Acerex.. cidade pequena, pacata e tranquila... Entretanto como qualquer outra cidade, essa possui sua lenda marcante: Aquele que seguram velas era como a população denominava a lenda. Um grupo de mais ou menos 10 "pessoas", fantasiadas, mascaradas e portando velas em suas mãos. As regras eram simples e todos deviam cumprir caso os vissem:
Não fale com eles!
Não pronuncie o nome deles perto deles!
Não toque neles!
E por último, a regra mais crucial:
Não derrube as velas que eles portam!
...
Na estrada, na mais profunda madrugada, um carro seguia abruptamente, zigue-zagues eram feitos e derrapes ocorriam facilmente. Dentro dele, 3 garotos deveras embriagados brincavam, ingenuamente, com as próprias vidas: John no volante, Johnny Cage ao seu lado e Trevor no... porta-malas. Voltando de uma "festa de arromba", os jovens estavam procurando por mais alguma diversão, e garante-se que procuravam algo radical, por sinal nada sadio.
Após muitos quilômetros uma pequena bifurcação surgiu: em um lado estava a rota para voltarem às suas casas, enquanto no outro lado havia a rota para uma cidade ainda desconhecida pelos garotos, uma tal de Acerex.
"Acerex? Que porra é essa?", Johnny Cage indagou um tanto debochado. Mesmo não tendo muita ciência do que ocorria ao seu redor, Trevor (o rapaz do porta-malas) soltou uma pérola como resposta: "Que escroto, se a gente ler essa porra ao contrário é xereca... a-c-e-r-e- x -e-r-e-c-a...". Como qualquer bêbado bem bêbado, todos do carro caíram na risada e decidiram conhecer a pequena e desconhecida cidade.
Pararam o carro na beira da pista, enquanto apreciavam a vista - nem um pouco bela - de Acerex. Veja como eles eram sortudos: deram de cara, logo com o cemitério da cidade! Pode parecer clichê, mas eles se sentiam intimidados, Johnny Cage, inclusive, ouvia alguns ruídos estranhos, eram como passos... Uma névoa súbita tomou o local.
"Vamos dar o fora daqui!", Johnny Cage gritou com uma voz fina, demonstrando todo seu medo - assim como coragem e macheza também, é claro. Certo, você, leitor, e eu, narrador, temos que concordar com esse garoto chapado, aquele não era um lugar agradável. Qualquer ser humano em sã consciência sairia o mais rápido possível dali, mas esses jovens não. Eles gostavam do perigo, queriam uma aventura radical (como já dito anteriormente)... Desculpe, mas não! Eles só estavam bêbados mesmo!
John foi até o carro buscar uma lanterna e os 3 garotos logo adentraram o cemitério de Acerex. Nada demais, era só mais um cemitério, só mais um fétido e sombrio cemitério... Ou não... Logo, John e Trevor passaram a escutar o mesmo ruído de passos que Cage ouvira quando os jovens ainda estavam na beira da pista. Eles logo descobriram o que era: um grupo de aproximadamente 10 pessoas caminhavam portando velas. Seus vestes eram longos e pretos (clichê!), cobrindo-os do pescoço aos pés e aparentemente usavam máscaras, máscaras com faces terrivelmente tristes. "Só podem ser um bando de moleques revoltados dando uma de satanista!", John se pronunciou sobre o que viam.
Johnny Cage, genialmente, pegou a lanterna do grupo e mirou a luz na face dos caminhantes. O grupo parou. Simplesmente parou. O local silenciou-se de forma brusca e um clima tenso tomou conta da situação. John e Trevor foram em direção aos indivíduos e começaram a rajada de golpes desajeitados. Os 'homens' pareciam não sentir nada, até que Trevor chutou a mão de um deles, derrubando a vela que o mesmo portava. Trevor e John se afastaram, juntando-se à Johnny Cage.
Os indivíduos continuavam parados, no entanto havia algo diferente: as feições de todos eles... estava mudando. A expressão triste dava lugar a um sorriso simpático. Foi então que eles escutaram um deles sussurrar... sussurrar bem baixo. Eles não puderam escutar. "Repete, filho da puta!", John gritou. O homem virou-se para ele, o sorriso simpático mantinha-se, ao contrário da ousadia de John.
"Levaremos mais um pouco hoje...", repetiu o 'mascarado' com uma voz suave. A frase, a princípio sem sentido, deixou os rapazes confusos. Levar o que? Para onde?... O resto dos mascarados viraram-se na mesma posição de seu companheiro, e agora todos do grupo encaravam os rapazes. No chão, o fogo da vela aos poucos se apagava e a atmosfera tornava-se cada vez mais fria. Johnny Cage, John e Trevor simplesmente não sabiam o que fazer, era como se seus cérebros estivessem parando de funcionar, e dessa vez, sabia-se que não era por causa do álcool: era por simples e puro MEDO!
