quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O Peculiar Caso do Vampiro Bargarel


BOTE SUA PAMPERS E DEGUSTE!

Caralho, finalmente! Desde "Compartilhe A Mensagem" que eu não escrevia um conto decente e esse aqui é um daqueles "contos fodas" que eu falei que estavam em produção. Talvez seja um dos mais fracos entre eles, mas ainda sim é de qualidade.

Apreciem!
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A Transilvânia já não era mais a mesma... A tão temida terra dos Vampiros, Lobisomens e outras criaturas peculiares estava em decadência. Os alimentos dos Vampiros estavam escassos, nenhuma pessoa habitava mais ali e ninguém nem ao menos passava pelas redondezas. O que se via pelos solos daquela despedaçada terra eram figuras hediondas e magras - outrora Vampiros - suplicando por um pouco de sangue. O que lhes restava era se sustentar com suco de tomate e ketchup (nem contemos com Lobisomens ou qualquer outro ser, afinal a fome já os extinguira).

Bargarel, entretanto, era um vampiro diferente e tinha mais conhecimento não só sobre a Transilvânia, como de todo o Mundo. Arrastando-se em sua miséria; magro, com as costelas afloradas, sem forças pela falta de sangue; iniciou sua batalha árdua em busca de alguma vida que pudesse alimentá-lo e salvá-lo da morte.

Na travessia da bizarra floresta de sua terra natal fora presenteado com um suculento cidadão gordo que, visto o fato de estar perdido, era provavelmente de um lugar diferente do seu. Bargarel lambeu os beiços, descontrolado, e tentou erguer um breve voo. Fracasso. O homem gordo alertou-se e, diante do perigo, correu. O vampiro rugiu e não mais fez do que acelerar fugazmente seu andar, na tentativa de correr e alcançar a presa. O gordo morreu - caíra de um penhasco - e o moribundo desnutrido permanecia na assombrosa miséria.

Não esqueça! Ele era diferente, tinha mais força, mais vontade de viver. Sua luta não cessaria ali. Por fim atravessou a floresta, por um caminho um tanto quanto oculto que poucos os habitantes da Transilvânia possuíam conhecimento (talvez ele fosse o único). Os olhos encheram-se de prazer ao notar que havia encontrado um pequeno - porém recheado de humanos de sangue quente - vilarejo. Tomou sua forma humana, ao que simultaneamente recapitulara a cena anterior, culpando-se pelo fato de não tê-lo feito para induzir o homem a se aproximar e servir-lhe de sangue. É, a fome parece afetar cruelmente o cérebro dos seres.

Sentou-se um pouco na entrada da vila, antes de explorá-la, devido ao cansaço. Farejou algo. Putas. Animou-se e pôs-se a investigar. Bem na entrada havia um prostíbulo e tudo que Bargarel mais gostava - depois de morder pescoços - era o bom e velho sexo. Abriu as portas do local como se fosse um cafetão cheio de autoestima e observou cada uma das garotas que estava à disposição. Desapontou-se ao ver que poucas estavam à sua disposição, mas por sorte deu de cara com uma jovem, com uma carinha abatida - o que Bargarel julgou como "fácil de conquistar" - e logo tratou de seduzir a moça.

Subir às escadas até o quarto foi uma missão complicada de forma mútua. Os dois perderam o equilíbrio diversas vezes, ademais a decência: deixaram seus corpos suados apoiarem-se um no outro para já terem um agradável prelúdio. E assim alcançaram o andar de cima e começaram a foda.

Bargarel lamentou cada segundo daquele ato, afinal foi uma transa deprimente entre dois mortos-vivos. Desanimador. Prazer medíocre. O vampiro teve vontade de vomitar, porém segurou-se para não perder a presa e na hora do orgasmo mais broxante de sua vida transformou sua face e aplicou-lhe uma bela e certeira mordida. Era uma presa fraca, o sangue lhe fora sugado em poucos segundos.

Nosso viajante saciou-se até ficar tonto. Então suspirou diversas vezes para enfim tomar a verdadeira consciência e sair daquele buraco com intuito de que não o descobrissem e eventualmente caçassem. Todavia, diante da janela, preparado para dar início ao voo de volta, fora interrompido pela vítima cuja ele acreditara estar morta. Foi um "ei garanhão!" que realmente o assustou e ela completou:

- Eu tenho Aids.

BARGAREL IS DEAD

QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS

BOA NOITE

29 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Leon, esses seus contos… éssidois éssidois.
    São tão míticos que você devia escrever um livro. King que se cuide.

    O ruim é que o fato de ele ser um vampiro me lembra uma coisa: eu tinha o apelido de vampira só pq eu era pálida e minha pele queimava fâcil no sol ;-;
    Malditos tempos de 6a série.

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    1. Fácil*
      MALDITO TECLADO ANDROID.

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    2. Quando você me comparou com o King eu quase ri... Lisonjeado, mas essa merdinha que você leu não chega nem aos pés do pior conto dele. E não estou sendo humilde.

      Grato de qualquer forma, S2

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    3. Você podia escrever o livro mesmo assim.Seus contos são ótimos.

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    1. Shuahsuahsua, cheio de humor, mas pode falar a verdade, de onde você é?

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    2. Ainda não saquei qual é a desse seu tesão enorme por mim. Sua busca incessante por informações minhas me fazem ter dúvida se você é um leitor bacana ou um aidético como Tarcílio... Ou os dois.

      E eu sou do Acre memu

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    3. Não é tesão. Eu sou um leitor fanático por este blog, e sou seu fã.

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    4. Olha, não querendo me meter, mas já metendo (( ͡° ͜ʖ ͡°)), ele está te stalkiando em vários lugares. Esses dias estava à sua busca no Minilua, no meu blog, no CPBR.
      Quando você estiver lendo ele vai estar lá...
      quando estiver assistindo TV ele vai estar lá...
      até no banho (( ͡° ͜ʖ ͡°)) ele vai estar lá...
      Não olhe pra trás agora!

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    1. Se pegam eu não sei, mas ninguém nunca disse que NÃO pegam e.e

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    2. A Anne Rice disse!! Não estou certo se no Entrevista com o Vampiro ou no Vampiro Lestat... Mas tal como sangue de bêbados, o de cada doença os deixa sentindo seus "efeitos" por algumas horas.

      BBizarro

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    1. Sim, ele mora no Acre. Algum problema?

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    2. Você não acha que esse amor obsessivo pelo nosso caro Leon não está chegando a passar dos limites? Você pergunta muito sobre nossas vidas, mas quem você realmente é Luiz? Não quero ser rude, só quero expressar um ponto de vista

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    3. Você está enganado, não estou sendo obsessivo.

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  6. Pelo menos a ideia doentia da vítima falando pro vampiro que tem HIV não é uma criação, somente, da minha mente, que já começava a julgar doentia por isso kk

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    1. Tá aparecendo que eu comentei 18:57, mas são 22:57 O.o

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    2. É isso que "Eles" querem que você pense...

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  7. Leon, sério que você é do Acre?! Esse lugar ainda existe?

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    1. Ainda? Esse lugar já existiu um dia? o.O

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    2. Na era dos dinossauros existiu, hoje em dia é só uma lenda urbana

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