quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Creepypasta dos Fãs: O Leitor


BOTE SUA PAMPERS E LEIA!

E parece que enfim demos fim a cota de creepypastas dos fãs na caixa de entrada. A que vocês lerão a seguir, nos foi enviada pela leitora Arte Dian e tratava-se de um trabalho de português dela. 

Degustem!
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Ele adorava ler. Com pouco mais de dezesseis anos, prateleiras e estantes cheias de livros ocupavam a maior parte de seu quarto. Nos poucos espaços restantes, amontoavam-se cadernos e folhas soltas, com resumos, sinopses e resenhas dos vários livros já lidos, vendidos, às vezes, para jornais locais, como uma pequena contribuição para alimentar seu vício, e até mesmo um ou dois livros seus, já começados e abandonados.

Seu vício era tanto que ele chegava a visitar sua livraria predileta quase que diariamente, apenas para passear, conversar com os funcionários e reler um livro ou outro em sua companhia. Tratava-os pelo nome, e estes faziam o mesmo. O jovem estava na livraria com tanta frequência que esta era como sua segunda casa. Os funcionários, mais que amigos, eram como sua segunda família.

Era uma livraria curiosa. Parecia uma mistura do sebo mais antigo, vazio e abandonado com a maior livraria de um shopping no centro de uma cidade grande. Entre livros usados e com páginas rabiscadas, Best-sellers, livros importados, raríssimos, e até mesmo alguns manuscritos antigos da cidade, Arthur (pois este era seu nome) encontrara seu maior prazer: viajar para outros mundos, ou sequer sair do nosso. Conhecer outras culturas,outros povos e os mais estranhos devaneios da mente dos autores.

Mas ele já estava ficando farto. Havia relido inúmeras vezes seus livros, e também os que lera na biblioteca. Os dragões, magos e futuros utópicos que ele já conhecia de cor não o animavam mais. Já havia aprendido o básico de línguas como o inglês e o espanhol para poder reler os mesmos livros novamente, em outras línguas, buscando em vão a sensação de conhecer uma nova história, de mergulhar em outras palavras.

Ele já havia tentado ler livros que não existiam em sua pequena cidade pela internet, mas ele simplesmente não conseguia. Nunca encontrava livros diferentes dos que já havia lido. E, mesmo que encontrasse, era impossível. A tela do computador, fitada pelo tempo que ele geralmente gastava lendo o deixaria cego em três capítulos. Ele passava tempo demais lendo. Se lesse por períodos menores de tempo, ele conseguiria ler pela tela do computador. Mas era agonizante. Não saber o que aconteceria, depois de já ler o começo...isso era pior que não ler.

Exceto pelos contos de terror. Estes eram breves e objetivos: durante poucos minutos, ele podia desfrutar de uma história curta, independente, rápida e inquietante.

Creepypastas.

Ele as amava. No fundo,sonhava em protagonizar sua própria. “Quem sabe não encontro um livro empoeirado, numa velha livraria” Pensava ele dando spoiler desta creepy... quer dizer, spoiler? Que spoiler?. “E esse livro me mostrasse rituais e tradições para conseguir o sucesso e a fama.”. “Ou então” Ele continuava, pensando consigo. “Os livros daquelas histórias, que mudam de acordo com o leitor: mostram o passado, o presente e o futuro de quem os lê.”

Logo esquecia-se disso. Lembrava-se de um livro que só havia sido relido três ou quatro vezes e procurava refúgio sob tais páginas. Mas já estava cheio. Cheio dos livros habituais. Cheio das histórias habituais. Queria algo. Algo insano.

 Ele foi à livraria.

– Olá, Vic... – Ele entrou e foi cumprimentar o balconista. Parou segundos depois. Não era Victor, o jovem animado que sempre o atendia com bom humor. Em seu lugar, havia um velho pálido de sorriso sinistro.

 – Ele está doente?” – Perguntou Arthur,estranhando a falta do amigo na livraria.

– Oh, não. Ele só precisou...tirar uma folga. – Disse o velho.

– Mas ele me falou de você.Leu vários livros, hein? Os que costumam dizer isso se gabam por terem lido dois livros de duzentas páginas. Mas...você já leu tudo isso, não? – Ele abriu os braços e virou o rosto de um lado para o outro, estudando a biblioteca.

– Eu tenho algo que pode te interessar. – Disse o velho, tirando um livro de capa escura da parte de baixo do balcão.

– Creio que nunca leu esse...

Até aquele momento, o jovem não havia dito nada. Por fim, criou coragem e disse:

 – Este livro...eu nunca o vi aqui. Chegou por esses dias?”

 – Ah, não, não. Mas aposto que ele nunca lhe foi oferecido por um certo motivo.

 – E qual seria?

 – Ele é...peculiar.

 – Peculiar? De que modo?

 – Ora... peculiar. Estranho... Insano.”

Era o que Arthur queria... Saiu da livraria, feliz, com seu novo livro. “Agaboma”, ele murmurou. Nunca havia visto ou ouvido tal palavra antes.

Chegando em casa, começou a ler o livro. Era uma obra bem estranha: Era cômico, assustador, surpreendente e idiota. Tudo ao mesmo tempo.

O livro falava sobre um benfeitor de muitos nomes, meio homem, meio pássaro - um tucano. Ele vivia em um reino cortado por um rio chamado Xingy, onde várias situações estranhas aconteciam. Calças fantasmas, popstars chamadas Gleice e também ótimos personagens secundários, como um velho pirata sonhador e uma senhora que vendia bolo. Cenas idiotas eram intercaladas com descrições pavorosas de crimes cometidos pelos vilões.