Risadas começaram a ecoar pelo cemitério; algumas por parte dos mascarados, outras sabe-se lá daonde. Uma silhueta começou a se formar a partir do último brilho de fogo que vinha da vela caída ao chão. A cor azulada daquela sombra ofuscava os olhos dos rapazes e fazia suas veias queimarem. Um vestígio de morte pairava no ar e acredite você ou não, não era dos 3 moleques.
A silhueta se formou por completa, e então a luz da lanterna de John se apagou; o vento parou; as risadas se tornaram bem baixas; e nem mais aquela silhueta podia ser enxergada, uma completa escuridão, um completo terror. Então, lentamente, os 3 garotos foram sentindo seus corpos congelarem, suas veias saltarem e seus corações queimarem. Os olhos foram esbugalhando e aos poucos todo sangue de seu corpo fora sendo drenado misteriosamente.
Logo, a escuridão foi-se indo e um devaneio de fogo foi surgindo aos olhos de cada um dos garotos. As risadas dos indivíduos voltaram a insultar seus ouvidos, mas foi pela última vez... eles então morreram, e em seus lugares apenas corpos ocos restaram. As expressões tristes de antes retornaram aos rostos de todos os caminhantes e, devagar, eles foram se aproximando dos restos mortais. Um deles deu um passo a frente e resmungou: "Eles com certeza não eram da cidade... Que pena. Mas o que fazer se aquela alma ruim que carregávamos foi liberta? O fogo não deveria ter-se apagado... Enfim, vamos, vamos logo transportar o resto."
E assim, Aqueles Que Seguram Velas continuaram sua missão: O transporte de todas as almas ruins que naquela cidade viviam.
Não fale com eles!
Não pronuncie o nome deles perto deles!
Não toque neles!
E por último, a regra mais crucial:
Não derrube as velas que eles portam!
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Na estrada, na mais profunda madrugada, um carro seguia abruptamente, zigue-zagues eram feitos e derrapes ocorriam facilmente. Dentro dele, 3 garotos deveras embriagados brincavam, ingenuamente, com as próprias vidas: John no volante, Johnny Cage ao seu lado e Trevor no... porta-malas. Voltando de uma "festa de arromba", os jovens estavam procurando por mais alguma diversão, e garante-se que procuravam algo radical, por sinal nada sadio.
Após muitos quilômetros uma pequena bifurcação surgiu: em um lado estava a rota para voltarem às suas casas, enquanto no outro lado havia a rota para uma cidade ainda desconhecida pelos garotos, uma tal de Acerex.
"Acerex? Que porra é essa?", Johnny Cage indagou um tanto debochado. Mesmo não tendo muita ciência do que ocorria ao seu redor, Trevor (o rapaz do porta-malas) soltou uma pérola como resposta: "Que escroto, se a gente ler essa porra ao contrário é xereca... a-c-e-r-e- x -e-r-e-c-a...". Como qualquer bêbado bem bêbado, todos do carro caíram na risada e decidiram conhecer a pequena e desconhecida cidade.
Pararam o carro na beira da pista, enquanto apreciavam a vista - nem um pouco bela - de Acerex. Veja como eles eram sortudos: deram de cara, logo com o cemitério da cidade! Pode parecer clichê, mas eles se sentiam intimidados, Johnny Cage, inclusive, ouvia alguns ruídos estranhos, eram como passos... Uma névoa súbita tomou o local.
"Vamos dar o fora daqui!", Johnny Cage gritou com uma voz fina, demonstrando todo seu medo - assim como coragem e macheza também, é claro. Certo, você, leitor, e eu, narrador, temos que concordar com esse garoto chapado, aquele não era um lugar agradável. Qualquer ser humano em sã consciência sairia o mais rápido possível dali, mas esses jovens não. Eles gostavam do perigo, queriam uma aventura radical (como já dito anteriormente)... Desculpe, mas não! Eles só estavam bêbados mesmo!
John foi até o carro buscar uma lanterna e os 3 garotos logo adentraram o cemitério de Acerex. Nada demais, era só mais um cemitério, só mais um fétido e sombrio cemitério... Ou não... Logo, John e Trevor passaram a escutar o mesmo ruído de passos que Cage ouvira quando os jovens ainda estavam na beira da pista. Eles logo descobriram o que era: um grupo de aproximadamente 10 pessoas caminhavam portando velas. Seus vestes eram longos e pretos (clichê!), cobrindo-os do pescoço aos pés e aparentemente usavam máscaras, máscaras com faces terrivelmente tristes. "Só podem ser um bando de moleques revoltados dando uma de satanista!", John se pronunciou sobre o que viam.
