Bob Esponja Como Você Nunca Viu (Nem Deveria Ter Visto)

Estranhas tirinhas que demonstram um lado obscuro e pornográfico do Bob Esponja onde a forma como foi desenhado e a coloração contribuem muito com isso. Vejam abaixo: [...]

Normal Porn For Normal People: A Verdade Vem À Tona!

Se tem um site que intrigou/intriga muita gente, é aquele "Normal Porn For Normal People", que ficou muito conhecido após sua creepypasta (de mesmo nome que o site) ser solta por aí... Descrições de vídeos bizarros, envolvendo gore, sexo e coisas grotescamente bizarras faziam parte da história do site. Normal Porn For Normal People logo se tornou uma creepy clássica e não demorou muito para que se descobrisse que o site definitivamente existia, para a surpresa de muitos. [...]

Globsters - As Mais Bizarras Coisas do Mar!!!

Acerca desse assunto a pergunta mais difícil de se responder não é nem se é real ou não, mas sim: o que é um Globster? De monstros marinhos até animais pré-históricos sobreviventes, essas criaturas ainda não tem um conceito muito fixo. Entretanto, definem-se por Globsters (ou Blobsters, ou Blobs) carcaças irreconhecíveis à vista, encontradas próximas de ambientes aquosos (a maioria delas em costas de praias, mas também podem ser avistadas em rios, lagos etc). [...]

Five Nights at Freddy's

Se imagine na pele de um vigia noturno que deve vigiar uma pizzaria por câmeras de segurança. Imaginou? Certo. Agora imagine que durante seu trabalho você nota que os mascotes animatrônicos (animatronics) que na verdade deveriam cantar e alegrar a pizzaria durante o dia começam a mudar de lugar conforme você vai vigiando o local. Os animatronics passam a vagar pela pizzaria e você então percebe que há algo de errado. [...]

WebDriver Torso: O Que Há Por Trás Desse Misterioso Canal?

WebDriver Torso: um canal do youtube com mais de 80 mil vídeos, todos curtos (em média, 11 segundos) com um padrão bizarro, onde retângulos azuis e retângulos vermelhos movimentam-se em diferentes posições ao som de um bipe. O canal foi fundado em 7 de março de 2013 - ou seja, tem mais de 1 ano de vida - e é uma espécie de máquina de funcionamento infinito e contínuo, afinal envia vídeos quase toda hora! Só para dar uma breve noção a vocês: no Natal, o canal enviou 400 vídeos! [...]

Yami Shibai - Histórias de Terror Japonesas

Yami Chibai é uma série de televisão de origem japonesa produzida por ILCA e dirigida por Tomoya Takashima, juntamente com o roteiro escrito por Hiromu Kumamoto e narrado por Kanji Tsuda. A série estreou em 14 de julho de 2013 na TV Tokyo. O show é organizado em uma série de curtas em que cada episódio tem duração com menos de 5 minutos. Cada episódio mostra um conto diferente, baseados em lendas urbanas e mitos de origem japonesa. [...]

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Colônia perdida de Roanoke: A Origem do nome CROATOAN

 Nesta noite de Halloween, trago a vocês a mais famosas de minha histórias: A Colônia perdida de Roanoke, a história que fez o meu nome ficar tão famoso entre os seus povos.






Até hoje qualquer um que vá a Ilha de Roanoke, na Carolina do Norte, Estados Unidos, pode achar em um tronco de árvore um nome cravado. Um nome desconhecido, sem um significado, sem qualquer relação aquele lugar. Este nome, este mistério, é a palavra: Croatoan. Para vocês que agora leem este relato, sabem que este é o meu nome, ou melhor,  este é um dos meus nomes para vocês humanos, poís além de que nomes nada valem para seres como eu, meu nome original é impronunciável.
Nesta ilha, ainda paira sobre o ar, ecoando como uma antiga canção, um mistério que mesmo com o passar das eras ainda permanece como uma pergunta sem resposta. Um fato tão extraordinário que a sua espécie da para os que já sabem, eu estou falando do "Mistérios da Colônia de Roanoke", a colônia inglesa que simplesmente desapareceu do noite para o dia.



Este mistério basicamente conta que colonizadores ingleses ancoraram na Ilha de Roanoke em 1585 afim de construir um forte pelo lugar ser um ponto estratégico na Guerra da Invencível Armada . Por anos os colonos ocuparam a ilha e lá viveram tranquilamente.
Porém em  15 de agosto de 1590, três anos após a ultima partida, os ingleses pisaram novamente lá. No dia seguinte, os ingleses avistaram uma coluna de fumaça saindo da ilha, e supuseram que se tratava de um sinal feito pelos colonos. Todavia, não foi encontrado nenhum vestígio deles ao longo da costa. Em 18 de agosto, aniversário de Virginia Dare, os ingleses chegaram ao sítio da colônia. Num dos troncos da paliçada que cercava o forte, havia sido gravada a palavra CROATOAN, e CRO, numa árvore próxima, e pensaram ser que a indicação de um ataque inimigo. No interior da paliçada, as casas haviam sido derrubadas e havia uma grande quantidade de implementos metálicos espalhados pelo chão, já cobertos pelo mato.
Nada foi encontrado lá, nenhum corpo, nada, e além disso, era como se o ataque tivesse sido rápido, uma vez que não haviam pegadas ou indícios de invasão, e as coisas dentro das casas não haviam sido pilhadas. O cenário parecia com um súbito sequestro coletivo aparentado ter acontecido a muito tempo.


Eles pretendiam velejar até a ilha Croatoan para verificar se os colonos realmente estavam lá, mas problemas com as embarcações e a ameaça de uma grande tempestade inviabilizaram seu propósito. No dia seguinte, a frota levantou âncora de volta à Inglaterra. E eles jamais retornaram à Roanoke.

Há muitas teorias do que para o que poderiam ter acontecido. Alguns acreditam que os habitantes fugiram depois de uma tempestade e se perderam no mar, outros dizem que eles foram absorvidos pelas tribos indígenas que viviam por lá. Há também teorias mais ousadas que vão de histórias de zumbis, abdução alienígena até mesmo tuneis no espaço-tempo. Mas todas sem nenhuma provas, pois afinal de contas estamos falando do sumiço de uma colônia inteira, e isso é algo tão intrigante que sua mentes não são capazes de entender.

Mas estas são apenas teorias. Eu sei o que aconteceu, por quê eu estava lá. Por que foi a minha culpa.
Aos poucos que se lembram, anteriormente contei vocês, que o fato de Adão serem expulsos do paraíso surgiu de uma aposta feita entre mim e Lúcifer, gerando toda a confusão no jardim do Éden. Desde aquele evento eu sempre me senti culpado pelos sofrimentos que se sucederam com a humanidade. Sempre tive fé que um dia vocês seriam novamente merecedores do reino do céus.

Foi por isso que milhares de anos depois do ocorrido, quando a Europa passava por grandes transformações e a América havia sido recém descoberta que uma esperança surgiu para o salvamento da humanidade. Essa era a chance de finalmente eu poder consertar as coisas.

No ano de 1587, quando os colonos já estavam bem estabelecidos naquela região, eu resolvi intervir quase que diretamente no mundo. Eu já havia observado a muito tempo as tentativas da sua raça de começar a habitar o continente recém descoberto. Muitos viam isso, assim como eu, como uma oportunidade de vocês terem um novo começo e se redimirem por tanto. Muitos "anjos" e outros "seres" começaram a escolher seus locais para protegerem para guia-los a uma nova era. Porém todos eles eram um tanto quanto "inferiores" a mim. Digo isso humildemente, sem a arrogância de ser o mestre de obras do universo, mas é que eu tinha mais experiência que eles, mas conhecimento e também uma ligação mais forte com a sua raça. Era a mesma coisa de se comparar um sênior a um estagiário.



Eu escolhi Roanoke justamente por quê eu sabia pela minha atemporalidade que no futuro os E.U.A seriam a grande potência. Além disso aqueles colonos vieram justamente com o intuito de começar uma vida nova e não de explorar recursos, conquistar terras e coisas do tipo, como outros. Assim, um dia, desafiando todos os princípios dos seres transcendentais e de todos os mundos superiores, rompendo até mesmo com as Leis Inescritas, eu apareci para aquelas pessoas. Não com a minha verdadeira forma, é claro, isso seria um absurdo, mas tomei a forma de um serafim e disse ter sido enviado por Deus para abençoa-los.

