sexta-feira, 4 de julho de 2014

Japão do Medo #14: Caso Junko Furuta


BOTE UMA PAMPERS DE TITÂNIO!

Estamos de volta!

Não, fera, não é do blog que to falando, é do Japão do Medo! A nossa série que conta sobre lendas, casos sinistros e até creepypastas da terra do sol nascente, que ficou parada durante... é... algumas décadas aí. Irrelevâncias à parte, voltamos e já de cara um post interessante, principalmente para quem curte casos de crime.

FLANGO POULA!!!

O "pampers de titânio" no início deve ter dado uma dica de que é uma parada mais pesada... E é mesmo! Eu já li sobre vários casos de crime e, com certeza, esse não é um dos mais hediondos que vi... É o mais hediondo. Nunca li nada tão tenso e pesado!

Foto de Junko Furuta, vítima do caso que abordaremos abaixo.

A morte de Junko Furuta ficou conhecida como "O Caso da Colegial Concretada" (por motivos que vocês virão a entender eventualmente), e entre novembro de 1988 e janeiro de 1989. 4 rapazes a sequestraram: Shinji Minato, Yasushi Watanabe, Tetsuo Nakamura e Koichi Ihara (além disso, houve participação de dois cúmplices: JÃ Ogura e  Hiroshi Miyano). Em seguida, a colegial foi levada para a casa dos pais do menor JÃ Ogura (distrito de Ayase Adachi, Tóquio), onde foi mantida em cativeiro durante 44 dias.

Foi uma ação bem planejada; um dos sequestradores forçou a garota a ligar para os pais e dizer que estava fugindo de casa com um amigo, mas que estava bem, o que não levantaria qualquer suspeitas de um crime. Embora os pais de JÃ não tivessem acreditado na mentira do filho - que disse que Junko era sua namorada - eles optaram por aceitar a "hospedagem" da garota em sua casa, fato que se deu por um dos sequestradores ser membro da máfia japonesa yakuza e ter ameaçado a família.

Jã Ogura, na época com 18 anos.

Hiroshi Miyano, na época com 18 anos.

Não faltaram tentativas de fuga de Junko, no entanto todas em vão. Na maioria delas, a menina apelava e suplicava aos pais de Ogura que a deixassem ir, mas o medo de serem atacados pela Yakuza era grande, então ignoravam-na. Hiroshi era o rapaz da Yakuza, era apenas um líder de baixo nível, mas tinha poder suficiente para causar caos e sofrimento.

Pior que isso - e revoltante também - é que os jovens afirmaram que 100 pessoas tinham ciência de que a garota estava ali (não se sabe se chegaram a cometer as mesmas barbaridades dos sequestradores ou se mesmo chegaram a vê-la na casa). Junko sofreu tanto que chegou a pedir, quando eles não a deixavam ir, para "matá-la e acabar com isso".

Casa onde Junko Furuta foi mantida em cativeiro.

Se fosse um caso como qualquer outro de sequestrar a vítima e matá-la... Torturas acontecem, mas o que foi relatado... O relatório do julgamento revela que a garota foi estuprada mais de 400 vezes (400!!!); espancada com diversos objetos (varas de metal, tacos de golfe); teve introduzido em sua vagina e ânus vários objetos estranhos (de lâmpada a fogos de artifício); foi forçada a comer baratas, beber sua própria urina e masturbar-se. Ademais, teve um mamilo cortado com alicate e foi queimada com isqueiros e cigarros - em um dessas ocasiões, porque chamara a polícia.

Abaixo você terá uma linha temporal contendo as principais torturas, coletadas por meio de um processo tribunal:

Dia 1: Junko é sequestrada e mantida em cativeiro. É obrigada a mostrar-se como namorada de um dos rapazes (como você viu acima, JÃ Ogura) e a também ligar para seus pais, dizendo ter fugido de casa. Mais tarde, é estuprada, obrigada a comer baratas, beber a própria urina, a despir-se, a se masturbar e por fim é queimada e tem objetos penetrados na vagina e ânus. E isso só como início da tortura.

Dia 11: É espancada várias vezes, tem sua face empurrada contra o concreto, as mãos amarradas ao teto e o corpo utilizado como um saco de pancadas. Junko sangrava tanto pelo nariz que só conseguia respirar pela boca. Halteres foram jogados contra seu estômago, vomitou quando tentou beber água (pois seu estômago não conseguia aceitá-la), tentou fugir e foi punida com queimaduras de cigarro nos braços. Um líquido inflamável foi derramado em seus pés e pernas, queimando-os, e garrafas foram inserida em seu ânus, causando ferimentos.

