Primeiro gostaria de dizer que este é um relato enviado pelo meu brother Bart (dono do Segundo Olhar) e deixar claro que não é mentira. Não tenho como provar para vocês que é verdade, mas esse é um amigo de confiança e acredito nele. Leiam e tirem suas conclusões.
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Tudo começou na 7ª série.
Não me recordo bem quem começou com a conversa, mas me lembro que me chamou a atenção.
A tal da brincadeira do compasso. Eu já ouvira falar disso antes, mas como era muito novo, nunca quis saber mais sobre o assunto.
Logo, havia um pequeno grupo na minha classe que sempre falava sobre isso. E sempre alguém tinha uma história pra contar.
Descobri que haviam outros tipos de "brincadeira": a do compasso, do copo, da tesoura... mas ninguém tinha muita coragem pra fazer isso. Até que um dia, alguém do grupo sugeriu fazermos, na quadra, na hora do intervalo.
Foi improvisado, com o próprio compasso que seria usado, um tabuleiro Ouija em um caderno.
Um círculo com duas falhas: na falha da esquerda, escrito "ENTRADA" e na falha da direita, "SAÍDA". Na parte superior do círculo, o alfabeto completo, a letra "A" próxima a "ENTRADA" e a letra "Z" próxima à "SAÍDA". Na parte inferior, os números de 1 à 0.
O tabuleiro estava pronto. Um rapaz se apoderou do compasso e perguntava: "Tem alguém aí?"
Novamente: "Tem alguém aí?". O compasso se moveu. Pronto. Esse movimento do compasso, apesar de não ser verdadeiro, motivou à todos continuar com essas brincadeiras por todo o resto do ano, no intervalo.
Então o ano terminou.
Já na 8ª série, praticamente o grupo todo continuou na mesma sala. E claro, o assunto retornou com força total.
À princípio, fazíamos essa brincadeira pra assustar quem tinha medo e quem não acreditava.
"Olha fulano, o espírito do compasso disse que você vai morrer em 6 meses...". A pessoa corria, desesperada. E a gente morria de rir.
Até conhecermos as duas irmãs. Estavam em nossa sala, e viram a gente com essa brincadeira.
A mais nova, Juliana, era mais quieta. Conversava pouco, e quase apenas com sua irmã mais velha, a Milena, que falava muito, e sempre assuntos interessantes. E em um desses dias, Milena nos viu fazendo a brincadeira no intervalo.
"Vocês só sabem essa?" E todo mundo disse que sim.
Eu mesmo nunca peguei no compasso pra fazer esse tipo de brincadeira, não por medo, mas achava mais interessante ficar próximo, observando. E percebi que a irmã mais nova sempre ficava meio escondida por trás da irmã mais velha.
As duas passaram alguns dias observando nosso "contato" com o sobrenatural. Tudo falso, é verdade.
Então ela sugeriu: "Amanhã, nós duas faremos uma brincadeira diferente. É a da caneta.".
E todos ficaram olhando pra elas. "Brincadeira da caneta?" perguntei.
"É, muito mais sinistra, e muito mais perigosa. Nós duas fazemos constantemente em casa, e perguntamos várias coisas. E dá certo!".
"Ótimo! Mais uma brincadeira! Mesmo que não seja verdadeira, será muito legal!" pensei comigo.
Indo pra casa, me peguei pensando nessas brincadeiras. Qual seria a reação de todos se em um devido momento, algo verdadeiro acontecesse? Qual seria minha reação?
No dia seguinte, todos os envolvidos estavam eufóricos. É hoje!
No intervalo, fomos ao local mais reservado da quadra, onde ficávamos todos os dias. As duas irmãs se sentaram de frente uma com a outra. O tabuleiro foi feito na hora, no caderno de 400 folhas da irmã mais nova Com um único detalhe: havia uma outra marcação no tabuleiro, escrito "TALVEZ".
Pegaram uma caneta comum, e ficaram com as mãos direitas juntas, como se estivessem se cumprimentando, mas havia uma folga no aperto, e a caneta entre as mãos. Elas ficaram quietas, com os olhos fechados, e de repente a mais velha perguntou: "Tem alguém aí?".
Nada. "Tem alguém aí?". Nada. Logo pensei que elas nem sabiam disfarçar pra enganar os outros.
Quando rolou um olhar de descrença, novamente veio a pergunta: "Tem alguém aí?".
Elas acompanharam com as mãos a caneta até o "SIM".
Os burburinhos pararam. Eu mesmo não traguei o cigarro (havia começado fumar nessa série) e fixei o olhar.
Não pela caneta se movendo, mas pela cara de susto da irmã mais nova. Ela não sabia o que estava acontecendo.
"Qual seu nome?" a mais velha perguntou. E nada. A caneta parada no "SIM".
Após algumas perguntas, a caneta parada. Então a mais velha perguntou: "Quer sair?" E as mãos acompanharam a caneta até o "TALVEZ". Todos se olhando. E eu assustado com a cara de Juliana.
"Vá embora". E nada de movimento. A irmã mais nova estava segurando para chorar, e a mais velha olhando fixamente para a caneta.
"Vá embora". Nada.
"Vá embora". E as mãos acompanharam até o centro do tabuleiro improvisado.
No meio do tabuleiro, as irmãs deram uma folga maior para a caneta. Ao invés de tombar para algum lado, a caneta estava em pé. E de repente, a caneta se afundou no caderno, furando o caderno. Sem impacto. Sem distância. Todas as páginas. Até a capa.
Todos viram. Eu vi. Quem estava presente se afastou, a irmã mais velha soltou um grito, e a irmã mais nova desmaiou, num baque seco no chão.
Todos se afastaram. Socorreram as meninas. "Queima o caderno, queima ele!" a Milena gritou, segurando a irmã nos braços.
O único que estava com isqueiro era eu. Puxei o caderno fora do movimento de pessoas, e percebi que a carga da caneta havia estourado. Só ascendi o isqueiro e vimos a brincadeira queimar.
Nunca mais brincamos disso. Nunca mais conversamos sobre isso com as irmãs.
Engraçado, é que mesmo depois de tanto tempo, às vezes ainda sonho com isso.
Relato de: Bart Fabri
Eu lembro de um caso que meu professor viu qdo pequeno.
ResponderExcluirEle tava na sala, estudando como todo mundo dali. Então, um dos meninos da sala pediu pra ir no banheiro.
No corredor,algumas meninas estavam fazendo a brincadeira do compasso numa tabua de madeira velha.
Tudo tava bem normal,até que…
Pouco tempo depois o garoto voltou sem ar de tanto correr para a sala. A professora tinha perguntado o porque daquilo, e ele não conseguia explicar,só apontava para a tábua partida ao meio no corredor.
A professora então tinha ido correndo ver o que era, todo mundo em completo silêncio na sala.
Então,a diretora veio,num ar amedrontado, pedir para todo mundo ficar na sala, e não sair de jeito nenhum.
Assim seguiu até a professora voltar, exausta e pálida, para a sala.
No dia seguinte, a diretora finalmente tinha explicado do surto de uma das alunas; o que ela não sabia é que ela e as amigas dela(que não tinham ido pra escola no dia q a diretora explicou, não se sabe porquê) estavam mexendo com aquela tábua velha riscada com as palavras de uma Ouija.
Pelo que sei, o professor só sabia que elas estacam mexendo com aquilo pois tinha olhado vagamente pela porta no começo da brincadeira.