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BOTE SUA PAMPERS E DEGUSTE!

Você já deve ter ouvido falar de sites como NormalPornForNormalPeople.com e 4MealsOfTheday.net. Se você é um adorador de creepypastas, muito provavelmente deve conhecê-los, e deve ter ciência de que suas histórias envolvem experiências com diversos vídeos extremamente perturbadores. Aliás, perturbador... esse é um adjetivo excelente para caracterizar minha experiência recíproca com a de quem contou as salientadas histórias.

Não, se acalme. Você, sendo um leitor assíduo de creepys, certamente não cairá nessa de novo. Todos sabem que 4MealsOfTheDay.net é uma farsa e, mesmo que NormalPornForNormalPeople.com exista, há um gigantesco breu separando o post do Creepypasta Wikia da realidade. E é por isso que, no final de meu relato, comprovarei cada um de meus dizeres.

Inegavelmente eu estava tendo um dos piores inícios de semana da minha vida, onde uma segunda e uma terça-feira compuseram-se de um completo caos. Mais precisamente, eu havia recebido as provas do último período e o resultado não passou de uma catástrofe irreversível, de notas tão ruins quanto uma produção de ficção do Syfy. Então, na quarta, o maldito do Juan veio me foder de vez.

Ele veio em minha direção com as mãos na boca, na tentativa de esconder o sorriso malicioso que carregava no rosto. Ao passo que se aproximava, certificava-se de que não tinha ninguém por perto, demonstrando que, seja lá o que ele fosse contar, deveria manter sigilo. Graças a sua incontrolada e constrangedora risada aguda de hiena cancerígena, sua falha nessa quesito fora eminente (porque acredite, uma hiena com câncer atrai atenção), mas ao dar-lhe leves tapas nas costas, ela enfim cessou para que meu ilustre amigo conseguisse dizer o que queria.

Pegou-me em sobressalto, pois não se estendeu muito; pelo contrário, fora mais objetivo que o esperado: contou-me sobre um site terrivelmente assustador, o qual tivera o "prazer" de conhecer na noite antecedente. Ok, o cara é o meu melhor amigo, mas não me faria cair nesse truque de novo.

Há 7 anos atrás, quando éramos meras crianças na beira da adolescência, ele chegou até mim da mesma forma, explicando sobre um novo jogo que fazia muito sucesso. Por gentileza, suplico que contenham o poder julgador de suas vozes perante o que virá a seguir... Bem, é que ele descreveu o jogo como "simples e desafiador, onde deve-se carregar um quadradinho por um labirinto, sem bater nas paredes".

Creio que todos já tenham compreendido do que se trata. Entretanto, o desinformado que vos escreve, tinha conhecimento nulo das consequências de aceitar o desafio que o jogo propunha. Os fones próximos do ápice do volume, a surdez explodindo em meus ouvidos (coisa que comumente fazia, pois era assim que eu gostava de ouvir metal), e então eu parei tudo naquele momento para jogar. O resultado subsequente, resumiu-se em uma queda: cadeira, monitor e dois braços quebrados; cólera materna, entre outros malefícios cuja a jogatina acarretou.

Eu me recordo perfeitamente o quanto ambas as mães ficaram irritadas e decepcionadas. Isso me indignou, afinal era insensato minha mãe se posicionar desta forma, quando seu filho era a vítima. Foram árduos 20 dias com os braços engessados e a vida limitada. Ademais, lembro de ficar extremamente chateado com Juan (mesmo ele tendo um arrependimento sincero, a ponto de chorar). E foi por isso que, quando as palavras começaram a voar de sua boca e cobrir-me de memórias, eu o alertei e disse que já bastava de ser filha da puta comigo.

Não muito dera início aos protestos, já me contive. Notei a feição mudar no rosto de Juan, passando de risada imatura à pose pensante - do tipo que se perde na mesclagem de uma memória feliz, mas simultaneamente triste por lembrar a felicidade passada. Aquilo me tocou de alguma forma, porque era um tanto incomum, vindo de um cara como ele.

Nesse ponto as coisas tomaram outro rumo. Um rumo importante.

Consolou-me o ombro à três tapas contínuos e confortantes, e deu algumas gargalhadas tremulantes. Foram ações um pouco assustadoras na minha concepção, porque ele parecia um sadomasoquista que em breve torturaria sua vítima. É... não que ele não o tenha feito, mas apenas não o fez fisicamente.

Quando ele começou a dizer o "verdadeiro conceito de perturbador" oferecido pelo site, a história continuava num clima frio, no fundo do poço da veracidade. Assim se dava pela imensa quantidade de características clichés que ele atribuía à página inicial do dito cujo - arrepiante, tenebroso, fodidamente horripilante - junto, é claro, com seu tom de voz natural, por sinal, um tanto quanto bizarro para o sentimento que sua expressão oferecia. Entretanto, meu inóspito narrador deu início a descrição do único conteúdo que aquele site - de nome impronunciável - possuía: 30 minutos de uma cena... indescritível? Um provável sim lhes é proposto, o que seria bem cabível, falando sinceramente.

"Eram dois... dois deles e... foi horrível. Horrível? Cara, eu nem sei se posso dizer isso, foi estranho, incomum. A verdade é que me faltam adjetivos para essa merda. Pode parecer meio sacanagem te pedir isso, meu grande amigo, só que alguém precisa ver o que eu vi. Alguém precisa me beliscar e me acordar desse pesadelo. Esse cara é você! Eu vou te passar o link e me prometa que vai ver, fechado?"

Eu aceitei. Aceitei por realmente, em nenhum momento, acreditar em coisa alguma do que ele falara. E, como já previsto, foi um erro terrível.

Horas mais tarde, eu estava em casa, frente ao meu computador. Outrora em minhas mãos, as folhas de todas as matérias cujo eu havia me afundado no mundo da recuperação pairavam lentamente pelo céu do meu quarto, até enfim cederem ao chão. Na tela, uma página em branco do Google Chrome; na mente, a vontade de não acessar o clamado site. O link estava há um clique, bastava somente ir na guia do meu chat com Juan e tudo estaria feito.

Metal desligado, fones no mudo; os dedos não podiam mais hesitar. Ao lado do estranho e -ressaltando - impronunciável link, a circunferência azul girava, confirmando que estava carregando. O meu destino rumou de forma mais veloz, considerando que, diferente do que o amigo mal-feitor descrevera, nenhuma página inicial "horripilante" me recebeu, mas sim um vídeo. Somente um vídeo em uma tela branca.

Perdão, é aqui que eu paro. É aqui que dou fim a este doloroso relato. Hipocrisia ateísta, mas louvado seja Deus, que me permitiu unicamente ver aquilo, sem som - e nem quero eu imaginar se tivesse. Eu conversei com o Juan. Ele disse que eu tive sorte de não ter ouvido o áudio, pois teria sido duplamente pior.

Aquelas duas criaturas...

Embora - para sua sorte - o site tenha sido tirado do ar (creio eu, por motivos óbvios), algum inescrupuloso optou por gravar o áudio. Jaz abaixo a prova de tudo isso.

Apenas tenha cuidado.

A PROVA

Autor: Leon Leonidas

O Dollynho fuma crack,
O Capeta gira as bola.
Se tu me plagiar,
Tu vai pegar Ébola :3

TEVE CORAGEM DE CLICAR?

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA TARDE