Dia 20: Não conseguia andar direito devido às queimaduras graves nas pernas. Fogos de artifício foram introduzidos no ânus e acesos, suas mãos foram esmagadas por pesos e as unhas se racharam. Não bastante, foi espancada com tacos de golfe, varas de bambu, barras de ferro e teve cigarros e espetos de grelhar frango inseridos na vagina e no ânus, causando hemorragias. Ao final do dia foi forçada a dormir na varanda, no frio.

Dia 30: Teve cêra quente espirrada no rosto, pálpebras queimadas por isqueiros e agulhas transpassadas nos seios. Foi obrigada a arrancar o mamilo com um alicate, lâmpada quente e tesoura foram inseridas na vagina, causando hemorragia grave. Ao final da tortura diária, era incapaz de urinar adequadamente e seus ferimentos eram tão graves que demorou mais de uma hora para rastejar pelas escadas até o banheiro. Seus tímpanos ficaram seriamente danificados e houve uma extrema redução no tamanho do cérebro.

Dia 40: Implorou aos torturadores que a matassem e acabassem logo com "aquilo".

01/01/1989: Junko saúda o Ano Novo sozinha e com o corpo mutilado. Não conseguia mais se mover.

Dia 44: Tem o corpo mutilado com uma barra de ferro pelos quatro rapazes, que usam um jogo de Mah-Jong como pretexto. Sangrou pela boca e nariz e queimaram seu rosto e olhos com uma vela. Por fim, derramaram fluído de isqueiro em suas pernas, braços, rosto e estômago, e depois a queimaram. A tortura final durou duas horas.

Esta última acabou causando a morte de Junko, nesse mesmo dia. Junko morreu - logicamente - com muita dor e solitária, mas, por outro lado, pode-se dizer que ela finalmente teve paz, porque o que essa guria sofreu... E, no nível mais alto do cinismo, os garotos alegaram não ter ciência do quão machucada e doente Furuta estava, achando assim que ela fingia toda dor que sentia. Desta forma, eles pegaram seu corpo e puseram em um cilindro de 55 galões cheio de cimento, livrando-se dele no distrito de Koto, em Tóquio - fato este que fez o caso ficar conhecido como "O Caso da Colegial Concretada".

Após a morte de menina, a mãe ficou a par de todos os detalhes das torturas as quais sua filha fora submetida e isso a fez desmaiar e passar por um tratamento psiquiátrico ambulatorial, pois as sequelas deixadas pelo o que lhe fora contado foram enormes.

E o que houve com os garotos?

Embora afirme-se que foram julgados como adultos - e foram, por causa da imensurável gravidade de seus crimes - suas identidades acabaram por ser mantidas em segredo ante a manipulação da Lei Japonesa quanto a crimes cometidos por menores. Não por isso, a regra foi quebrada: A revista semanal "Shukan Bushun" revelou o nome dos autores, visto que "os direitos humanos não são necessários para as bestas."

Possível imagem do jornal, na época do crme.

No julgamento, os autores assumiram-se culpados (para reduzir a pena) de "cometer lesões corporais que resultaram em morte", ao invés de assassinato - o que não ajudou muito. JÃ Ogura cumpriu oito anos de prisão juvenil antes que fosse solto, em agosto de 1999. Ademais ele, assim como Miyano, mudaram o nome: Ogura para Jo Kamisaku e Miyano para Hiroshi Yokoyama. Os pais de um dos meninos, teve também de vender sua casa e pagar 50 milhões de ienes para a família Furuta.

Ryuji Yanase foi o juiz que julgou os criminosos, e em junho de 1990 aumentou as penas dos mesmos. Só o líder foi condenado a 20 anos de prisão (não mais do que merecido); a maior pena antes da prisão perpétua. Ele admitiu ter feito isso por causa da natureza do crime, o efeito de tal sobre a família da vítima e até mesmo sobre a sociedade.

A família Furuta teve alguns inconvenientes durante o processo contra os garotos - e seus respectivos pais -: Um exame constatou que o sêmen encontrado na estudante não pertencia a nenhum dos sequestradores (o que cogita a possibilidade de um - ou alguns - dos 100 indivíduos que sabiam do cativeiro da garota terem abusado dela). Esse fator fez o advogado da família abandonar o caso.

