sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Belezas Selvagens





Ela era realmente linda, mesmo naquela noite fria de inverno

Brenda, pele branca, quase pálida, lábios macios, olhos de um olhar calmo e sereno. Sua aparência não parecia demonstrar que ela tinha mais que 21 anos, isso devido a sua juventude estampada em seu corpo, um corpo de moça e de mulher, daquele tipo que qualquer homem feito se o tivesse nos braços, se sentiria mais jovens. Um corpo "quente e sensual" pelos quais os jovens universitários se matariam para usufruir. Sim, ela era realmente linda, fazendo aquele tipo meio casto, uma vez que não se exibia obscenamente, mas também não tão inocente a ponto de se cobrir de panos. Não, ela usava um casaco com decote para favorecer os seios perfeitos, uma calça jeans branca com as pernas de uma ninfa, . O cabelo era negro, liso e denso como se fosse feito de carvão em fios, que desciam sobre o busto . Ela caminhava  na noite escura, com a bicicleta em mão, bela e sozinha em meio a neve que ainda terminava de derreter sobre a calçada e as árvores, mas ainda sim, com os olhos extremamente calmos.

E enquanto a mim ? Bem eu, Croatoan, a observava de longe, não a desejando é claro, só curioso com histórias que eu ouvi e com um certo boato sobrenatural que rondava o lugar. Estava só vagando acima dentre as árvores escuras com as copas brancas pela nevasca da outra semana do lado da esquerda da calçada sem fazer barulho, apenas estreitando-a em meio a pequena mancha de floresta cortada pela estrada.

Foi ai que luzes de um farol apareceram sobre o asfalto iluminando a garota de roupas claras, e logo veio uma voz vinda do veículo, que era uma bela e moderna caminhonete preta :

— Ei, aceita uma carona moça ? Está muito frio ai fora— disse o motorista, um rapaz pouco mais velho que ela. Ele também era muito belo, com um cabelo castanho, rosto limpo e anguloso, roupas escuras que lhe caiam bem ao porte físico e olhos hipnotizantes. Certamente o tipo de quase qualquer
Ela se aproximou da janela.
— Não, obrigada, eu tenho que levar a minha bicicleta comigo.
—Ah, que é isso gatinha, tem muito espaço ali atras.
—Eu não sei...
Ele desceu do carro e ela pode perceber que ele sequer usava algo por cima da camisa, como se o frio não o afetasse.
— Oi, meu nome Tommy— disse ela se apresentando
— Olá, meu nome é... — ela ponderou um pouco—Brenda.
—Então, Brenda, eu também estou indo para cidade, então não tem mal algum eu te dar uma carona.
— Ok, está bem. — disse ela sorrindo sem graça mordendo o lábio— se você insiste.

Eles colocaram a bicicleta na carroceria e entraram se sentaram na frente. Ela percebeu que o aquecedor não estava ligado e ao indagar se ele não estava com frio, Tommy apenas disse que não se incomoda com esse tipo de coisa. Tommy perguntou onde ela morava e ela disse que na cidade, acrescentando que nunca vira Tommy lá antes. Ele respondeu que estava só de passagem, mas que agora tinha um bom motivo para ficar. O rapaz também fez perguntas, como para onde era para deixa-la e ela disse que na zona dos portos já estava bom.

Os jovens conversaram um bastante na quase uma hora que passaram juntos e ele a fez rir bastante, mas o jovem Tommy não tirava os olhos do incrivel corpo de Brenda e com olhares furtivos via os estranhos e calmos olhos da garota. Em toda a sua vida, nunca vira olhos como aqueles e nem com toda a sua experiência, nunca havia encontrado uma garota que o fizesse sentir incomodado assim. Era como se a presença dela o deixasse estranho, como se sentisse calafrios e um certo vazio gigantesco, sensações estás que fazia vários anos que não sentia.

Ela também o fez sorrir e de certo modo gostava do jeito dele e o achava inigualavelmente lindo, era como tivesse encontrado uma pessoa diferente das que estava acostumava ver, porém sentia que lá no fundo talvez ele só quisesse ter uma transa com ela e cair, por quê com toda a sua experiência, sabia que os homens eram na sua maioria, movidos pelos seus hormônios e por isso tinha de usar seu corpo como uma arma. Mas ainda sim havia algo de diferente nele que nunca viu em outro cara antes, algo como um ar de mistério , mas não do tipo sombrio, e sim do tipo sedutor e charmoso.

Tommy viu uma trilha no que saia do asfalto, que ia em direção a floresta e entrou nela com o veiculo, o que fez Brenda questionar a atitude dele.

— Onde estamos indo.
Ele sorriu com o canto da boca de maneira quase satisfatória dizendo :
—É um... atalho.

"Como poderia saber de um atalho, se ele nem mora aqui  ? " pensou ela.