Johnny Cage, genialmente, pegou a lanterna do grupo e mirou a luz na face dos caminhantes. O grupo parou. Simplesmente parou. O local silenciou-se de forma brusca e um clima tenso tomou conta da situação. John e Trevor foram em direção aos indivíduos e começaram a rajada de golpes desajeitados. Os 'homens' pareciam não sentir nada, até que Trevor chutou a mão de um deles, derrubando a vela que o mesmo portava. Trevor e John se afastaram, juntando-se à Johnny Cage.
Os indivíduos continuavam parados, no entanto havia algo diferente: as feições de todos eles... estava mudando. A expressão triste dava lugar a um sorriso simpático. Foi então que eles escutaram um deles sussurrar... sussurrar bem baixo. Eles não puderam escutar. "Repete, filho da puta!", John gritou. O homem virou-se para ele, o sorriso simpático mantinha-se, ao contrário da ousadia de John.
"Levaremos mais um pouco hoje...", repetiu o 'mascarado' com uma voz suave. A frase, a princípio sem sentido, deixou os rapazes confusos. Levar o que? Para onde?... O resto dos mascarados viraram-se na mesma posição de seu companheiro, e agora todos do grupo encaravam os rapazes. No chão, o fogo da vela aos poucos se apagava e a atmosfera tornava-se cada vez mais fria. Johnny Cage, John e Trevor simplesmente não sabiam o que fazer, era como se seus cérebros estivessem parando de funcionar, e dessa vez, sabia-se que não era por causa do álcool: era por simples e puro MEDO!
Risadas começaram a ecoar pelo cemitério; algumas por parte dos mascarados, outras sabe-se lá daonde. Uma silhueta começou a se formar a partir do último brilho de fogo que vinha da vela caída ao chão. A cor azulada daquela sombra ofuscava os olhos dos rapazes e fazia suas veias queimarem. Um vestígio de morte pairava no ar e acredite você ou não, não era dos 3 moleques.
A silhueta se formou por completa, e então a luz da lanterna de John se apagou; o vento parou; as risadas se tornaram bem baixas; e nem mais aquela silhueta podia ser enxergada, uma completa escuridão, um completo terror. Então, lentamente, os 3 garotos foram sentindo seus corpos congelarem, suas veias saltarem e seus corações queimarem. Os olhos foram esbugalhando e aos poucos todo sangue de seu corpo fora sendo drenado misteriosamente.
Logo, a escuridão foi-se indo e um devaneio de fogo foi surgindo aos olhos de cada um dos garotos. As risadas dos indivíduos voltaram a insultar seus ouvidos, mas foi pela última vez... eles então morreram, e em seus lugares apenas corpos ocos restaram. As expressões tristes de antes retornaram aos rostos de todos os caminhantes e, devagar, eles foram se aproximando dos restos mortais. Um deles deu um passo a frente e resmungou: "Eles com certeza não eram da cidade... Que pena. Mas o que fazer se aquela alma ruim que carregávamos foi liberta? O fogo não deveria ter-se apagado... Enfim, vamos, vamos logo transportar o resto."
E assim, Aqueles Que Seguram Velas continuaram sua missão: O transporte de todas as almas ruins que naquela cidade viviam.
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Bom, vocês já sabem: eu que escrevi essa porra, então se for colocar no seu blog, site etc, por favor bote os créditos se não quiser ir pro inferno com o Latino e blá, blá, blá caralho a quatro.
Esse foi o primeiro conto desde o regresso da viagem, então queria que ele ficasse um tanto mais extenso, mas definitivamente eu tenho um certo problema para escrever narrativas maiores (com exceção de "O Campo dos Gatos). Para qualquer dúvida - o que eu acho que nem rolou nesse conto - eu vou falar um pouco sobre "Aqueles Que Seguram Velas":
Primeiramente, saiba que a ideia de produzi-lo surgiu quando eu vi esse .gif
Não sei se isso ficou evidente, mas "aqueles que seguram velas" são uma espécie de purificadores da cidade de Acerex, mas nem mesmo os moradores entendiam isso (essa foi a parte que ficou implícita), os próprios moradores tinham medo deles e por isso criaram aquelas regras - embora concordemos que a última regra era realmente importante. O grande problema dos 3 garotos no conto, não foi nem ter derrubado a vela, mas sim o fogo dela ter apagado. Isso significou a liberdade da alma ruim que ali era aprisionada e assim eles morreram.
Não podemos deixar de comentar também da mensagem subliminar no nome da cidade: Acerex, ao contrário, Xereca e.e. Não sei porque fiz isso, senti uma vontade repentina de adicionar um fator desnecessário ao conto!
Essa é a explicação básica do conto. Quinta ou sexta que vem tem mais um produção minha!
NÃO DERRUBE AS VELAS DELES!
QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS
BOA NOITE
Velho, não li nem a primeira frase e já rachei o bico o nome da cidade kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirJuro que li o nome e pensei: eu vendo meus amigos."TÔ SÓ DE OLHO NESSA SATANAGEM CHAMADA AMOR,FERA"
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