Claros que muitos se espantaram ou até mesmo duvidaram, mas aquele era uma comunidade de fiéis religiosos e por isso me receberam bem. Com meus poderes e forças concebi a eles uma espécie de esfera de luz, mais brilhante que qualquer estrela, mas leve que qualquer bolha de sabão e mais tranquilizadora que qualquer canção. Disse a eles que aquela esfera tinha dons incríveis, que curaria quem fosse doente, tornaria fértil qualquer terra, pura qualquer água, acalmaria qualquer se e daria o que eles precisassem com abundância.



Eu os deixei cuidando da estrela e por vezes eu os visitava. Eles chamaram aquela luz de a Estrela de Croatoan, e até deram o meu nome a uma ilha lá perto. Era quase como se tudo voltasse a paz e a solenidade que haviam nos tempos do Éden.

Um dia partir por um longo tempo, como sempre faço, para dar uma olhada nos mundos. Muitos que me encontraram no caminho questionaram minha atitude uma vez que era extremamente proibido intervir diretamente na vida dos homens, já que até milagres, profetas e atos divinos são muito raramente conceitos. A todos disse que sabia das consequências e que as enfrentaria de peito aberto pela chance de provar o lado bom da humanidade. A Colônia de Roanoke era chance do fim do sofrimento de toda a raça humana, poís se vocês conseguissem conviver em harmonia com uma bênção de Deus, vocês se mostrariam novamente puros. Eu acreditava em vocês.

Mas eu...


... estava errado.


Ao voltar para essa viajem vi na ilha algo que me horrorizou. De alguma forma vocês transformaram uma bênção em um tormento. O que ocorrera era que simplesmente um dos colonos, o chefe havia se apossado da esfera para si e a usava como bem entendia. Fez o poder da estrela uma mercadoria, vendendo bênçãos, tornando solos férteis mais explorando fazendeiros, curando pessoas, mas fazendo-as de escravas e etc.

A SUA RAÇA, A SUA GANANCIOSA RAÇA CONSEGUIU O IMPOSSIVEL !

VOCÊS TRANSFORMARAM O DIVINO EM UM PODER MALIGNO !!!

Mas sempre foi assim, não é ? Vocês tem esse gosto pelo poder, essa sedução que os faz sempre almejar mais e mais. Como as igrejas que e outros ritos que usam o poder para controlar as massas, vocês fizeram em Roanoke, só que muito pior. A estrela que era para alimentar a todos, fazia uns terem muito e outros passarem fome. Vocês fizeram escravos, servos sexuais e transformaram aquela boa  terra e uma tirania negra e sangrenta, pois quem se opunha era massacrado. E isso não era o pior, o pior era o fato de todo aquele sofrimento, toda aquela imundice ser defendida com a frase: É a vontade do anjo, é a vontade de Croatoan.

Aquilo me encheu de ira, pois não era o simples fato de serem tão hereges e podres de forma tão mundana, mas o fato de eu ter acreditado em vocês, e vocês são só me traíram, como me fizeram ver que talvez o humanos realmente não eram merecedores e por isso a minha culpa pelo incidente no Éden era sem motivo.

Eu tinha que acabar com aquilo e dessa forma ,conjurando antigos poderes da Escuridão e do Silêncio, eu fiz com que os céus ficassem negros sobre a colônia e fiz com que as sombras engolissem tudo como uma nuvem de destruição que ao chegar as pessoas as desfazia em nada. muitos tentaram fugir, ou até rezar ao meu nome, até mesmo cravaram CROATOAN em um tronco mais de nada adiantou, inclusive em um lugar a palavra ficou inconclusa tendo só o CRO entalhado.



Passa da "Escuridão" tudo mais permaneceu como estava e a Estrela foi recolhida. Claro que tive que me redimir com os seres superiores, afinal de contas cometi um segundo crave erro em minha infinita história. Dessa forma eu que antes era um dos Guardiões do Equilíbrio e  Mestre de Obras do Universo, acabei sendo forçado a me preocupar com outros assuntos e dessa forma, minha função não era mais cuidar de fenômenos universais, mas sim cuidar do equilíbrio de um pequeno mundo chamado Terra.

Desde então eu venho cuidando do Equilíbrio por aqui. Com o passar dos séculos acabei por perdoar vocês e conheci pessoas tão surpreendentes que me fizeram ter um novo vigor e acreditar novamente.







 Espero que entendam que o egoísmo é causa a ignorância, a cólera e o descontrole, que são a origem dos problemas do mundo. Mas fazer o que ? Há riqueza bastante no mundo para as necessidades do homem, mas não para a sua ambição.










VOCÊS PODEM ATÉ NÃO ACREDITAR NO SOBRENATURAL
MAS ELE ACREDITA EM VOCÊS...

BOM RESTO DE VIDA !


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Um Vídeo Muito Assustador Que Você Precisa Compartilhar!!!


BOTE SUA PAMPERS E COMPARTILHE!

Que o nosso santo Baphollynho nos abençoe... Pelo seu bem, veja e espalhe. Você não quer ser uma vítima da maldição, certo?


XABLAU CARAI!

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

Os Melhores Links de Susto!


BOTE SUA PAMPERS E ENGANE!

Esse post é dedicado a você (sim, você) que tem um amigo filha da puta, que ta merecendo um ataque cardíaco fugaz, um sustinho de leves para dar aquela fodida nele, e causar temerosas gargalhadas em você.



Seguem os melhores links para dar susto nos coleguenhas!







Olhos

A história de um jovem garoto

Futurama!

"Donde està Waldo?"

CLÁSSICO!

Bem, agora só trollar, meus jovens!

AMANHÃ É HALLOWEEN!

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

sábado, 25 de outubro de 2014

Princesinha do Papai


BOTE SUA PAMPERS E DIVE!


Papai mente pra mim me chama de princesa. Eu me sinto como uma também, especialmente quando estou usando uma de minhas coroas de princesa. Meu pai faz elas para mim.

De vez em quando, papai dá um presente para mim. Vem sempre em uma caixa, com um papel brilhante e um arco em cima. Eu rasgo o papel e abro a caixa e retiro o papel fino, e meu sorriso fica ainda maior. Uma linda coroa de princesa. Elas são sempre bonitas.

Papai começou a fazer as coroas de princesa após o sumiço da minha mamãe. Lembro-me do dia que ela foi embora. Ela estava com uma mala grande castanha. Eu ainda não sei por que ela não me disse adeus ou quando ela voltaria. Papai diz que ela não vai voltar para casa, mas eu acho que ela vai voltar um dia.

Eu me lembro quando o papai me deu a primeira coroa, há dois anos. Eu tinha seis anos naquela época. Me lembro que antes de abrir a caixa, papai parecia assustado, como se estivesse com medo de que eu não fosse gostar. Eu adorei, e eu a usava todos os dias até que ele me deu a segunda coroa. Eu tenho nove agora.

Uma das minhas favoritas coroas tem peças de prata sobre ele. Papai me deu no ano passado. Eu adoro como ela brilha na luz do sol. Eu só vi que brilhavam na luz do sol que entra pela janela, porque papai não me deixa leva-la fora de casa. Ele não me deixa usar qualquer uma das coroas de princesa fora de casa. Ele não quer que elas quebrem.

Papai me diz que todas as coroas de princesa devem ficar guardadas em uma sala especial. É onde ele as mantém seguras. É onde ele as faz também. Eu nunca estive na sala especial, porque papai sempre a mantém trancada, e eu não sei onde está a chave.

Eu não posso mostrar as coroas aos meus amigos porque papai acha que vou quebrá-las ou um dos meus amigos podem roubar uma delas. É por isso que eu não posso dizer aos meus amigos sobre as coroas. Se eu realmente contar sobre elas, ele nunca vai fazer outra, e ele vai jogar todas as outras fora. Eu não quero isso. Eu amo minha coroas de princesa.

"Hey, princesa," Papai me chama. Ele diz: "Eu tenho um presente para você". Ao ver a caixa atrás dele na mesa de jantar. Eu sorrio grande e corro atrás dele. Eu rasgo o papel e abro a caixa. Eu retiro a tampa, até que eu vejo, e meu sorriso fica ainda maior. É um virador tão bonita.

Papai diz que ele fez com os dentes de um menino que morava na rua ao lado eita, e a moldou com a pele do garoto eita krai. Eu a experimento e percebo o que ele quer dizer. Três dentes em cada lado da coroa para ficar confortável entre os meus cabelos e para manter a minha coroa da princesa no lugar.

Eu olho no espelho. É linda. Eu pareço uma princesa. Então eu percebo, a coroa ainda tem sangue nela. Eu tiro a coroa e olho para o papai. Ele é o único que pode limpar minha coroa. Ele sorri e acena com a cabeça, o que significa que ele deixou que eu a limpasse dessa vez.

