BOTE SUA PAMPERS E ASSISTA!
Vagando pelos cantos da internet, deparei-me com um título interessante: The Taking of Deborah Logan. Li que rolavam umas paradas maneiras no filme, então me atrevi a assistir. É... foi uma experiência interessante e ambígua.
Sinopse: Mia Medina (Michelle Ang) finalmente encontrou o tema perfeito para o filme de sua tese de doutorado sobre a Doença de Alzheimer. Nos próximos meses, as câmeras irão gravar o cotidiano de uma mãe, Deborah Logan (Jill Larson), e sua filha, Sarah (Anne Ramsay). Mas conforme os dias progridem, coisas estranhas começam a acontecer em torno de Deborah que não são compatíveis com quaisquer conclusões sobre a doença de Alzheimer.
O filme é mais um found footage da vida, mas como eu até tenho um gostinho por esse gênero (um puta gostinho excêntrico) isso não foi de todo ruim. Somando isso à proposta do filme de transfigurar a doença da protagonista (a velha Logan) numa coisa mais sobre humana, à primeira vista, temos uma obra interessante pela frente.
Deborah Logan sem o capeta no corpo. |
O começo e o desenrolar vão se dando muito bem, mostrando aos poucos que Deborah Logan não sofre somente de Alzheimer, e também... que o Alzheimer não é só simplesmente se esquecer das coisas. Talvez esse tenha sido um dos elementos mais bacanas do longa; explorar o quão sofrível é, não só ter a doença, como também ter de lidar com alguém que a tem salvou moderadamente a história. O desespero da filha de Deborah consome quem o assiste, e as amostras das coisas terríveis pelas quais o portador da doença passa grita na nossa cara durante as cenas horripilantes (que, ademais, vão gradualmente revelando uma verdade oculta na moribunda).
Aliás, estas também são um ponto forte.
Como é found footage, já se espera levar uns sustos, e naquele estilo bem grito na tua cara! Mas é que quando se usa um idoso, de corpo magérrimo e feição abatida - sem querer foder a imagem de idosos - é o cúmulo do estereótipo de assustador. As cenas ficaram macabras demais, e embora eu ressalte as de susto, a que mais gostei foi uma cena vamos pular para a próxima parte, onde Deborah está ao piano e aos poucos a imagem vai escurecendo, destacando sua face débil e sadicamente sorridente. Tudo vai sendo consumido pelas trevas e apenas seu rosto macabro fica à mostra no meio da escuridão. De arrepiar os cabelos do cu...
O problema é que fora isso, o filme é um saco. Depois de cenas boas de susto, fica tudo cliché, repetitivo, enjoativo... e o caminho para o final é como uma subida árdua em um penhasco. E a proposta do filme que soou boa lá no início, e o começo excelente são esmigalhados pelo decorrer. É aí que a ambiguidade do filme exibi-se para nós num espetáculo decepcionante.
Claro, há algo além da doença da velha, e a história por trás instiga um tanto o espectador. Contudo, a condução de tais fatos não são boas, e "The Taking of Deborah Logan" acaba sendo só mais um found footage razoável.
Confira o trailer:
Deborah Logan quando entrou pro "Bonde dos Brabo". |
Como é found footage, já se espera levar uns sustos, e naquele estilo bem grito na tua cara! Mas é que quando se usa um idoso, de corpo magérrimo e feição abatida - sem querer foder a imagem de idosos - é o cúmulo do estereótipo de assustador. As cenas ficaram macabras demais, e embora eu ressalte as de susto, a que mais gostei foi uma cena vamos pular para a próxima parte, onde Deborah está ao piano e aos poucos a imagem vai escurecendo, destacando sua face débil e sadicamente sorridente. Tudo vai sendo consumido pelas trevas e apenas seu rosto macabro fica à mostra no meio da escuridão. De arrepiar os cabelos do cu...
Retratação do jantar de Deborah Logan. A senhorinha segue uma dieta muito peculiar... |
Claro, há algo além da doença da velha, e a história por trás instiga um tanto o espectador. Contudo, a condução de tais fatos não são boas, e "The Taking of Deborah Logan" acaba sendo só mais um found footage razoável.
Confira o trailer:
No fim, não é lá aquele filme; assusta, encanta inicialmente, e vai se destruindo no decorrer, mas dar uma chance... pode até valer a pena.
VAI ENCARAR?
QUE SEUS PESADELOS SE TORNEM REAIS
BOA NOITE
Porra, parece minha sogra depois de dia de feijoada.
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