segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Especial de Natal- As Cartas de Ruber

Naquela noite de Natal, John estava se vestindo de Papai-Noel para trabalhar na loja. Seu patrão chegou e disse que ele teria primeiro que ler as cartas e em seguida ir para seu posto. John, claro, concordou e continuou a se vestir para ler as cartas e depois ir para o posto de Papai-Noel.

Fazia realmente muito frio, então ele caprichou na sua roupa debaixo, por isso houve uma demora. O patrão não gostou nada e pediu que ele começasse logo a ler as cartas. Apressadamente e meio atrapalhado, John começou a verificar cartas, mas pulando várias. Bem, uma ele acabou não pulando, mas bem que ele queria ter pulado.
A carta era estranha, um papel meio sujo, parecia manchada de sangue. John ficou assustado com aquela carta, mas resolveu ler assim mesmo. Aparentemente era de alguém chamado Ruber, porém havia um problema: não tinha nada escrito. John ficou tentando encontrar uma explicação para isso... Bem, ele devia se apressar então acabou esquecendo aquilo.

Após 10 minutos vendo cartas, ele achou outra com o mesmo nome: Ruber. Apreensivo, John abriu a carta. Dessa vez ela tinha algo escrito, mas ainda era um papel sujo, meio rasgado e manchado com sangue ( pelo menos era o que aparentava ). Apesar de ter algo escrito, era só uma pequena expressão:

Papai-Noel, neste Natal eu quero...
 
Ali terminava e ficava um mistério. John agora se via diante de algo muito estranho: por que todo esse mistério? Por que o papel sujo, o sangue etc?
Ele pensou em abandonar, todavia pensou nas crianças e na época do ano em que ele estava: O Natal. Continuou mexendo nas cartas, até que de repente seu patrão entrou na sala e lhe disse que só haviam 10 minutos restantes para ele conferir estas cartas. John, começou a retomar em sua mente áquela carta. Ele deixou de procurar cartas aleatórias, para procurar uma possível continuação do pedido de Ruber. Ele começou uma procura louca, remexia tudo, mas nada.

Após 9 minutos, ele viu que não daria mais, então finalmente ignorou de vez esse fato e preparou-se para ir. Ao botar o pé na porta, deu uma última olhada para trás e ali no chão como um passe de mágica havia uma carta com aquele nome: Ruber. John, então, deu uma espiada pela porta e viu que não tinham muitas crianças na fila, mas ele sabia que ia aumentar. Rapidamente foi conferir a carta. Bem, ele, ao ler aquilo, desejou ter ido trabalhar em vez de ver a carta. Ele pegou a carta juntou com as outras e leu tudo:

 
Papai-Noel, neste Natal eu quero...
 
SEU CORAÇÃO!
 
HAHAHAHHA
 
DE-ME ELE PAPAI-NOEL!
 
 


John soltou as cartas no chão e ficou perplexo. Seria uma criança? Seria um adulto brincando? Impossível, só as crianças chegavam perto da caixa, para colocar as cartas, adultos não podiam, mas, será que um adulto escreveu e mandou para a criança?

John saiu da sala, tremendo, olhou para todas aquelas crianças e caiu no choro. Retornou a sua sala. Mas que porr...a, ah, que é isso?! Quase vomitando, e chorando sem parar, John disse. Havia algo em cima das cartas, tinha muito sangue, muito mesmo. E John reconheceu o que era aquilo: ERA UM CORAÇÃO, E VERDADEIRO. John se aproximou, tomou o coração em suas mãos, ele estava tremendo. De quem seria esse coração? Meu deus, isso é um jogo? O que está acontecendo? Bem, se isso fosse uma brincadeira, era muito sem graça. O coração era real mesmo!

John então, ouviu algo aos fundos e sentiu-se, como... se estivesse sendo observado. Ele tremia, chorava, segurava aquele coração, estava cheio de sangue. Seu patrão então, entrou no local perguntando se estava tudo bem. Seu patrão se deparou com aquela cena horripilante e saiu do local apressado e com um rosto completamente assustado. John então resolveu fugir, porém na hora de sair ele viu mais uma carta com o nome Ruber. Aflito, John abriu a carta e nela dizia:

 
ISSO NÃO É BRINCADEIRA!!!
 
Como? Não era brincadeira mesmo? John precisava sair dali, ele correu pelos fundos e saiu da loja. A noite estava fria, silenciosa, todos estavam em casa ou em algum estabelecimento comemorando o Natal. John corria e corria, mas, ele não via uma saída, se sentia preso e simplesmente correu desesperado. O seu patrão estava na loja pensando no que fazer, decidiu ignorar, mas resolveu entrar no quarto novamente. Ele percebeu que John não estava mais lá. O rapaz viu o coração e percebeu que deveria esconder tudo aquilo, dar um jeito de não deixar que nada se espalhe, chamou funcionários, os pagou bem para esconder tudo e botou outro funcionário para ser Papai-noel.
 
No dia seguinte souberam da notícia:
 
 
HOMEM VESTIDO DE PAPAI-NOEL É ENCONTRADO MORTO EM BECO. NÃO HÁ MUITAS PROVAS. SEU CORPO ESTAVA MUTILADO E A CABEÇA NÃO FOI ENCONTRADA, ASSIM COMO O CORAÇÃO E OUTROS ÓRGÃOS INTERNOS. A ÚNICA PROVA SÃO CARTAS DE NATAL DE UM TAL RUBER!
 
 QUEM SERIA RUBER? O QUE ELE REALMENTE QUERIA?
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAAHHA!
RUBER, RUBER, RUBER!
SÓ SEU CORAÇÃO!
É SÓ ISSO QUE EU QUERO!
BYE!
 
 
HAPPY CHRISTMAS!
 





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