Eu mordo a carne com os dentes. É bom. Eu coloquei minha coroa de volta na minha cabeça e olho para o meu reflexo. Eu olho para o papai, e ele sorri de volta para mim. Eu amo o meu papai. Eu sou sua princesa.


Adaptado de: The Creepypasta

QUE FAMÍLIA EM...

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Five Nights at Freddy's

Se imagine na pele de um vigia noturno que deve vigiar uma pizzaria por câmeras de segurança. Imaginou? Certo. Agora imagine que durante seu trabalho você nota que os mascotes animatrônicos (animatronics) que na verdade deveriam cantar e alegrar a pizzaria durante o dia começam a mudar de lugar conforme você vai vigiando o local. Os animatronics passam a vagar pela pizzaria e você então percebe que há algo de errado. Trata-se de Five Nights at Freddy's, um jogo de survival horror desenvolvido por Scott Cawthon onde, durante o trabalho, você deve sobreviver 5 noites em uma pizzaria.


Mike Schmidt, o personagem principal, preenche o cargo de vigia noturno no Freddy Fazbear's Pizza, um restaurante familiar que oferece o entretenimento e a diversão proposta pelos mascotes animatrônicos Freddy Fazbear, o urso, Bonnie, o colelho, e Chica, a galinha. No entanto, durante o jogo, descobre-se que o Freddy Fazbear's Pizza possui um passado sombrio. Conforme você joga, o Guy Phone (o antigo vigia) lhe conta mais sobre os animatronics e sobre a pizzaria. Durante as ligações dele você descobre que houve incidente com os animatronics e o desaparecimento de algumas crianças.


A Mordida de '87

Mencionado na primeira noite pelo Guy Phone, o incidente ocorrido em 1987 foi um evento no qual um animatronic violentamente mordeu alguém. Não são muitos os detalhes, mas o ataque teria causado a perda do lobo frontal da vítima. O incidente fez com que o restaurante perdesse a reputação e acabou por resultar na queda dos negócios. Devido a isso, os animatronics foram impedidos de circular pela pizzaria durante o dia limitando-se a vagar somente durante a noite. 


Alguns especulam que teria sido Freedy o responsável por isso, levando em conta o fato de que há duas impressões de mãos na cara do mascote e tendo em mente que no East Hall uma das regras listadas é "Não Toque No Freddy". Outros especulam que teria sido na verdade Foxy o responsável por isso, pois em Pirata Cove, onde Foxy habita, há uma placa que diz "Desculpe! Fora de Serviço". O estado de abandono de Foxy da indícios de que após o incidente a atração foi fechada. Além disso, o queixo de Foxy parece danificado.


O Incidente das Crianças Desaparecidas

Outro incidente relacionado ao Freddy Fazbear's Pizza foi um sequestro que resultou no desaparecimento de 5 crianças. Inicialmente 2 crianças estavam desaparecidas, mas a polícia logo começou a acreditar que se tratavam na verdade de 5 crianças. Um suspeito não identificado foi preso pelo crime, mas o corpo das crianças nunca foi encontrado. De acordo com a polícia, o homem teria se vestido como um dos mascotes do restaurante para atrair as crianças. Após o desaparecimento, os pais presentes na pizzaria chamaram mais uma vez a polícia alegando sentir um cheiro horroroso vindo dos animatronics. Além disso, ales também alegaram ter visto sangue e muco provenientes dos animatronics, princialmente ao redor da boca e dos olhos. Alguns pais chegaram a comparar os mascotes com "carcaças reanimadas". É possível ver recortes de jornais que contam a história no East Hall Corner.


Alguns acreditam que foram na verdade os animatronics que mataram as crianças, enquanto outros sugerem que tenha sido algum empregado homicida, já que este poderia ter acesso as fantasias dos mascotes. Especulações apontam que os fantasmas das 5 crianças possuíram os animatronics e eventualmente lhes dado esse comportamento macabro.


Animatronics

Os animatronics são os 5 principais antagonistas. Eles costumam vagar durante a noite pelo Freddy Fazbear's Pizza. Segundo o Guy Phone eles não reconheceriam o vigia como ser humano, e sim como endoesqueleto robótico sem seu traje e, eventualmente, o colocariam em um com componentes de metal e fios, resultando em sua morte. Quando o jogado morre, é possível ver uma imagem de um traje do Freedy Fazbear no Backstage com olhos orgânicos saindo do traje, o que deixa claro que o vigia foi colocado dentro dele (veja aqui). Além de confiar que existe atividade paranormal no restaurante, Scott Cawthon também afirmou que existe uma razão secreta para o comportamento homicida dos mascotes.

  • Freddy Fazbear

Tendo uma aparência de urso pardo, Freddy é o principal mascote do Freddy Fazbear's Pizza. Em uma primeira impressão, o mascote não parece ser muito ativo, ele apenas olha para a câmera de vez em quando. Ele só se tornará ativo no início da semana caso o jogador fique sem eletricidade. Somente a partir da terceira noite que ele estará ativo irrelevante se há ou não energia. Há uma possível explicação para a falta de movimento de Freddy nos dois primeiros dias diz que ele pode estar estudando as estratégias do jogador e tentando se adaptar a elas.


  • Bonnie 

Tendo a aparência de um coelho roxo, Bonnie é um dos 5 animatronics do jogo. Bonnie é conhecido por ser o mascote que mais frequenta a sala do vigia, sendo que ele só se aproxima pela entrada do lado esquerdo. Curiosamente, quando Bonnie está em Backstage ele parece não notar o endoesqueleto sem traje em cima da mesa, já que o Guy Phone afirma que os animatronics colocariam traje em endoesqueletos nus já que isso é "contra as regras".



  • Chica

Tendo a aparência mais puxada para um pintinho, Chica é na verdade uma galinha. A mascote é também a única fêmea dos animatronics. Chica possui um segundo conjunto de dentes na parte de trás da sua boca. Enquanto este possivelmente pertence ao seu endoesqueleto, alguns teorizam que eles pertencem a um ser humano.


  • Foxy

Tendo a aparência de uma raposa pirata, Foxy é o unico animatronic que fica escondido em Pirate Cove. Seu estado de abandono e uma placa no Pirate Cove sugerem que ele e a atração foram abandonados. Alguns especulam que o motivo dele se esconder la é o fato de que partes do seu endo esqueleto estão visíveis, sendo que uma vez que um animatronic que um endo esqueleto vai imediatamente colocá-lo em um traje. Além disso, alguns teorizam que o fato de ele ter sido possivelmente abandonado é devido a ele ter provavelmente sido o responsável pela Mordida de '87, levando também em consideração o fato de que quando ele corre pela West Hall sua mandíbula parece estar danificada. Outras teorias indicam que ele na verdade seja um animatronic do bem. Supostamente, ele vai até a sala de vigilância apenas para ver se o vigia está bem, no entanto, seu grito acaba por causar uma parada cardíaca no vigia. Essa teoria se deve ao fato de que alguns acreditam que sua caixa de voz esteja danificada, ou seja, ele não grita por querer.



  • Golden Freddy  

Golden Freddy é o mais misterioso dos animatronics presentes no jogo. Ele é uma versão amarelada/dourada de Freddy Fazbear. Golden Freddy não da qualquer indicação de sua chegada, ele aparece na sala do vigia irrelevante se as portas estão abertas ou fechadas. Existe uma teoria que indica que Golden Freddy seja apenas uma alucinação, devido aos eventos que acontecem no jogo que, por sua vez, mexem com o psicológico do vigia. Outras alucinações incluem imagens de Bonnie e Freddy aparecendo na tela e da frase "It's Me" (veja aqui). Outros especulam que ele seja apenas uma versão antiga do Freddy Fazbear. Outras teorias afirmam que Golden Freddy seja na verdade um fantasma que pode ou não estar relacionado com a morte das crianças de alguma forma.



Locais


Os locais vistos no jogo são:

  • The Office (Sala do Vigia)
  • CAM 1A - Show Stage
  • CAM 1B - Dining Area
  • CAM 1C - Pirate Cove
  • CAM 2A - West Hall
  • CAM 2B - W. Hall Corner
  • CAM 3 - Supply Closet
  • CAM 4A - East Hall
  • CAM 4B - E. Hall Corner
  • CAM 5 - Backstage
  • CAM 6 - Kitchen (Câmera Desativada)
  • CAM 7 -  Restrooms


Phone Guy

O Guy Phone era o vigia anterior do Freddy Fazbear's Pizza. Ele ajuda o jogador explicando-lhe sobre o comportamento dos animatronics e os falando brevemente sobre os incidentes relacionados ao restaurante, mas ainda sim, diz que não há nada com que se preocupar. Muitas das vezes em que fala ele parece ser hesitante e parece gaguejar dando a entender que ele poderia estar preocupado que alguém estivesse ouvindo . Sua última mensagem é na 4ª noite, onde ele mesmo diz que está será sua última mensagem. Algo intrigante é que durante sua fala percebe-se que algo está acontecendo ao notar sons de algo batendo na porta e em seguida o som de Toreador March, a música que Freddy Fazbear toca quando a energia acaba e ele está prestes a te matar.

