estava próxima ao Sonic como no jogo original. Surpreendentemente o sprite era muito bem feito. Não era sua versão clássica, mas sim sua atual. Parecia ser a oficial, mesmo assim. Do outro lado, próximo ao Sonic, estava um grande anel cinza. O Sonic estava sorrindo. A animação de Amy estava com uma expressão amorosa e com alguns corações saindo de sua cabeça. Acho que ela deveria ir até o Sonic, porém este correu até o anel e pulo dentro dele. Amy o seguiu.


Fui teletransportado para um dos estágios onde pode-se pegar a Chaos Emerald. O fundo era rosa com corações. Parecia ser fofo, mas eu estava distraído por haver somente 4 esferas brancas e vermelhas para pular em cima e tentei equilibrar a Amy sobre uma delas. Porém os controles escorregaram e ela caiu. Cai em uma parede de esferas GOAL. Assim como imaginava, fui teletransportado de volta e um grito tocou com a imagem desse... Sonic demoníaco. A tela teve um ataque e ouvi mais gritos. Gritos nos quais pude ouvir Amy rose. Continuei ouvindo “Não! Não” e choros de agonia, que pararam abruptamente com estáticas por um curto momento, até a tela cortar para o preto.

Pouco depois, a tela de título apareceu. Knuckles e Tails haviam desaparecido, em vez disso, Amy apareceu. Ela estava com seu habitual sorriso fofo, porém seu corpo possuía buracos. Nada de buracos sangrando ou buracos de bala. Apenas... buracos que perfuravam todo o seu corpo. Suas cores desapareceram para um branco e preto. Até mesmo seus olhos pareciam estranhamente desfigurados. Isto me assustou muito e meu corpo começou a tremer. Belisquei-me mais e mais quando vi o novo personagem aparecer. Vi aparecer a Cream, que tinha uma terrível expressão e se encolheu contra o logo para se reconfortar... Pobre Cream. Tentei fechar o jogo, porem foi em vão. Mesmo sendo fechado, o jogo abriu novamente e a tela sumiu.


“KINDANFAIR Act1” O estágio estava branco e a música de fundo parecia estar se afogando, uma versão lenta da música da Green Hill Zone. Isto quase me fez engasgar, porém algo me forçou a jogar. O estágio iniciou com o Sprite da Cream, assim como o de Amy, como nos jogos originais. O mundo do jogo era infantil. Parecia ser daquele estilo fofinho de jogos. Em frente a Cream estava uma TV de tubo que dava maior velocidade. Fiz Cream quebrar esta TV para que pudesse correr mais rápido. Fiz então que ela corresse o mais rápido possível, porém o mapa não mudou. Quanto mais avançava, mais caixas de velocidade apareciam. Indo mais e mais rápido, quebrando mais e mais caixas. Mais... e mais... e mais... Ouvi então a música totalmente fora de sincronia, o que me assustou. Subitamente Cream bateu numa parede de espinhos. Ouvi um sonoro “SPLAT”. Nunca havia ouvido um som dessa qualidade num jogo de 16-bit. A pobre Cream foi rasgada em pedaços. Sangue foi jorrado dos espinhos e o sangrento coelho, assim como o fundo, começaram a derreter na minha frente. A imagem piscou e num piscar de olhos a tela de título reapareceu. Assim como imaginei, quando retornei a esta tela, Cream estiva junto de Amy. Ela parecia assustada, porém seus olhos estavam... Como eu diria isso? ... Pendurados e sangrando junto de uma gosma preta. Suas orelhas, que estavam sobre a face, agora estavam atrás de sua cabeça. Sua cor amarelada foi trocada para um marrom e o laranja para um muito escuro roxo com vermelho. Sua roupa estava cinza.

Hora do terceiro personagem... e Deus, quase chorei quando vi Sally Acorn saindo do maldito logo, mostrando seu inocente sorriso e acenando para mim, como se não imaginasse a tortura que aconteceria a ela. O jogo é, ao mesmo tempo, terrível e fascinante, entretanto quis pará-lo, porém minha mão não cooperou. Até mesmo comecei a balançar. Quis apertar o botão de desligar, terminando logo essa tortura, porém minha mão, como já disse, não se moveu. Apertei start e a tela sumiu.