O livro era realmente estranho. Suas vassouras mágicas não voavam, e sim faziam com que quem varresse a casa com elas dissesse verdades! Carros viravam máquinas de churros! Mas era um livro engraçado, ele pensava. Pelo menos, até aquilo acontecer.

Certo dia, ele leu, num trecho do livro, que uma personagem havia atropelado um homem. Até aí tudo bem só um atropelamento, porém, no mesmo dia, o irmão de Arthur foi atropelado, e o pior: comendo um bolinho de chuva. ai minha nossa senhora, bolinho de chuva não!

Aquilo fora muito estranho. Poucos dias depois,s eu irmão faleceu no hospital. Seus pais resolveram se mudar de cidade.

Poucos dias depois da mudança, Arthur terminou o livro. As duas últimas páginas estavam em branco. Ele fechou o livro e deslizou os dedos pela lombada. O nome da autora era Nice Mazzeo. "Nice Mazzeo, Nice Mazzeo", ele repetiu, tentando memorizar. Chegou a conclusão de que era o livro que ele havia procurado. Insano. Mas não se apegaria ao livro.Colocou-o numa das estantes do novo quarto e saiu em busca das livrarias da nova.

Ele havia mudado para uma cidade grande. Haviam muitos livros que ele ainda não havia lido, lá. “Agaboma” ficou na estante por um bom tempo, até Arthur resolver relê-lo, sentindo saudades da insanidade que lhe fora proporcionada pelo livro.

Após relê-lo, notou, na última página, algo como uma gravura apagada. “Deve ser mancha de tempo”, pensava ele. Guardou o livro na prateleira e voltou a ler os títulos inéditos à ele, satisfeito com sua dose temporária de insanidade.

O livro permaneceu guardado por cerca de dois anos até os novos livros se tornarem repetitivos. Arthur passou os olhos pela prateleira até rever seu velho “amigo”. O leu pela terceira vez, e por pouco não atirou o livro longe ao ver a página final estampada com uma ilustração quase nítida. “Estou num conto de terror... ou apenas quero imaginar algo do tipo sobre manchas de tempo num livro?”, perguntava ele, para si mesmo.

Decidiu tentar ter uma prova. Embalou bem o livro, não se esquecendo de procurar qualquer inseto ou coisa do gênero que pudesse manchá-lo, e o guardou longe de qualquer umidade, bolor, poeira ou sujeira que pudesse causar as marcas (estas, curiosamente, só estavam presentes na última página). Deixou o livro protegido durante um mês, e então o desembalou cuidadosamente, indo direto para a última página. Qual não foi sua surpresa ao ver, claramente, um ser roendo algo no chão?

Desta vez,o livro foi jogado longe. O que seria aquilo? Um monstro destroçando um cadáver? Roendo ossos humanos? Como aquilo parara lá?

Passou alguns minutos fitando a capa escura do livro,até tomar coragem para tentar entender a gravura. Levantou-se, num salto, e pegou o livro com cuidado, olhando, receoso, a gravura

Ele riu histericamente.

Era uma casual capivara gigante, mordendo um assoalho! Como poderia ter se assustado com aquilo Acima da capivara, uma frase, que ele não havia notado antes:

“Esse livro não tá com nada, nota 9”


Ele riu mais. Devia ser uma pegadinha de seus amigos na livraria, da antiga cidade. Algum produto químico no desenho, algo que só pudesse ser revelado com o tempo! Talvez, até o velho fizesse parte da encenação!

Então, lembrou-se da infeliz coincidência entre o trecho do livro e a morte de seu irmão. E também lembrou-se que nunca mais havia tido notícias de Victor desde que comprara o livro.

Então, virou-se e viu um buraco na parede...

Autor: Arte Dian

MASOQ...

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

15 comentários:

  1. Não gostei, 5 estrelas.
    Also, tenho uma coisa muito importanti para dize:









    Vendo bolo.

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  2. garota vc escreve muito bem!!! eu adorei o suspense e o jeito que vc escreve,por mais que eu não tenha entendido muito o final não foi decepcionante, se vc continuar escrevendo aposto que pode ficar muito boa nisso.
    p.s.: já tem uma fã ;)

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    1. Oi!Obrigada pelo elogio *---*
      Eu sou a Arte Dian,mas eu tive um problema com meu e-mail original e tive que mandar pelo arte_dian mesmo aheuah.
      As piadas e as doideiras dessa história são baseadas nos comentários que são postados na página AjudaLuciano,e eu coloquei os que eu usei na história aqui:
      http://goo.gl/KYrvCx
      http://goo.gl/oUF3qJ
      http://goo.gl/haJGhT
      Obrigada pelo elogio,de novo *--*

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    2. Ah Nathali, como ce pode me enganar? ;-;

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    3. Desculpa ç.ç eu só me toquei que meu nome apareceria como Arte Dian depois de enviar ç.ç

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  3. Respostas
    1. São comentários postados na página AjudaLuciano :D
      Eles estão aqui:
      http://goo.gl/KYrvCx
      http://goo.gl/oUF3qJ
      http://goo.gl/haJGhT

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  4. Você escreve muito bem, boiei um pouco no final mas ficou muito bom parabéns.

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  5. Tipo assim...A escrita ta boa mas a historia em sí eu não entendi p... Nenhuma

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    1. Você conhece a página do facebook AjudaLuciano?
      http://goo.gl/KYrvCx
      http://goo.gl/oUF3qJ
      :3

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  6. Kkkkk, apesar de n ter entendido mt pqp uma capivara tava lá, a creepy me prendeu do inicio ao fim, mt boa a creepy.

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    1. https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpa1/v/t34.0-12/10578554_656666214448106_1855937975_n.jpg?oh=acbd8bfb77e2795c1cb094afbe895de3&oe=543C007A&__gda__=1413221146_bb23969fd3f3a68ab537910ad21e3a34
      :3

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