Muitos assumem que os apenas Freddy ou os 4 animatronics estão envolvidos na morte do Guy Phone, uma vez que os barulhos sugerem que Foxy tenha batido na porta, Freddy tenha omitido o Toreador March e Bonnie e Chica tenham omitido ruídos. Em relação à isso, muito se perguntam onde está o corpo do Guy Phone e alguns teorizam que eles possam estar dentro dos trajes de Chica ou do Golden Freddy já que o mesmo, quando aparece, assume a posição de um cadáver caído.


O Final


Quando o jogador finaliza o jogo e consegue sobreviver as 5 noites, Mike Schmidt receberá seu salário no valor de US$120. Ao retornar para o menu principal uma 6ª noite é desbloqueada. Concluindo a sexta noite o jogador irá adquirir o "The Custom Night", onde ele poderá definir a dificuldade do jogo definindo a atividade dos animatronics, além de poder também inserir códigos especiais.


A Sequência


Uma sequência de Five Nights at Freddy's está para ser lançada em 2015. O trailer do mesmo demonstra fatores reveladores e intrigantes. Tanto os locais quanto os animatronics irão receber um novo visual. O trailer demonstra Bonnie em estado de abandono e alguns animatronics jogados no chão em alguns locais. Além disso, é perceptível que há uma opção que permite o jogador colocar uma máscara de animatronic que é provavelmente usada para evitar a morte.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

The Holders - Conheça Essa Série Gigantesca de Creepypastas!


BOTE SUA PAMPERS E CAÇE!

Você certamente já deve conhecer essa série. Sim, você com certeza leu em muitos blogs de terror/creepypastas o post introdutório dela. Entretanto, aqui você encontrará algo diferente...

Mentira. 

Mas você pode fingir que nunca viu isso, ok?

Ok.



Como o próprio título e o início do texto insinuam, The Holders ("Os Portadores" ou "Os Titulares") não se trata de apenas uma história, mas sim de uma série de histórias. É uma creepypasta coletiva, composta por - somente - 538 textos. Todos eles encontram-se em formatos de creepys-rituais, escritos quase que por completo em modo imperativo, indicando os passos que o leitor (vulgo aquele que caçará os portadores) deve realizar.

A origem da série se dá supostamente em 2009, quando o "theholders.org" foi criado. A partir daí as histórias foram sendo postadas. Posteriormente (mais precisamente no ano passado), o site viria a sofrer um ataque letal de hackers e spammers, o que derrubaria-no, assim como suas histórias. Contudo, graças aos poderes glorificadores de Baphollynho, um fórum italiano de creepypastas (acesse aqui) salvou todas as histórias e elas foram re-upadas no "theholders.wikidot".

Existe um post introdutório, que serve de guia para o leitor. Nele entende-se que, na verdade, há 2538 objetos (com um objeto para cada portador), mas que 2000 estão perdidos, sem localização exata (sim, porque fazer 2538 histórias é osso né).

O negócio é que você só pode encontrar esses objetos se for em algum lugar lokaum, como hospícios, sanatórios etc. Isso inclusive torna essa série interessante, dando um ar mais real; ainda que seja uma possibilidade razoavelmente insana, é uma possibilidade! Aliás, um porém mesclado a uma pulga caminha para trás de nossas orelhas quando coloca-se em questão a veracidade dessas histórias: a própria introdução da série a deixa em incerteza.

Que um não nos venha como resposta, afinal reunir os 538 objetos traria consequências horríveis! Mas para isso precisariam a ação dos que buscam pelo poder, reunião e separação: os Caçadores. Os caçadores seriam seres que teriam se tornado obcecadas pelos objetos; eles teriam histórias tão bizarras quanto os portadores.

Porra... 538 histórias? Tem tanto portador assim? Tem. Tem portador pra tudo que é coisa: portador do fim, portador da vida, portador da masturbação, portador do pastel de flango e por aí vai.

Curtiu a proposta da série? Bem, aqui no Predomínio não vão rolar as creepys, porque é coisa para c-a-r-a-l-e-o, mas o nosso parceiro Ler Pode Ser Assustador posta elas constantemente, então da uma conferida lá!

Site com as histórias originais: http://theholders.wikidot.com/
Portadores no LPSA: THS - Lista de Portadores

COMEÇA A LER LOGO, PORQUE NÉ... 538 CAPÍTULOS DESSA JOÇA

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

domingo, 19 de outubro de 2014

Retorno Para A Terra - Tudo Que Vai... Volta!


BOTE SUA PAMPERS E REFLITA...


Acho que isso é o fim. Para nós, de qualquer maneira. Para o homem e tudo o que nós já fizemos. Eu tive bastante tempo para pensar sobre isso desde a última vez que eu vi o sol. A última vez que eu pude vê-lo. Percebi que isso não é o fim do mundo, mas é o nosso fim. Acho que começou há quase um mês, embora possa ter começado antes, não tenho certeza, tenho apenas os relógios espalhados pela casa para me manter ciente do tempo e metade deles não funciona mais. De qualquer forma eu estou me desviando do ponto. No noticiário eu ouvi que um navio de cruzeiro afundou sem nenhuma razão. Ele não estava danificado, apenas foi puxado para baixo. Em seguida, piorou. Tudo na água estava afundando. Plataformas petrolíferas desapareceram. As pessoas na praia eram puxadas para baixo. Ninguém parecia ser capaz de explicar por que isso estava acontecendo. Nada mais flutuava.

Foi tudo tão rápido e bizarro. Na época se encheram de notícias e teorias na televisão, a maioria delas bastante positivas, na verdade tipo "é só Deus dando a descarga"; até que isso ficou realmente assustador. Foi durante uma reportagem que tudo mudou para pior. Foi em alguma praia, numa matéria sobre esse estranho fenômeno. Eles estavam apenas reciclando as mesmas perguntas que todo mundo estava fazendo há dias. De repente, o pânico possuiu o rosto da repórter, gritando enquanto a câmera rapidamente se inclinava para baixo. Seus pés se afundaram na areia até a canela. Lembro de ter dado risada, pensando que ela era apenas uma daquelas repórteres atrapalhadas, mas depois, a câmera caiu também. Os restantes 10 ou mais segundos que se seguiram não mostravam apenas a repórter afundando na areia, mas todos eles. Todo o circo da mídia que havia sido montado naquela praia para cobrir a mesma história. A repórter que estava com sua canela sendo puxada à um minuto atrás agora estava até o peito. Todos os gritos e imagens daquelas pessoas gritando terminaram assim que a câmera foi engolida pela areia.

Houve uma grande cobertura acerca desse incidente, mas não havia nada para se dizer. Alguns culparam os sumidouros pelo o que aconteceu na praia, enquanto outros argumentaram contra, teorizando acerca da segurança do estúdio naquele local. Mas ver o noticiário agora era uma perda de tempo. Era muito mais fácil olhar pela janela. As ruas beiravam à de uma cidade fantasma. Todo mundo evitava sair, com medo de deixar suas casas. Não parecia fazer sentido. Logo, as ruas e calçadas estavam sendo absorvidas pela grama e pela terra. Placas de rua e semáforos estavam sendo consumidos pelas plantas. E as casas também. Poucos dias depois todo o meu piso inferior havia sido soterrado. Eu tinha conseguido bloquear as janelas e as portas, mas tudo aquilo se parecia mais com um mausoléu do que qualquer coisa. Não era um lugar onde eu queria estar. Passei a maior parte do meu tempo no segundo andar, olhando pela janela e observando o mundo hostil que se formava lá fora.

O meu vizinho morreu ontem. Ele caiu do telhado e foi engolido pela terra. Ele não foi a primeira pessoa a fazer isso. Mas o que tornou esse fato notável foi o porque dele ter caído. Ele estava tentando proteger o seu cão. Acho que ele deve estar bem. Ele simplesmente saiu correndo. Eles parecem não serem afetados por isso. Os animais. Este é o nosso destino. Essa pequena descoberta niilista foi demais para mim. Essa coisa toda. Esse maldito pesadelo. Devo ter bebido a noite toda. Quando acordei, minha cabeça encarou a escuridão. Liguei os interruptores de luz e os fusíveis, mas a energia se foi. Tirei a lanterna da caixa de fusíveis e olhei ao redor da casa. Ao verificar o andar de cima eu vi. O último vislumbre de luz natural que eu nunca mais iria ver. Eu pensei que era noite e que eu tinha dormido o dia inteiro em um coma alcoólico. Eu estava no subsolo. Tentei sair, me espremendo através do gesso e das telhas, mas fui saudado por sujeira e barro de onde deveria estar um céu.