Eles foram adentrado a floresta escura, com o contraste branco da neve sobre os faróis com a noite escura que projetava sinistras sombras sobre as árvores de troncos marrons cobertos por lodo. Eles rodaram durante um certo tempo, até que as rodas que rasgavam o chão úmido, começaram a desacelerar e a camionete parou.

— O que aconteceu ? Foi a gasolina ?— perguntou a garota.
—Acho que não— disse ela— Você poderia descer e dar uma olhadinha no capo.
—Claro— disse ela— mas creio que não serei de grande ajuda.
— Não, é só para saber se não está saindo fumaça nem nada.

A bela garota desceu e caminhou com sua botas até a frente do carro. Iluminada pelos faróis ela parecia até ser feita de mar mármore. Ao checar o motor, percebeu que nada, na opinião dela parecia errado, mas ao olhar para o para-brisa, percebeu que Tommy havia sumido.

Ela chamou e chamou pelo nome dele, mas ele sequer deu um sinal de vida. Brenda começou a andar para todo o lado, até que de repente ouviu algo pesado cair no chão atrás dela. Com olhar estático ele se virou e lá estava ele. Tommy, com um olhar de fera.
— O que...
— O que está acontecendo gata ?— disse ele retoricamente— Eu sou...

 O lindo jovem sorriu e seus suas presas cresceram longas e afiadas e seus olhos ficaram com as íris vermelhas como sangue.

—... um vampiro e você é o meu jantar.

Ele saltou e avançou sobre ela com a fome de sangue voraz que só um sanguinolento vampiro teria. Ele era forte, rápido, louco e faminto. Tommy segurou seus braços e virou a cabeça para traz  para abocanha-la com suas presas mortais e num veloz movimentos cravou seus dentes no pescoço de Brenda.

A garota estaria morta...
... já não estivesse.

Ar. Ar frio, foi o único gosto que ele sentiu. Diante de seus olhos vampiricos a linda garota desapareceu do nada. Ele ficou confuso, até que ouviu um risada atraz dele. Ao se virar ficou paralisado de medo.
Brenda estava ainda mais pálida, como um cadáver e flutuando a centímetros do ar, como se não pesasse nada.

— E eu... Eu sou um fantasma.

Ele tentou correr, mas suas pernas não se mexiam. Só sobrou foi tremer de medo e esperar o pior.

—Que é isso vampirinho, vai fraquejar logo agora ?

Ela enfiou a mão no peito dele, onde pode sentir o coração do morto-vivo e o apertou o fazendo gritar de dor.
— Eu pensei que tinha feito essa coisa morta voltada a bater.— disse sorrindo com um diabo.

O belo vampiro estava assustado, mas podia piorar. Ela foi junto a ele e o beijou, porém não foi um bom beijo, como recém namorados, foi um beijo como se ela sugasse a boca dele. Ele tentava afasta-la, mas suas mão atravessavam o corpo ectoplasmático dela. O rosto dele começou a secar e esse efeito se espalhou por todo o seu corpo como se ela sugasse sua força vital. Finalmente ele ficou murcho como uma passa e seu corpo definitivamente morto caiu no chão.

Brenda desceu do ar e a sua palidez de fantasma sumiu. A bela Brenda pegou a bicicleta da carroceria da camionete se saiu sorridente  pela trilha no meio da neve, sendo somente iluminada pelos faróis da camionete ainda ligados. Ela deixou seu rastro no manto branco do chão, indo provavelmente, voltar a assombrar aquele estrada. Nunca se esqueceria do inocente e belo vampiro, e até hoje quando se lembra, ria do caso






Como disse antes, eu acho, nas minha muitas andanças pela terra eu já vi muitas coisas bem curiosas, e uma delas, é quando eu fui ver aquela fantasma e acabei  me deparando com o engraçado fim de um vampiro inocente. Ambos eram belos, mas nem sempre dá para se confiar nas aparências











VOCÊS PODEM ATÉ NÃO ACREDITAR NO SOBRENATURAL
MAS ELE ACREDITA EM VOCÊS...

BOM RESTO DE VIDA !

6 comentários:

  1. Inocente? Esse vampiro não tem nada de inocente.

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  2. ok vampiros tem medo de fantasmas!!!! ótimo saber disso.... amei a estoria ;)

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  3. Croatoan e seus contos... Uma das poucas coisas que ainda consegue me alegrar nesta merda de vida...

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  4. Eu me confundia ali quando a fala era do vampiro dai saia um ela (loanding...)
    tbm ficava na duvida qm sera q e o mal da historia no final foi os 2:v

    Ps: so nova aki n tao nova pq eu ja lia as creepy so tinha preguiça d fazer a conta :*

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  5. irônico esse final, morto-vivo morto por uma morta :3 adorei do 10

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