Bom, uma parcela dos leitores já deve ter ouvido falar dessa cidadã e de seu caso brutal. Tudo bem, vocês estiveram cientes de como foi torturada e do quanto sofreu, Junko Furuta. Todavia, há um segundo lado da história que deve ser exposto.

Junko era aluna de uma escola de má reputação, repleta de delinquentes. Faltava constantemente suas aulas por nenhum motivo importante e saía com muitos rapazes diferentes. Seus pais e professores, já cansados de sua má conduta, não tinham mais vontade de orientá-la.

Por ter o costume de passar noites fora sem avisar ninguém, o mandado de busca só foi pedido por seus pais na segunda noite, e testemunhas oculares a viram entrar em um táxi junto a um dos rapazes que a violentou indo em direção de um Motel naquela noite. O rapaz não portava nenhum tipo de arma que pudesse ser usada para ameaçá-la no momento e se ela quisesse, poderia ter fugido. Acima de tudo, sua reputação era péssima e muitos disseram que a garota tinha hábitos suspeitos, além de costumar enturmar-se com membros da Yakuza.

No Japão, os pais usam essa história como uma fábula para as crianças não irem para o lado negro da força e acabar como Junko... Enfim...

Há uma música sobre a morte de Junko, chamada "Taion", da banda japonesa The GazettE:



Sim, o caso é bem famoso, tem um filme japonês também e... se você você for forte, veja algumas imagens do longa:





Referências: MedoB e PasdeMasque




Semana que vem, tem mais Japão do Medo \o/

COMENTE, OPINE, DISSERTE!

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE


LEIA ISTO POR FAVOR:

Caso você não compreenda alguns comentários irritados abaixo, saiba que eles não são malucos nem sem razão. Estou redigindo este texto ao final desta postagem em 6 de maio de 2021, após excluir um trecho que havia logo abaixo da última imagem, consistindo em um texto opinativo de péssimo gosto, que eu havia escrito em 4 de julho de 2014, quando lancei a matéria no ar (na época este blog estava ativo, hoje está deitadinho dentro de um caixão com tampa de vidro, uma bela vitrine por onde se vê a história de tanto tempo e dedicação). Eu realmente sinto muito desgosto das palavras uma vez escritas aqui, era uma baboseira que eu na verdade copiei da postagem do Medo B sobre "culpa da vítima" que fazia porra de sentido nenhum (vocês vão até me ver me desculpando nos comentários quase um ano depois, mas foi uma péssima desculpa haha). Eu resolvi excluir porque era muito cruel e insensível, ninguém merecia ler (nem ter lido) após um conteúdo tão escabroso quanto o desse caso. Eu estou me pronunciando só para contextualizar os comentários e não deixar ninguém perdido. Enfim... um beijo do futuro, no meio de uma pandemia, de um pesadelo que de fato se tornou real (mas to com a cabeça no lugar pelo menos mais ou menos também hein).

Bem, que os nossos sonhos se tornem reais...


21 comentários:

  1. POHA ;-; POHAAAAAAAAAAAAAAA ;---------; tadinha ;u;

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  2. Bug do caralho:: Nossa gente, quanta criatividade para torturar uma pessoa, eu so teria crussificado ela de cabeça para baixo e enchido. a barriga dela de larvas enquanto cortava lentamente membro por membro com uma faca embebida de pimenta e sal. Mas enfim, ninguem mandou ela se meter com os yakuza, eles exitem desde o tempo feudal, na época dos Samurais, eles são fodas.

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    1. Meu kaps lock ta com defeito, imaginem isso tudo com letras. G. R. A. N. D. E. S

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    2. você é doente seu animal, eu juro que se algum dia eu te achar, eu te mato e te torturo da mesma forma que eles fizeram com ela, até pior, seu doente, vai arranjar o que fazer desgraçado, tomara que um carro passe por cima de você e te esmaga até não sobrar nenhum osso seu, nojento.

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  3. Já li sobre esse caso antes, mas devo admitir que não fiquei "O.O" nem nada, mas não deixa de ser hediondo; ela merecia no máximo uma surra dos pais e um castigo ferrado, não 400 estupros e esse monte de torturas ._.
    Enfim, mais uma coisa:
    "Nunca aceite a proposta do Darth Vader"
    Fudeu.
    Nos jogos da LucasArts, sempre que tinha essa opção, eu virava Jedi e me tornava fortíssima… pra depois trair os rebeldes e virar Sith.