Eu não sei quanto tempo mais eu ainda tenho aqui. Na minha casa, no meu caixão. Ainda tenho bastante comida e muito ar e claro, um pc com internet para postar creepypasta no CP Wikia. Eu tenho um pouco de luz, um par de velas e uma caixa de fósforos. A lanterna se apagou. Esse é o nosso destino. O destino do homem. O nosso retorno à terra.

Fonte: Lua Pálida
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Uma creepy muito bem escrita e com um ótimo enredo. Embora o final tenha sido um pouco apressado (me refiro às três últimas frases), ele nos oferece uma interessante perspectiva sobre aonde esse texto quer chegar. Não sei vocês, mas eu enxerguei uma interessante metáfora entre o homem e a natureza.

Avaliação Final: Boa pra porra, ganha um 9,0.

TCHAU... TERRA

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

sábado, 18 de outubro de 2014

W. W. Jacob: A Pata do Macaco


BOTE SUA PAMPERS E DEGUSTE!

Escrito em 1902, por William Wymark Jacob, vindo com muitas influências das obras de Edgar Allan Poe e Lovecraft, A Pata do Macaco (título original: The Monkey´s Paw) é um dos melhores contos de terror de todos os tempos.

Só essa deixa para que vocês se empolguem e degustem essa graciosa obra. Boa leitura!
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Lá fora, a noite estava fria e úmida, mas na pequena sala de visitas de Labumum Villa os postigos estavam abaixados e o fogo queimava na lareira. Pai e filho jogavam xadrez: o primeiro tinha idéias sobre o jogo que envolviam mudanças radicais, colocando o rei em perigo tão desnecessário que até provocava comentários da velha senhora de cabelos brancos, que tricotava serenamente perto do fogo.

– Ouça o vento — disse o Sr. White, que, tendo visto tarde demais um erro fatal, queria evitar que o filho o visse.

– Estou escutando — disse o último, estudando o tabuleiro ao esticar a mão.

– Xeque.

– Eu duvido que ele venha hoje à noite — disse o pai, com a mão parada em cima do tabuleiro.

– Mate — replicou o filho.

– Essa é a desvantagem de se viver tão afastado — vociferou o Sr. White, com um a violência súbita e inesperada. — De todos os lugares desertos e lamacentos para se viver, este é o pior. O caminho é um atoleiro, e a estrada uma torrente. Não sei o que as pessoas têm na cabeça. Acho que, como só sobraram duas casas na estrada, elas acham que não faz mal.

– Não se preocupe, querido — disse a esposa em tom apaziguador. — Talvez você ganhe a próxima partida.

O Sr. White levantou os olhos bruscamente a tempo de perceber uma troca de olhares entre mãe e filho. As palavras morreram em seus lábios, e ele escondeu um sorriso de culpa atrás da barba fina e grisalha.

– Aí vem ele — disse Herbert White, quando o portão bateu ruidosamente e passos pesados se aproximaram da porta.

O velho levantou-se com uma pressa hospitaleira e, ao abrir a porta, foi ouvido cumprimentando o recém chegado. Este também o cumprimentou, e a Sra. White tossiu ligeiramente quando o marido entrou na sala, seguido por um homem alto e corpulento, com olhos pequenos e nariz vermelho.

– Sargento Morris — disse ele, apresentando-o.

O sargento apertou as mãos e, sentando-se no lugar que lhe ofereceram perto do fogo, observou satisfeito o anfitrião pegar uísque e copos, e colocar uma pequena chaleira de cobre no fogo.

Depois do terceiro copo, seus olhos ficaram mais brilhantes, e ele começou a falar, o pequeno círculo familiar olhando com interessante este visitante de lugares distantes, quando ele empertigou os ombros largos na cadeira e falou de cenários selvagens e feitos intrépidos: de guerras, pragas e povos estranhos.

– Vinte e um anos nessa vida — disse o Sr. White, olhando para a esposa e o filho. — Quando ele foi embora era um rapazinho no armazém. Agora olhem só para ele.

– Ele não parece ter sofrido muitos reveses — disse a Sra. White amavelmente.

– Eu gostaria de ir à Índia — disse o velho — só para conhecer, compreende?

– Você está bem melhor aqui — disse o sargento, sacudindo a cabeça. Pôs o copo vazio na mesa e, suspirando baixinho, sacudiu a cabeça novamente.

– Eu gostaria de ver aqueles velhos templos, os faquires e os nativos — disse o velho. — O que foi que você começou a me contar outro dia sobre uma pata de macaco ou algo assim Morris?

– Nada — disse o soldado rapidamente. — Não é nada de importante.

– Pata de macaco? — perguntou a Sra. White, curiosa.

– Bem, é só um pouco do que se poderia chamar de magia, talvez — disse o sargento com falso ar distraído.

Os três ouvintes debruçaram-se nas cadeiras interessados. O visitante levou o copo vazio à boca distraidamente e depois recolocou-o onde estava. O dono da casa tornou a enchê–lo.

– Aparentemente — disse o sargento, mexendo no bolso — é só uma patinha comum dissecada.

Tirou uma coisa do bolso e mostrou-a. A Sra. White recuou com uma careta, mas o filho, pegando-a, examinou-a com curiosidade.

– E o que há de especial nela? — perguntou o Sr. White ao pegá–la da mão do filho e, depois de examiná–la, colocá–la sobre a mesa.

– Foi encantada por um velho faquir — disse o sargento –, um homem muito santo. Ele queria provar que o destino regia a vida das pessoas, e que aqueles que interferissem nele seriam castigados. Fez um encantamento pelo qual três homens distintos poderiam fazer, cada um, três pedidos a ela.

A maneira dele ao dizer isso foi tão solene que os ouvintes perceberam que suas risadas estavam um pouco fora de propósito.

– Bem, por que não faz os seus três pedidos, senhor? — disse Herbert White astutamente.

O soldado olhou para ele como olham as pessoas de meia–idade para um jovem presunçoso.

– Eu fiz — disse ele calmamente, e seu rosto marcado empalideceu.

– E teve mesmo os três desejos satisfeitos? — perguntou a Sra. White.

– Tive — disse o sargento, e o copo bateu nos dentes fortes.

– E alguém mais fez os pedidos? — insistiu a senhora.

– O primeiro homem realizou os três desejos — foi a resposta. — Eu não sei quais foram os dois primeiros, mas o terceiro foi para morrer. Por isso é que consegui a pata.

Seu tom de voz era tão grave que o grupo ficou em silêncio.

– Se você conseguiu realizar os três desejos, ela não serve mais para você Morris — disse o velho finalmente. — Para que você guarda essa pata?

O soldado meneou a cabeça.

– Por capricho, suponho — disse lentamente. — Cheguei a pensar em vendê–la, mas acho que não o farei. Ela já causou muitas desgraças. Além disso, as pessoas não vão comprar. Acham que é um conto de fadas, algumas delas; e as que acreditam querem tentar primeiro para pagar depois.

– Se você pudesse fazer mais três pedidos — disse o velho, olhando para ele atentamente –, você os faria?

– Eu não sei — disse o outro. — Eu não sei.

Pegou a pata e, balançando-a entre os dedos, de repente jogou-a no fogo. White, com um ligeiro grito, abaixou-se e tirou-a de lá.

– É melhor deixar que ela se queime — disse o soldado solenemente.

– Se você não quer mais, Morris — disse o outro –, me dá.

– Não — disse o amigo obstinadamente. — Eu a joguei no fogo. Se você ficar com ela, não me culpe pelo que acontecer. Jogue isso no fogo outra vez, como um homem sensato.

O outro sacudiu a cabeça e examinou sua nova aquisição atentamente.

– Como você faz para pedir? — perguntou.

– Segure a pata na mão direita e faça o pedido em voz alta — disse o sargento –, mas eu o advirto sobre as conseqüências.

– Parece um conto das Mil e uma noites — disse a Sra. White, ao se levantar e começar a pôr o jantar na mesa. — Você não acha que deveria pedir quatro pares de mão para mim?

– Se quer fazer um pedido — disse ele asperamente –, peça algo sensato. O Sr. White colocou a pata no bolso novamente e, arrumando as cadeiras acenou para que o amigo fosse para a mesa. Durante o jantar o talismã foi parcialmente esquecido, e depois os três ficaram escutando, fascinados, um segundo capítulo das aventuras do soldado na Índia.