!_____Act 9”, Disse. Uma triste melodia tocou ao fundo como a silhueta do chão – e a silhueta de Sally apareceu em frente ao fundo que consistia no grupo inteiro. Amy, Cream, Knuckles, Tails e Robotinik apareceram, todos em suas formas torturadas com tristes expressões. Também apareceu Sonic, porém de um modo quase irreconhecível. Ele tinha um sorriso largo no rosto com os dentes bem afiados. Ele tinha olhos negros com pupilas vermelhas, que estavam sangrando. Ele parecia que iria chegar a frente da silhueta dele mesmo. Tentei mover Sally, tira-la dali, porém cada parede não se movia. Parei no meio e, para meu horror, o estágio começou a fechar e o escuro começou a se aproximar de Sally. Tentei novamente movimentá-la, porém as paredes a impediam. Movimentei Sally de volta para o meio das paredes que se fechavam e volta dela. Ela se abaixou e desapareceu no escuro.

SPLAT!!

A mensagem em vermelho apareceu novamente, pingando, como se estivesse ensanguentada. “Sonic, meu amor...”

Subitamente, uma cena familiar apareceu. Reconheci imediatamente. Sonic SatAM estava tocando de onde o CD foi retirado. Ele tinha uma sombra vermelha e o Sonic tinha estes...Negros, sangrentos e demoníacos olhos. Sally olhou com medo, para mim. Seus olhos não estavam mais lá. Parecia que foram retirados e a caveira de Sally estava próxima. Sangue estava caindo de sua face. Não parecia ser photoshop. Isto parecia real. Sonic tirou Sally do estágio usando algo como um tentáculo... Algo explodiu de suas bocas e de seus fechados narizes. Nunca pude ver algo da garganta de Sally. Algo nojento como isso eu nunca havia visto. Por um momento, desejei que aquilo acontecesse a mim também. Pude ver os corruptos Tails e Knuckles no fundo. Sonic os pegou também. “Então?” “Nada mal.” Sally apenas respondeu. Engasguei e olhei para longe da tela. Fora desta vi algo na minha cama, NA MINHA CAMA! Estava o boneco de Sally que vi no E-bay... SEM SEUS OLHOS!


B.O.B- Creepypasta


BOTE SUA PAMPERS E FUJA DO BRUTAL!

Andrew acordou de repente. Ele sabia o que tinha acontecido. Depois de semanas observando e o perseguindo, a criatura que matou seus pais e devorou sua filha finalmente decidiu entrar, pelas portas do pátio que eram completamente vidro.

Andrew estava deitado na cama, na escuridão iluminada apenas pela quantidade de luz que a lua fornecia através do espaço entre as cortinas. Ele tentou escutar a criatura. Tentou escutar para descobrir se ela estava ali dentro com ele, enquanto secretamente rezava para que tudo permanecesse no calmo silêncio. O barulho do vidro quebrando confirmara um dos seus piores medos. A criatura tinha conseguido entrar em sua casa.

Com essa descoberta esmagadora, Andrew, agora tremendo, agarrou seu pênis taco de beisebol de titânio e desceu o cacete no bicho do capeta as escadas na mais profunda escuridão, determinado a enfrentar isso de uma vez por todas, mas secretamente esperando que a criatura fugisse ao vê-lo, como de costume. O rapaz parou no pé da escada bem no juanete... ouvindo. No início, tudo o que ouviu foi a criatura quebrando o vidro que estava sob os próprios pés. Então, pela primeira vez, Andrew ouviu a criatura respirando pesadamente, como se sua garganta estivesse bloqueada por catarro. A coisa hedionda rosnou e foi, gradualmente, se aproximando de Andrew.