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  4. Ela deve ter aprontado alguma com algum membro da Yakuza, o Guri q participa deve ter oferecido algo em troca da ajuda dos outros pra f*der com ela... É uma possibilidade...

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    1. Não importa se ela aprontou alguma coisa com eles, eles não tem o direito algum de fazer isso com ela, seu doente.

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  5. "da máfia chinesa yakuza " . Cara, a Yakuza é a máfia japonesa e não chinesa !

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    1. Putz, valeu por citar esse erro grotesco meu, Helter.

      Corrigido!

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  6. terrivel mesmo , mas de qualquer forma é ser humano também e não deveria ser tratada dessa forma, tinha que serem julgado a pena de morte >~~< se é que existia aquele momento

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  7. Nossa....realmente me fez pensar, ótima postagem, pois vc mostrou os dois lados da moeda

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    1. A menina foi estuprada mais de 400 vezes, além de outras milhares de torturas simplesmente por não se comportar bem e sair com muitos caras (ninguém conta as parceiras que os garotos normalmente tem em um ano ,né ? (: ) e você acha que tinha mesmo que 'mostrar os dois lados' ??? Por favor, vá se tratar.

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    2. Sinceramente? Eu me expressei de uma forma bem escrota, tive até vergonha lendo esse texto que escrevi no fim do post. Mas o que eu quis mostrar é: na vida, se faz escolhas, e estas têm consequências.

      Por outro lado, a lição verdadeira desse caso é: o ser humano é cruel. Cara, eles, além de se desumanizarem, desumanizaram a garota. Torturaram ela até transformá-la na decadência da vida, até jogarem fora tudo o que ela pensava de bom do mundo, até ela achar que humanos são animais famintos para machucar. Embora a acusação de que 100 pessoas sabiam disso não tenha veracidade comprovada, você imaginar que elas sabiam de algo assim e não contaram é terrível (se bem que... tinha a yakuza metida né).

      Esse caso foi bárbaro, esse caso expôs a crueldade humana, expôs a deturpação do conceito "justiça" e... me chocou, te chocou, chocou todo mundo.

      É por isso que nós dizemos "não tenho medo de morrer, tenho medo de sofrer". Ter medo de morrer é medo do desconhecido, e de sofrer também... porque você não sabe a que ponto um indivíduo pode chegar em te fazer sentir dor.

      Não há dois lados, apenas crueldade. Mas a reflexão sobre as escolhas da vida é sugerida por minha parte...

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    3. mesmo você se desculpando continua sendo um grande escroto, não importa se ela fez alguma coisa, eles não tem o direito de fazer isso com ela, você está ficando doido mano

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  8. Há pouco tempo li sobre o caso e fiquei de cara,ou melhor, com o estômago embrulhado!
    Depois de pesquisar caí de para-quedas em seu blog e fiquei pensando em uma coisa: depois de tanto tempo é natural que venha mais histórias até de gente que não sabe nada,mas enfim será que teve esse lado dela de jovem desasjustada?? Complicado né?
    De uma coisa é certa.....todos desejavam fazer churrasco desses rapazes depois dessa barbaridade toda.

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  9. Não sei de onde tirou que ela tinha esse comportamento rebelde que vc aponta. Em todos os outros artigos, sobre este assunto, diz que ela era uma garota que não se misturava, que trabalhava e estudava, tanto que no funeral,entregaram o diploma dela. Que tudo o que aconteceu, foi pq ela disse não para o diabo. E, mesmo se ela fosse como vc disse, nada justifica o que fizeram com ela, nada justifica a impunidade com relação responsáveis, que mereciam a pena de morte. Nada justifica,inclusive, alguns comentários aqui.... Psicopatas, escórias humanas, como esses assassinos, também pegam muitas, aliás, principalmente, pessoas inocentes e ingênuas... Depois que li sobre esse assunto, fiquei completamente decepcionada com as autoridades japonesas.. Mas, acredito que a vida não acaba neste mundo e que a lei do retorno, tarda, mas não falha.

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  10. Eu acho o caso Araceli Sanchez pior...
    Alem de.ser uma criança...nimguem foi condenado....
    O pior aconteceu no Brasil

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