– Se a história sobre a pata de macaco não for mais verdadeira do que as que nos contou — disse Herbert, quando a porta se fechou atrás do convidado, que partiu a tempo de pegar o último trem –, nós não devemos dar muito crédito a ela.

– Você deu alguma coisa a ele por ela, papai? — perguntou a Sra. White, olhando para o marido atentamente.

– Pouca coisa — disse ele, corando ligeiramente. - Ele não queria aceitar, mas eu o fiz aceitar. E ele tornou a insistir que eu jogasse fora.

– É claro — disse Herbert, fingindo estar horrorizado. — Ora, nós vamos ser ricos, famosos e felizes. Peça para ser um imperador, papai, para começar, então você não vai ser mais dominado pela mulher.

Ele correu em volta da mesa, perseguido pela Sra. White armada com uma capa de poltrona. O Sr. White tirou a pata do bolso e olhou para ela dubiamente.

– Eu não sei o que pedir, é um fato — disse lentamente. — Eu acho que tenho tudo o que quero.

– Se você acabasse de pagar a casa ficaria bem feliz, não ficaria? — disse Herbert, com a mão no ombro dele. — Bem, peça 200 libras, então, isso dá.

O pai, sorrindo envergonhado pela própria ingenuidade, segurou o talismã, quando o filho, com uma cara solene, um tanto franzida por uma piscadela de olhos para a mãe, sentou-se no piano e tocou alguns acordes para fazer fundo.

– Eu desejo 200 libras — disse o velho distintamente.

Um rangido do piano seguiu-se às palavras, interrompido por um grito estridente do velho. A mulher e o filho correram até ele.

– Ela se mexeu — gritou ele, com um olhar de nojo para o objeto caído no chão. — Quando eu fiz o pedido, ela se contorceu na minha mão como uma cobra.

– Bem, eu não vejo o dinheiro — disse o filho ao pegá–la e colocá–la em cima da mesa — e aposto que nunca vou ver.

– Deve ter sido imaginação sua, papai — disse a esposa, olhando para ele ansiosamente.

Ele sacudiu a cabeça.

– Não faz mal, não aconteceu nada, mas a coisa me deu um susto assim mesmo.

Eles se sentaram perto do fogo novamente enquanto os dois homens acabavam de fumar cachimbos. Lá fora, o vento zunia mais do que nunca, e o velho teve um sobressalto com o barulho de uma porta batendo no andar de cima. Um silêncio estranho e opressivo abateu-se sobre todos os três, e perdurou até o velho casal se levantar e ir dormir.

– Eu espero que vocês encontrem o dinheiro dentro de um grande saco no meio da cama — disse Herbert, ao lhes desejar boa noite — e algo terrível agachado em cima do armário observando vocês guardarem seu dinheiro maldito.

Ficou sentado sozinho na escuridão, olhando para o fogo baixo e vendo caras nele. A última cara foi tão feia e tão simiesca que ele olhou para ela assombrado. A cara ficou tão vivida que, com uma risada inquieta, ele procurou um copo na mesa que tivesse um pouco de água para jogar no fogo. Sua mão pegou na pata de macaco, e com um ligeiro estremecimento ele limpou a mão no casaco e foi dormir.


II

– Eu creio que todos os velhos soldados são iguais — disse a Sra. White. — Essa ideia de dar ouvidos a tal tolice! Como é que se pode realizar desejos hoje em dia? E se fosse possível, como é que iam aparecer 200 libras, papai?

Na claridade do sol de inverno, na manhã seguinte, quando este banhou a mesa do café, ele riu de seus temores. Havia um ar de naturalidade na sala que não existia na noite anterior, e a pequena pata suja estava jogada na mesa de canto com um descuido que não atribuía grande crença a suas virtudes.

– Morris disse que as coisas aconteciam com tanta naturalidade — disse o pai — que a gente podia até achar que era coincidência.– caindo do céu, talvez — disse Herbert, com ar brincalhão.

– Bem, não gaste o dinheiro antes de eu voltar — disse Herbert, ao se levantar da mesa. — Estou com medo de que você se torne um homem mesquinho e avarento, e vamos ter de renegá–lo.

A mãe riu e, acompanhando-o até a porta, viu-o descer a rua. Voltando à mesa do café, divertiu-se à custa da credulidade do marido. O que não a impediu de correr até a porta com a batida do carteiro, nem de se referir a sargentos da reserva com vício de beber, quando descobriu que o correio trouxera uma conta do alfaiate.

– Herbert vai dizer uma das suas gracinhas quando chegar em casa — disse ela, quando se sentaram para jantar.

– Com certeza — disse o Sr. White, servindo-se de cerveja –, mas, apesar de tudo, a coisa se mexeu na minha mão; eu posso jurar.

– Foi impressão — disse a senhora apaziguadoramente.

– Estou dizendo que se mexeu — replicou o outro. — Não há dúvida; eu tinha acabado… O que houve?

A mulher não respondeu. Estava observando os movimentos misteriosos de um homem do lado de fora, que, espiando com indecisão para a casa, parecia estar tentando tomar a decisão de entrar. Lembrando-se das 200 libras, ela reparou que o estranho estava bem–vestido e usava um chapéu de seda novo. Por três vezes ele parou no portão, e depois caminhou novamente. Da quarta vez ficou com a mão parada sobre ele, e depois com uma súbita resolução abriu-o e entrou. A Sra. White no mesmo momento desamarrou o avental rapidamente, colocando-o debaixo da almofada da cadeira. Convidou o estranho, que parecia deslocado, a entrar. Ele olhou para ela furtivamente, e ouviu preocupado, a senhora desculpar-se pela aparência da sala, e pelo casaco do marido, uma roupa que ele geralmente reservava para o jardim. Então ela esperou, com paciência, que ele falasse do que se tratava, mas, a princípio, ele ficou estranhamente calado.

– Eu… pediram–me para vir aqui — disse ele finalmente, e abaixando-se tirou um pedaço de algodão das calças. — Eu venho representando “Maw&Meggins”.

A senhora sobressaltou-se.

– Aconteceu alguma coisa? — perguntou ela, ofegante — Acontecem alguma coisa a Herbert? O que é? O que é?

O marido interveio.

– Calma, calma, mamãe — disse ele rapidamente. — Sente-se e não tire conclusões precipitadas. O senhor certamente não trouxe más notícias, não é, senhor — e olhou para o outro ansiosamente.

– Eu lamento… — começou o visitante.

– Ele está ferido? — perguntou a mãe desesperada.

O visitante assentiu com a cabeça.

– Muito ferido — disse. — Mas não está sofrendo.

– Ah, graças a Deus! — disse a senhora, apertando as mãos. — Graças a Deus! Graças…

Parou de falar de repente quando o significado sinistro da afirmativa se abateu sobre ela, e ela viu a terrível confirmação de seus temores no rosto desviado do outro. Prendeu a respiração e, virando-se para o marido, menos perspicaz, pôs a mão trêmula sobre a dele. Seguiu-se um demorado silêncio.

– Ele foi apanhado pela máquina — repetiu o Sr. White, estonteado. — Ah! sim.

Ficou sentado olhando para a janela e, tomando a mão da esposa entra as suas, apertou-a como tinha vontade de fazer nos velhos tempos de namoro há quase 40 anos.

– Ele era o único que nos restava — disse ele, voltando-se amavelmente para o visitante. — É difícil.
O outro tossiu e, levantando-se, caminhou lentamente até a janela.

– A firma me pediu para transmitir os nossos sinceros pêsames a vocês por sua grande perda — disse ele, sem olhar para trás. — Eu peço que compreendam que sou apenas um empregado da firma e estou apenas obedecendo ordens.

Não houve resposta; o rosto da senhora estava branco, os olhos parados e a respiração inaudível; no rosto do marido havia um olhar que o amigo sargento talvez tivesse na primeira batalha.

– Devo dizer que “Maw&Meggins” estão isentos de toda responsabilidade — continuou o outro. — Eles não têm nenhuma dívida com a família, mas, em consideração aos serviços de seu filho, desejam presenteá–los com uma certa soma como compensação.

O Sr. White largou a mão da esposa e, pondo-se de pé, olhou para o visitante horrorizado. Seus lábios secos pronunciaram as palavras:
– Quanto?

– Duzentas libras — foi a resposta.

Indiferente ao grito da esposa, o velho sorriu fracamente, estendeu as mãos como um homem cego e caiu, desfalecido, no chão.