Fora da cozinha, a criatura encontrava-se longe do vidro quebrado. Ela caminhava de maneira silenciosa, de uma forma mais ágil do que aparentava, considerando principalmente a forma atrapalhada com a qual a criatura fugia. Andrew percebeu que essa era a hora.

Ele segurou o bastão mais forte mas não conseguiu, estava paralisado. Ele tinha em mente que era a hora de atacar, porém não conseguia. A criatura tinha dentes, olhos, e sua pele era aparentemente humana que nem a minha, a sua, a nossa!. Ela estava na sala agora, e se aproximava cada vez mais a cada segundo. Andrew estava aterrorizado demais para se mover, essa criatura era a personificação do terror!

Andrew ainda estava no pé da escada, pedindo pela mamãe tremendo. Ele ouviu a criatura se aproximando e o som nauseante de sua respiração distorcida pela escuridão. Ela estava bem próxima, ele tinha uma chance de matá-la e não desperdiçaria essa oportunidade.

A coisa entrou na porta que antecedia as escadas. Andrew se escondia ao lado esquerdo da porta. Ele balançou com toda sua força, acertando o bastão no peito da criatura. Ela cambaleou para trás... em seguida, parou e olhou para o rapaz e seus pequenos olhos selvagens pareciam estar olhando para dentro de sua alma. Andrew sentiu que já vira aquele olhar antes. MEU DEUS, eram os olhos de sua filha! Então, Andrew sentiu um forte medo da criatura, um medo diferente de todos aqueles que ele já sentira. A coisa soltou um silvo gorgolejante para o rapaz, mostrando todos os seus repugnantes dentes deformados.

A criatura chutou o estômago de Andrew, deixando-o enjoado.

Andrew caiu no chão, incapaz de respirar e rolou até a parede. A criatura observou o rapaz rastejando até a parede, então caminhou até ele colocando um olhar julgador em cima de Andrew, enquanto o mesmo estava desamparado. A criatura pisou em sua canela, quebrando seu osso. Andrew entrou em prantos, ele sentia uma dor tão intensa que parecia estar morrendo e estava!.

Andrew, agora incapacitado, não tinha para onde ir e nem como se defender. A criatura colocou seu pé no estômago do rapaz, pressionando e rasgando a sua carne com suas grandes unhas sujas. Com o pé da criatura completamente dentro de seu estômago, Andrew começou a cuspir sangue. Lágrimas escorriam de seu rosto. Ele desmaiou de dor e em seguida morreu.

A criatura ficou parada sob o cadáver morto ensanguentado. A criatura se abaixou até o rosto do rapaz e arrancou um pedaço do queixo de Andrew hummmm, gotoso! , deslocando um lado de sua mandíbula. A criatura continuou a rasgar e viscerar o cadáver de Andrew.

Por fim, o monstro foi-se silenciosamente, do mesmo modo que entrou: pelas portas quebradas do pátio...

B.O.B fugindo
 depois de roubar pão na casa do João

Adaptação de: Lua Pálida e Solo Proibido
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Sim, é mais um texto legal (ou não) no fim da creepy. Se você não gosta, lamento, vai reclamar com o Papa. Enfim... Vamos à análise da creepy!

Eu já havia lido essa creepy primeiramente, mas não foi de meu agrado. Na verdade, nem poderia analisá-la, afinal estava mal traduzida, no entanto o Fernando Thiago traduziu-a no Lua Pálida e eu pude me desfrutar verdadeiramente dela. Devo dizer que todo o detalhamento da situação, todas as partes descritivas da creepy foram bem agradáveis e bem feitos. Entretanto a creepy deixa a desejar na história em sí, ficou algo muito incompleto. O fim poderia ter sido melhor, mas foi legal o "gore" que rolou no final, e.e.

Avaliação final: num contexto geral é uma creepy boa, minha nota para ela é 7,5.

*Master Hunter me ajudou nessa. Eu já tinha discutido com ele sobre essa creepy ;), a avaliação dele me ajudou muito!


LOGO TRAREI UMA MATÉRIA MAIS EXTENSA SOBRE ESSE SER!

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA TARDE