sábado, 6 de setembro de 2014

Riley-Day - Um Conto Sobre Dor


BOTE SUA PAMPERS E SINTA... DOR...


Ontem, após muito mofar, o blog voltou às atividades. Nisso, o simpático blogueiro que vos escreve, Leon, fez uma matéria sobre a assombrosa Síndrome de Riley-Day. Hoje, estamos com esse post para compartilhar um conto do nosso amigo e parceiro Vawich Bach, do The Dark Dictionary, em parceria com o Predomínio - já que o conto é uma espécie de complemento da matéria de ontem. Sim, tem a ver com o mal de Riley-Day e... é gore!

Bom, degustem!
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Nascido sem dor, mas de forma alguma sem sofrimento, vivia o pequeno James. Pequeno, mas de nenhuma forma jovem. Com vinte e dois, raciocínio quase lúcido, aparentava os nove. O mal de Riley-day, a falta de dor, isso sim era a real dor.

Sua aparência estranha causou exclusão de uma possível vida amorosa, sua baixa esperança de vida o jogou para fora do espectro de aproveitamento. Inútil, esquecido, às custas dos pais que aprenderam a odiá-lo. Este era do dilema do jovem que, ao se cortar desesperadamente, esperava sentir algo.

Algo mais que os sentimentos. Pois estes lhe eram estranhos, e extremamente dolorosos... tal como deveriam ser os cortes. Mas a privação de dor é uma maldição eterna, que carregará para o túmulo. Infelizmente, seu mal não morre com ele... Milhares como ele, desejando a dor e a morte, cortam as artérias pelas quais fluem vida, e delas fazem escorrer morte. Esse é o destino de quem tem o que muitos cobiçam. Pois cada bênção é em natureza uma maldição, e traz consigo outras dores.

Por vezes, essas dores não podem ser sentidas, nem percebidas, e por si só esta é a maldição do cego. Pois, assim como quem nunca viu nada não conhece a visão, mas anseia por ela, assim é com os indolores cortes em busca de algo, que não sabe se é temível ou bom.

Com a faca serrada agora, a mutilação segue para o outro braço. Louco, James sente o braço fraquejar. É um passo à frente em direção à dor, mas ainda nada fora atingido. O êxtase da faca virgem atravessando a carne, e da visão escurecendo um pouco é maravilhoso para o homem-garoto. Pois nesse momento acreditava estar perto do cume de sua vida. Mal sabia ele que este nunca fora alto, e sua loucura era já o declínio que se seguia.

Frustrado por não atingir a dor, um segundo corte. O cheiro nefasto de sangue era já intenso, e cambaleando já, procurou pegar agora a serra de amputação. Cortando lentamente o braço esquerdo, esperava agora sentir algo, bom ou ruim.

O osso cai morto, envolto em seu véu vermelho. Os cortes pequenos de nada se comparavam ao estrago deste, que agora causa uma agonia extrema. Caído no chão contempla o sufocamento pelo cheiro desnorteador.

"Uma artéria..." pensou James. O braço não parava de liberar o líquido quente, que lentamente no chão se tornava mais negro. A visão fecha, não junto com os olhos... a dor permeia o local. Não dor atingida por este ritual profano, mas sim a dor pela perda e morte de uma pessoa.

Sabendo que logo seria esquecido, James contenta-se no inferno. Pelo menos a dor ele podia sentir agora. E com um riso maníaco, ele se deleitava com as torturas.

Autoria: Vawich Bach
Confira a história no: The Dark Dictionary

DOR... VENHA!

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA TARDE

2 comentários:

  1. No inferno a gente pode rodar o pinto na frente do capeta?

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  2. Não sei, mas acho que eles não proíbem de falar "ai q dlç kra" quando enfiarem uma brasa no cu de alguém

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