III

No enorme cemitério novo, a alguns quilômetros de distância, os velhos enterraram seu morto e voltaram para casa mergulhada em sombras e silêncio. Tudo terminara tão rápido que a princípio nem se davam conta do que acontecera, e ficaram num estado de expectativa como se fosse acontecer mais alguma coisa — algo mais que aliviasse esse fardo, pesado demais para corações velhos.

Mas os dias se passaram, e a expectativa deu lugar à resignação — a resignação desesperançada dos velhos, às vezes chamada erradamente de apatia. Algumas vezes nem trocavam uma palavra, pois agora não tinham nada do que falar e os dias eram compridos e desanimados.

Foi por volta de uma semana depois que o velho, acordando subitamente de noite, estendeu o braço e viu-se sozinho. O quarto estava no escuro e o ruído de soluços baixinhos vinha da janela. Ele se levantou na cama e ficou ouvindo.

– Volte para a cama — disse ele ternamente. — Você vai ficar gelada.

– Está mais frio para ele — disse a senhora, e chorou novamente.

O som de seus soluços apagou-se nos ouvidos dele. A cama estava quente, e seus olhos pesados de sono. Ele cochilava a todo instante e acabou pegando no sono, quando um súbito grito histérico da esposa o despertou com um sobressalto.

– A pata! — gritou histericamente. — A pata de macaco!

Ele se levantou, alarmado.

– Onde? Onde está? O que houve?

Ela correu agitada até ele.

– Eu quero a pata — disse ela calmamente. — Você não a destruiu?

– Está na sala, em cima da prateleira — replicou ele atônito. — Por quê?

Ela chorou e riu ao mesmo tempo e, debruçando-se, beijou-o no rosto.

– Só tive essa idéia agora — disse ela histericamente. — Por que não pensei nisso antes? Por que você não pensou nisso antes?

– Pensar em quê? — perguntou ele.

– Nos outros dois desejos — replicou ela rapidamente. — Nós só fizemos um pedido.

– Não foi suficiente? — perguntou ele, irado.

– Não — gritou ela, triunfante; — ainda vamos fazer um.

Desça, apanhe a pata rapidamente, e deseje que o nosso filho viva novamente.

O homem sentou-se na cama e arrancou as cobertas de cima do corpo trêmulo.

– Meu bom Deus, você está louca! Gritou ele, horrorizado.

– Pegue aquela coisa — disse ela, ofegante –, pegue depressa, e faça o pedido… Ah, meu filho, meu filho!
O Marido riscou um fósforo e acendeu a vela.

– Volte para a cama — disse ele, incerto. — Você não sabe o que está dizendo.

– Nós conseguimos satisfazer o primeiro pedido — disse a senhora, febrilmente. — Por que não o segundo?

– Foi uma coincidência — gaguejou o velho.

– Vá buscar a pata e faça o pedido — gritou a esposa, tremendo de excitação.

O velho virou-se, olhou para ela, e sua voz tremeu.

– Ele já está morto há 10 dias e, além disso, ele… — eu não queria lhe dizer isso, mas… só consegui reconhecê–lo pela roupa. Se já estava tão horrível para você ver, imagine agora?

– Traga-o de volta — gritou a senhora, e o arrastou para a porta. — Você acha que tenho medo do filho que criei?

Ele desceu na escuridão, foi tateando até a sala e depois até a lareira. O talismã estava no lugar, e um medo horrível de que o desejo ainda não expresso pudesse trazer o filho mutilado apossou-se dele, e ficou sem ar ao perceber que perdera a direção da porta. Com a testa fria de suor, ele deu volta na mesa, tateando, e foi-se amparando na parede até se achar no corredor com a coisa nociva na mão.

Até o rosto da esposa parecia mudado quando ele entrou no quarto. Estava branco e ansioso, e para seu temor parecia ter um olhar estranho. Ele sentiu medo dela.

– Peça! — gritou ela, com voz forte.

– Isso é loucura — disse ele, com voz trêmula.

– Peça! — repetiu a esposa.

Ele levantou a mão.

– Eu desejo que meu filho viva novamente.

O talismã caiu no chão, e ele olhou para a coisa com medo.

Então afundou numa cadeira, trêmulo, quando a esposa, com os olhos ardentes, foi até a janela e levantou a persiana.

Ficou sentado até ficar arrepiado de frio, olhando ocasionalmente para a figura da velha senhora espiando pela janela.

O cotoco de vela, que queimara até a beirada do castiçal de porcelana, jogava sombras sobre o teto e as paredes, até que, com um bruxulear maior do que os outros, se apagou. O velho, com uma imensa sensação de alívio pelo fracasso do talismã, voltou para a cama, e um ou dois minutos depois a senhora veio silenciosamente para o seu lado.

Nenhum dos dois disse nada, mas permaneceram deitados em silêncio, ouvindo o tique–taque do relógio. Um degrau rangeu, e um rato correu guinchando através do muro. A escuridão era opressiva e, depois de ficar deitado por algum tempo, criando coragem, ele pegou a caixa de fósforos e, acendendo um, foi até embaixo para pegar uma vela.

Nos pés da escada o fósforo se apagou, e ele parou para riscar outro; no mesmo momento ouviu-se uma batida na porta da frente, tão baixa e furtiva que quase não se fazia ouvir.

Os fósforos caíram–lhe da mão e espalharam-se no corredor. Ele permaneceu imóvel, com a respiração presa até a batida se repetir. Então virou-se e fugiu rapidamente para o quarto, fechando a porta atrás de si. Uma terceira batida ressoou pela casa.

– O que é isso? — gritou a senhora, levantando-se.

– Um rato — disse o velho com voz trêmula –, um rato. Ele passou por mim na escada.

A esposa sentou-se na cama, escutando. Uma batida alta ressoou pela casa.

– É Herbert! — gritou. — É Herbert!

Ela correu até a porta, mas o marido ficou na frente dela e, pegando-a pelo braço, segurou-a com força.

– O que você vai fazer? — sussurrou ele com voz rouca.

– É meu filho; é Herbert! — gritou ela, debatendo-se mecanicamente. — Eu esqueci que ele estava a 10 quilômetros daqui. Por que está me segurando? Me solte. Eu tenho de abrir a porta.

– Pelo amor de Deus não deixe entrar — gritou o velho tremendo.

– Você está com medo do próprio filho — gritou ela, debatendo-se. — Me solte. Eu já vou, Herbert; eu já vou.

Ouviu-se mais uma batida, e mais outra. A senhora com um arrancão súbito soltou-se e saiu correndo do quarto. O marido seguiu-a até a escada e chamou-a enquanto ela corria para baixo. Ele ouviu a corrente chocalhar e a tranca do chão ser puxada lenta e firmemente do lugar. Então a voz da senhora soou, nervosa e ofegante.

– A tranca — gritou ela alto. — Desça que eu não consigo puxar a tranca.

Mas o marido estava de joelhos no chão, procurando a pata desesperadamente. Se pelo menos conseguisse encontrá–la antes que a coisa entrasse. Uma série de batidas reverberou pela casa, e ele ouviu o arrastar de uma cadeira quando a esposa a colocou no corredor encostada na porta. Ouviu o ranger da tranca quando esta se destravou lentamente, e no mesmo momento encontrou a pata de macaco, e desesperadamente fez o terceiro e último pedido.

As batidas pararam subitamente, embora ainda ecoassem na casa. Ele ouviu a cadeira ser arrastada de volta, e a porta se abrir. Um vento frio subiu pela escada, e um gemido alto e demorado de decepção e tristeza da esposa lhe deu coragem para correr até ela e depois até o portão. O lampião da rua que tremulava do outro lado brilhava numa estrada silenciosa e deserta.

Autor: W. W. Jacob

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BOA NOITE

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Sorria


BOTE SUA PAMERS E SORRIA!

A creepypasta a seguir será de simples leitura e vocês com certeza irão considerar um texto qualquer. Não que não seja, mas eu realmente acredito que esse final cogita uma interessante metáfora. 

Deguste!
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Eu me lembro que já tive um belo sorriso. Ah, como eu sinto falta dele. Esta manhã eu acordei, olhei para o espelho e sorri. Fiquei decepcionada com o que vi. Eu beijei o meu marido e deixei os meus dois filhos na escola. Eu entreti as visitas. Eu mostrei a todos eles o meu lindo sorriso e não entendi porque todos foram embora depois disso. Mas eu me olho no espelho e não consigo mais o ver. "Você está pronta?" Harry exclama do salão. "Sim, meu amor." Eu respondo enquanto tento prender um colar de pérolas polidas para trás do meu pescoço.

"Que maravilha, as crianças estão com a senhora Knox e eu fiz reservas para um jantar às oito horas em ponto." Harry divaga quase cantarolando enquanto ele entra no nosso quarto. Ele anda até mim, coloca os braços em volta da minha cintura e me diz o quão maravilhosa eu estava naquela noite. Eu o abraço calorosamente em resposta. Mas, de repente, eu sinto os seus braços se endurecerem. os braços ta, gente!

"V-Vivian?" Harry gagueja.

"Sim, querido?" Eu respondo docemente.

Em horror Harry levanta um dedo trêmulo sobre meu ombro, apontando para o espelho de corpo inteiro contra a parede. "Seu reflexo... não pode ser... está olhando para nós?!"

Viro-me e a vejo ali, observando atentamente.

...


Ela se joga contra o espelho. Não há nenhum som, apenas um silêncio ensurdecedor. "Harry, me ajude!" ela grita enquanto golpeia a superfície com os seus punhos. Eu sinto meus olhos se estreitando contra ela. Harry olha para trás, e depois olha apavorado entre mim e o meu reflexo perverso. Meus membros começam a se alongar e os belos olhos azuis de Harry se arregalam em espanto.

Ele grita e luta enquanto eu o agarro. Meu queixo se estica. Meu rosto se contorce e minha boca se abre, revelando meus dentes que como facas brilhantas e afiadas rasgavam sua carne. Vivian arranha o espelho, deixando uma marca sangrenta. Ela o bate em um misto de raiva e desespero enquanto assiste eu lentamente devorar o seu marido infeliz. Talvez assim ela aprenda a sorrir para mim.

Fonte: Lua Pálida


SEJA FELIZ!

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BOA TARDE

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Götterdämmerung (Crepúsculo dos Deuses)



BOTE SUA PAMPERS E ACEITE...

Berlim, Alemanha
30 de abril de 1945

Destino tomou seu rumo.

Adolf Hitler, chanceler da Alemanha, permitiu que as lágrimas caissem livremente de seu rosto. Sua esposa, Eva Braun Hitler, estava ao lado dele, as convulsões induzidas por cianeto finalmente cedendo. Ele não chorou por ela, embora ele sentisse a ausência dela profundamente. Não, Hitler chorou pela morte da Alemanha, a devastação total que tinha sido visitada em seu país e seu povo.

Como uma deixa, as paredes estremeceram enquanto mais escudos eslavos defendiam as terras que tinham governado absolutamente por mais de doze anos. Acima, os homens e mulheres de seu país estavam sendo abatidos e brutalizados. O pensamento de sua capital e de seu povo, sob o encalço da marxista do 'povo inferior' era horrível, e agora parecia inevitável. Se apenas a Grã-Bretanha tivesse visto o valor na aliança, mesmo que apenas seus Generais levassem a melhor contra os soviéticos, se apenas isso...

As mãos de Hitler tremiam de forma tão violenta devido a seus pensamentos que ele deixou cair uma cápsula de cianeto e uma arma. Seu corpo estava se deteriorando, a desgraça que ele tinha levado com ele desde seus primeiros anos foi finalmente vencida.

A mente do chanceler se distanciou então, seus pensamentos foram para o seu passado, em Viena. Sua miserável existência, as imagens e os sons, os cheiros e os jornais, as crianças nas ruas...

Seus olhos perdidos, tomados por algo nas sombras que o encarava.

Como se tropeçasse em algo em um quarto escuro, uma memória fora de suas reflexões o assustou. Horrorizado com a imagem macabra, antinatural ardendo em sua consciência, ele tomou-se de volta ao presente. Ele tremia por todo canto agora, seu corpo úmido de suor. O corpo de sua esposa ainda estava quente. Os soviéticos pareciam estar soltando tudo o que podiam sobre sua cabeça, as batidas monótonas e acidentes nunca cessando se quer por um momento. A Walther PPK foi colocada em seu colo com a cápsula de cianeto de bronze por perto.

O destino tomou seu curso. Preparando seus nervos, Hitler agarrou os dois itens em cada mão. Respirou profundamente se preparando, ele olhou ao redor do local que seria o seu túmulo.

Ele estava em um canto mau iluminado. Usava um terno intensamente preto, com a cabeça inclinada para o lado. Embora Hitler não pudesse discernir traços faciais da criatura, ele sabia que não haveria nenhum.

Este era Der Großmann, um nome que Hitler sabia, e ainda não conseguia se lembrar de onde ou quando.

Der Großmann não se moveu, seu corpo estranhamente alongado balançava como os galhos de uma árvore. A criatura alcançava totalmente o teto do lugar, mas Hitler sabia que esta poderia se tornar muito mais alto. Embora o ser não tivesse rosto ou qualquer característica facial, o chanceler reconheceu que estava olhando para ele. O bombardeio acima dele parecia abafar, e o ar na sala começou a engrossar, e Hitler sabia que a criatura ia falar.

Estranho. Você não me viu enquanto eu te observava acabar com tua vida.

A voz do monstro era como três seres que falam em harmonia: uma mulher sensual, uma criança e um homem idoso. O homem idoso conduzia entre os três naquele momento; Hitler sabia que a criatura poderia alterar a voz para expressar-se no lugar de características faciais.

Hitler sentou aterrorizado, os olhos arregalados. Ele tentou falar, mas sua boca estava seca e sua mente estava em branco. Tremores tomavam suas mãos de novo, mas desta vez ele manteve firmemente o cianeto e arma. O barulho do lado de fora pareceu cessar, e o único barulho que o Führer podia perceber era sua respiração estremecendo.

Memórias, imagens de pesadelos e pensamentos que ele havia suprimido inundaram sua mente. Embora as cenas e os acontecimentos fossem todos diferentes, sempre estavam lá as crianças, e sempre o Großmann estava presente. Lugares do passado de Hitler pareciam ser re-contados em sua mente; a criatura estava lá no Putsch, estava em sua inauguração, em 1923. De Sudetos a Paris, ele tinha estado lá. Assistindo.

O monstro no canto falou novamente, desta vez a voz foi condizida pela mulher.

Você está se lembrando agora. Isto foi inesperado.

O Führer finalmente foi capaz de recuperar a voz. "O que você quer dizer?"

Você foi declarado um fracasso, como Hess, Göring e Himmler. Você pode ver isso, e estar falando comigo agora significa talvez que as coisas mudaram.

As vozes pareciam causar dor em Hitler, no entanto, ele sentiu sua ira crescente na menção dos três homens. "Todos eles me abandonaram, abandonaram a Alemanha em sua hora mais terrível. Eles nos venderam para os Estados Unidos, os eslavos e os judeus imundos! Eles..."

Falharam. Eu estive ao seu lado o tempo todo. Estou ciente de suas falhas.

Hitler ficou em silêncio, com os olhos indo em direção a arma e cianeto. "Eles falharam comigo. Alemanha falhou comigo. Esses bastardos irão destruir tudo o que o meu povo se esforçou para construir. É o fim de tudo."

A voz do homem idoso retornou.

Você é um homem patético, governante de um império moribundo. Sua arrogância levou a situação para onde ela se encontra agora.

O Führer exaltou-se, seus ouvidos não estavam acostumados a ouvir tal acusação e críticas. "Você presume..."

O ar de repente, tinha gosto de metal, e as luzes pareciam escurecer. A voz da criança tomou lugar, e Hitler sentia o verdadeiro medo pesar os ombros.

Eu não presumo, meu caro. Sua derrota foi conhecido bem antes. Você irá ver esse lugar cair e mostrar respeito.

Hitler não respirava, não se mexia, enquanto observava Der Großmann levantar os braços em direção a ele. Embora ele estivesse a alguns metros de distância das mãos, elas facilmente alcançavam o chanceler. Hitler não resistiu, não recuou, enquanto as mãos agarravam a cápsula de cianeto e pistola, e as tiraram de suas mãos tremulas. O Führer observou os dois itens parecendo derreter no miasma que agora envolvia aquele lugar.

Depois de um momento, o ar pareceu voltar, a escuridão formada sobre Der Großmann retornou, e a voz da mulher era mais relevante das três.

Este não era o resultado esperado, Adolf Hitler. É uma surpresa bem-vinda, tanto para mim e para o meu Mestre. Você cumpriu a profecia, você é realmente o Messias.



Fonte: Fear of Slender
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Uma narrativa muito bem escrita, trabalhada no contexto do encerramento da Segunda Guerra Mundial, que conta como ápice esse encerramento curioso. A pulga aflorou em nossas orelhas: por que Der Großmann citou Hitler como messias? Até onde sei, o Homem-Esguio não era nazista, rsrsrs...

Avaliação Final: Muito bem escrita, desenvolvida e um fim aberto à várias teorias, ganha um 9,0.

POR QUE, HOMEM-ESGUIO?

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE